 A Vinci dá de vinte!
Quando eu comecei a beber vinhos, eu só bebia tintos e achava que o resto não era vinho! Eu até fazia parte de uma comunidade no Orkut, Adoro vinho tinto!, na qual a gente ficava louvando esse vinho e execrando todos os demais.
Mas nada como uma degustação depois da outra. Hoje em dia, eu bebo todas as cores, borbulhas e doçuras que se me apresentem. Desde que sejam boas, é claro!
E neste exato estágio da minha vida de enófilo, tenho dado maior preferência aos brancos. Minhas quatro últimas compras foram todas elas dessa cor. E olha que, pelo menos segundo o calendário, estamos no inverno!
Isso posto, vocês podem imaginar como fiquei loco de contente ao ser convidado pela Importadora Vinci para uma degustação exclusiva de vinhos brancos, a ser realizada no Mr. Lam, na Lagoa.
Mas nem em meus sonhos mais otimistas eu poderia imaginar o que me aguardava por lá. Eu esperava uma daquelas degustações-padrão de 6 vinhos, mas enfileirados, a minha espera, perfilavam-se nada mais, nada menos do que 14 rótulos! E ao longo da noite, pude perceber que o mais surpreendente não seria a quantidade, mas sim a qualidade!
E também a qualidade de meus companheiros de degustação era impressionante: quase todos os sommeliers dos mais importantes restaurantes do Rio de Janeiro estavam à mesa e eu pude aprender muito com eles.
E, melhor ainda, foi com certeza a maior concentração de mulher bonita por metro quadrado de degustação! Eram poucas e, com o perdão da má palavra, boas!
Mas eu estou aqui para falar de vinhos! E tenho muito a contar. Foram 2 gregos, 2 italianos (Toscana e Sicília), 3 franceses (2 da Alsácia e 1 de Bordeaux), 1 português (Vinho Verde), 2 espanhóis (Rias Baixas e Rioja), 2 alemães e 2 chilenos. Castas das mais esquisitas e uma diversidade e tanto de estilos! Conclusão: uma festa para os sentidos.
A degustação foi dividida em duas fases: na primeira, com seis vinhos, o Alvarinho e o Albariño se destacaram: o português até que era esperado, pois tratava-se do renomado Palácio da Brejoeira, mas o espanhol foi uma grata surpresa, pois o desconhecido Nora conseguiu ser ainda melhor, mais intenso, mais elegante do que o lusitano e foi unanimidade na mesa.
A segunda fase foi mais complicada, pois os exemplares de destaque eram muitos. O alsaciano Léon Beyer Riesling era intenso, mas o seu contraponto alemão, o Zeltinger Schlossberg Riesling era ainda melhor: com belo equilíbrio e muita flor. O Léon Beyer Gewürztraminer era um truque para os sentidos: tinha uma cor de vinho doce, um aroma bastante adocicado e quando atacava na boca era completamente seco! A surpresa era deliciosa! E o meu velho conhecido Errazuriz Chardonnay Reserva, com seus aromas de coco e jasmim era inebriante!
Mas nada poderia superar o inacreditável Viña Tondonia Reserva, sabem de que ano? 1989!!! Fresco como um bebê, complexo, encorpado e sutil! Uma jóia rara ao alcance de qualquer bolso!
E ao final, para acompanhar a sobremesa, outra vinho maravilhoso: o Boutari Samos Vin de Liqueur, com bela doçura e uma acidez perfeitamente equilibrada, ganhou a taça de melhor custo x benefício da noite. Confiram só abaixo!
Fui! Vou fazer meu 5° pedido seguido de vinhos brancos!
Oscar Daudt |