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  • "O Espumante Reserva da Serra Brut é agradável e é uma boa opção para um aperitivo descompromissado."

    Roberto Rodrigues, ABS

    Orgulho do Rio Grande

     "Nos anos 50, poucos consumidores americanos procuravam por bons vinhos, e os que procuravam preferiam os europeus, sobretudo os franceses. Os produtos de qualidade superior somavam apenas 1% das vendas de vinho na California."

    George M. Taber
    O Julgamento de Paris

    Qualquer semelhança com um certo país tropical não é mera coincidência! Entretanto, coincidência ma non troppo, pois a indústria de vinhos nacional está vários barris de carvalho à frente da Califórnia de 1950; infelizmente, também está outros tantos atrás da Califórnia de 2009!

    Foram produtores visionários que, passando a investir em qualidade e com o apoio das pesquisas efetuadas pela Universidade de Davis, conseguiram conquistar os consumidores americanos e hoje dominam o mercado estadunidense de lavada! Guardadas as devidas proporções, é um pouco o que a vinícola-boutique Lidio Carraro, do Vale dos Vinhedos, está fazendo, apostando na produção de vinhos de altíssima qualidade.

    No entanto, os americanos nunca se atreveram, pelo menos no início desse processo de transformação, a cobrar os preços que a Lidio Carraro vem praticando. É uma aposta temerária! Questionada sobre o preço de seus vinhos, a bela e apaixonada Patrícia Carraro justificou com os custos que determinadas práticas de produção (tais como o baixíssimo rendimento utilizado e a desclassificação de colheitas que não atingem o padrão estabelecido) resultam para o preço final do produto.

    E, no entanto, o desempenho da Lidio Carraro vem tendo reconhecimento não só na Brasil como também no plano internacional, já estando com seus vinhos presentes em 6 países: Alemanha, Áustria, Dinamarca, Eslováquia, Estados Unidos e República Tcheca. Nada mal, não é mesmo? E principalmente se considerarmos que a vinícola é pequena e tem apenas poucos anos de vida.

    "O Lidio Carraro Tannat Grande Vindima 2005 apresenta um nariz refinado, com toques de frutas negras, bom corpo e taninos equilibrados. Um estupendo vinho gastronômico!

    Paulo Gomes, SBAV
    Segundo Patrícia Carraro, o objetivo da empresa é o de procurar o purismo na elaboração do vinho, com foco no vinhedo e mínima interferência na vinícola, não corrigindo nada, sem filtragem e sem passagem em madeira, de forma a oferecer todas as características da fruta e do terroir. Uma das boas surpresas da tarde foi a apresentação do Da'divas Chardonnay 2008, com 13,3% de álcool, sem fermentação malolática e, claro, sem madeira. Com aromas florais, de amêndoas e cítricos, é um vinho bastante fresco, intenso e surpreendente! Infelizmente será difícil encontrá-lo no mercado, já que da produção de 10.000 garrafas, 9.000 foram compradas pela Sociedade da Mesa.

    Outro destaque foi o Lidio Carraro Quorum 2005, com 14% de álcool, um corte de Merlot, Cabernet Sauvignon e Tannat. Com leves reflexos granada, oferece intensos aromas de canela e tostados, com uma boca carnuda e longa.

    Mas para mim, o melhor mesmo foi o Lidio Carraro Tannat Grande Vindima 2005, com absurdos 16,26% de álcool (lembrem, eles não corrigem nada...) que proporcionam um excelente corpo, potência e persistência.

