 | Duda Zagari, o representante da Importadora Vinea Store no Rio de Janeiro, não é batom, mas está em todas as bocas!
Embora tenha assumido há apenas dois meses, ele está agitando o mundo dos vinhos carioca com vários acontecimentos. Além desta degustação realizada na SBAV-Rio, Um Giro pela Itália, ele está organizando dois jantares nas próximas semanas: um no Salitre e outro no Bistrô Montagu, cujos detalhes podem ser vistos na Agenda do EnoEventos. E nos próximos meses, vai inaugurar uma loja de vinhos na Zona Sul. Claro que na loja, haverá uma mesa para os clientes poderem degustar, lá mesmo, seus vinhos. Vamos aguardar ansiosamente!
O Giro pela Itália foi muito interessante, com a apresentação de vinhos não comumente encontrados em nossas taças. Só para contrariar a frase anterior, começamos com um ubíquo Prosecco, o Piera Martellozzo Prosecco VSAQ Incontri. A surpresa, no caso, é que se tratava de um belo espumante, bem agradável, com persistente perlage, aromas de maçã e excelente frescor.
Em seguida, foi servido um branco do Piemonte, o Valfieri Roero Arneis 2005, que não fez a minha cabeça. Era um vinho com aromas bastante discretos e carente de acidez.
O terceiro vinho da noite foi o Poggio Bidini Nero d'Avola 2005, com surpreendentes aromas de tostados, para um vinho que não passa por madeira, e muita fruta. Foi um vinho que me agradou bastante! | A seguir, veio o Castel di Salve Rosso Salento Santi Medici 2005, que surpreendeu o presidente da SBAV, por seus marcantes aromas de mel. Mas foi um vinho que não me agradou, muito suave e carente de tanicidade.
Mas como na minha vida, ao contrário do ditado, tudo o que é ruim dura pouco, foi servido, logo a seguir, o Palagetto Chianti Colli Senesi 2005, o melhor vinho da noite. Com aromas de coco, musgo, frutas maduras, uma boca persistente e com taninos elegantes, era muito melhor do que qualquer Chianti Classico que eu já provei. E custando bem menos! Foi para o trono!
E, finalizando, um vinho da Puglia, o Castel di Salve Rosso Puglia Il Volo di Alessandro 2004, um 100% Sangiovese, com marcante evolução, e aromas de compota de morango e uma boca com taninos maduros.
E agora a melhor parte: após a degustação, a SBAV ofereceu, como sempre faz, uma mesa de frios e pães, que foi acompanhada dos vinhos da degustação. A garrafa do Chianti Palagetto estava lá me esperando, sorrindo, piscando prá mim, e para não decepcioná-la, fui obrigado a me servir várias vezes. Mas, como eu fui de táxi, nem esquentei a cabeça!
Oscar Daudt |