Tela inicial
Almoço com Vinhos Angheben
Restaurante Le Vin, em 05/06/2008
Eventos correlatos
  • Brasil
  • Vinci
  • Mas bá tchê, que baita vinho!

    Bueno, para quem não sabe, eu sou gaúcho. Tomo chimarrão todos os dias, torço pelo Colorado e defendo o vinho brasileiro de faca na bota!

    Na verdade, mais defendo do que bebo! Mas não é por hipocrisia, não. O problema é que muitas das boas vinícolas gaúchas têm dificuldade de distribuição nacional e encontrar os bons exemplares de lá é muito complicado!

    Portanto, é de se louvar a iniciativa da Importadora Vinci de distribuir os vinhos da Angheben Vinhos Finos, de Bento Gonçalves. É claro que, com o separatismo que a gente cultiva por lá, algum gaúcho mais exaltado poderá alardear: "Tu tá vendo só, tchê, prá nossos vinho chegarem ao Brasil, só mesmo com uma Importadora!"

    A família Angheben está instalada na Serra Gaúcha deusde os tempos do ariri-pistola, tendo sua origem na região do Trentino, no norte da Itália. O patriarca, Idalêncio Angheben, trabalhou como enólogo na Chandon por 28 anos, tendo a oportunidade de aprender muito e viajar pelas regiões vinícolas do mundo. Ele foi o primeiro enólogo gaúcho a trabalhar nas videiras, pois acreditava que sem boas uvas era impossível fazer vinhos bons.

    Quando seu filho, Eduardo Angheben, elaborou seu trabalho de graduação em enologia, apontando a região de Encruzilhada do Sul como um dos melhores terroirs do Rio Grande, Idalêncio foi incumbido pela Chandon de procurar uma propriedade por lá. De quebra, comprou uma para a família, também. E foi no ano 2000 que os Angheben iniciaram a plantação de uvas, tendo colhido a primeira safra em 2004. Claro, juntando-se os anos de calçadão do Idalêncio com os estudos do Eduardo, atual enólogo da vinícola, não poderia dar em outra coisa se não os excelentes vinhos que provamos durante o almoço no Restaurante Le Vin, em Ipanema.

    Fomos recebidos com o Espumante Angheben Brut, elaborado pelo método tradicional, com um amarelo palha e reflexos róseos, com um nariz ao mesmo tempo frutado e floral e muita cremosidade na boca. Excelente começo.
    A seguir veio o Angheben Barbera 2007, um vinho que transformou Mestre Schiffini no homem de um vinho só: frutado, leve, com boa acidez e agradáveis aromas de cereja e violeta, ganhou seu coração a ponto de ele não parar de elogiar o vinho. E de beber, também, é claro!

    O Angheben Cabernet Sauvignon 2004 não fez muito a minha cabeça. Já com boa evolução, apresentava marcantes aromas de pimentão.

    Mas nada como um vinho depois do outro! E o Angheben Touriga Nacional 2004 chegou com aromas deslumbrantes de frutas maduras, violeta e chocolate. Um belo vinho! Como disse o Eduardo: "a Touriga é Nacional, mas o vinho é brasileiro!"

    Quando eu fui ao Trentino, há cerca de 2 anos, fiquei vivamente impressionado com o Teroldego Rotaliano, o típico vinho tinto da região: com uma cor carmim profunda, exuberante, com grande estrutura, carnudo, com muitas especiarias e tabaco, era um vinho inesquecível! Pois não é que estava tudo isso presente também no Angheben Teroldego 2005: a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim...

    Agora já tenho como matar as saudades do Teroldego Rotaliano com um vinho brasileiro de muita categoria! É só ligar para Vinci e fazer o rancho (*)!

    Oscar Daudt

    (*) nota do tradutor: fazer o rancho, em gauchês, significa fazer as compras do mês, comprar em grande quantidade!
    Os vinhos
    Espumante Angheben Brut
    R$46,25
    Angheben Barbera 2007
    R$33,75
    Angheben Cabernet Sauvignon 2004
    R$22,50
    Angheben Touriga Nacional 2004
    R$36,25
    O espetacular Angheben Teroldego 2005
    R$59,90
    O enólogo
    Eduardo Angheben Francisco Barroso, do restaurante Le Vin, mostrando a Eduardo o que achou do Teroldego Eduardo e eu: dois gaúchos reunidos, é quase uma Revolução Farroupilha...
    O restaurante Le Vin
    A fachada Ostras na calçada, igualzinho a Paris... Brás, ex-Terzetto, agora é o sommelier do Le Vin
    Uma respeitável adega: nova opção para os enófilos cariocas Lilian, da Vinci, e Francisco Barroso, proprietário do restaurante
    Os participantes
    A colunista Danusia Barbara José Paulo Schiffini Reinaldo Paes Barreto, diretor e colunista do Jornal do Brasil
    Lilian Seldin, representante da Vinci no Rio de Janeiro Luciana Plaas Lilian e Reinaldo
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]