    Oscar Daudt

    Serviço:
    Representantes no Rio de Janeiro: Jorge e Rosângela Romanos - (21)2259-9137 / (21)9999-2130 / (21)9975-9928
    Os vinhos
    Espumante Reserva da Serra Brut NV
    Método: Charmat
    Álcool: 12%
    Da'diva Chardonnay 2008
    Álcool: 13,3%
    100% Chardonnay
    Sem fermentação malolática
    Reserva da Serra Merlot Cabernet Sauvignon 2005
    Álcool: 13,5%
    60% Merlot, 40% Cabernet Sauvignon
    Lidio Carraro Elos Malbec Cabernet Sauvignon 2007
    Álcool: 14%
    80% Cabernet Sauvignon, 20% Malbec
    Lidio Carraro Grande Vindima Merlot 2004
    Álcool: 12,5%
    100% Merlot
    Lidio Carraro Quorum Grande Vindima 2005
    Álcool: 14%
    Merlot, Cabernet Sauvignon, Tannat
    Lidio Carraro Tannat Grande Vindima 2005
    Álcool: 16,26%
    100% Tannat
    Os participantes
    André Nascimento, ex-SENAC Bistrô, agora na representação de Jorge e Rosângela Romanos Duda Zagari, da Confraria Carioca
    Patrícia Carraro, a bela apresentadora Jô e Homero Sodré, presidente da SBAV Jorge Romanos, representante da Lidio Carraro no Rio de Janeiro
    Paulo Gomes, diretor da SBAV O sommelier Pedro Osmar, que comandou o serviço Roberto Rodrigues, diretor da ABS Rogério Dardeau, uma das maiores autoridades em vinhos brasileiros
    Rogério Goulart, representante de diversas vinícolas nacionais Rosângela Romanos, representante da Lidio Carraro no Rio de Janeiro Rose Castro, da SBAV Patrícia, homenageada por Duda e Rogério
    Fotos de Patrícia Carraro nunca são demais...
     
    Comentários
    Duda Zagari
    Rio de Janeiro
    RJ
    13/03/2009 A tarde foi muito agradável. Realmente percebe-se a paixão da família pela produção, resultando nesses belíssimos vinhos.

    O Chardonnay foi o meu preferido e já encomendei as últimas caixas...
    Santos
    Porto Alegre
    RS
    13/03/2009 Pena que para variar os preços não são realistas e condizentes com o mercado e com o que o produto nos oferece.

    Abraços.
    Ignacio Carrau
    Rio de Janeiro
    RJ
    13/03/2009 Caro Oscar,

    Muito bonita a reportagem de essa bela linha de vinhos nacionais que pelas fotos se comprova estao muito bem apresentados.

    Só estranhei que nao tenha colocado os preços de cada um deles, já seja na Vinícola ou nos restaurantes e/ou Delikatessens já que você sempre lembra dos menores detalhes.

    Também estranhei que nao tenham nenhum vinho principalmente tinto com passagem em barricas já que pelo visto tem alguns caldos de muito corpo e de alta graduaçao alcólica. Certamente alguns deles poderíam mostrar uma evoluçao que agradaría a aqueles que gostam de vinhos com madeira sem exageros.

    Um abraço,
    Ignacio Carrau

    Eu não divulguei os preços, pois eu estava meio distraído naquela tarde e não anotei o preço de todos eles.

    Mas aí vai os que eu anotei (preço estimado para o consumidor final):

  • Espumante Reserva da Serra Brut: R$32
  • Da'divas Chardonnay 2008: R$32
  • Elos Malbec-Cabernet: R$60 a R$65
  • Lidio Carraro Quorum 2005: R$85-R$90

    Oscar
  • Niels Bosner
    Porto Alegre
    RS
    13/03/2009 Desejo ao amigo Jorge e amiga Rose grande sucesso nesta nova representação.

    Parabéns também para vinícola Lidio Carraro pela excelente contratação.

    Abraço
    Jandir Passos
    Rio de Janeiro
    RJ
    13/03/2009 Eu já tive a oportunidade de degustar toda a linha diretamente na vinícola, e são vinhos realmente muito expressivos, mostrando que com trabalho e determinação o Brasil pode sim fazer vinhos de qualidade.

    O Lidio Carraro Tannat Grande Vindima é um vinho impressionante, entre outras coisas, pelo fato de apesar do seus 16,2% de álcool, não percebe-se esta alcoolicidade toda por estar muito bem integrada. Percebe-se claramente os resultados positivos de um approach natural, nao-intervencionista. Um vinho natural, sem manipulações, que aliás é a mesma filosofia adotada por Marco Danielle em seus vinhos.
    Carlos
    São Paulo
    SP
    14/03/2009 OSCAR, PORQUE PRODUTORES DE VINHOS BRASILEIROS INVENTAM JUSTIFICATIVAS ABSURDAS, EM RELAÇÃO AO PREÇO DE SEUS VINHOS?? TODOS SABEM, OS PROBLEMAS QUE ENFRENTA OS VINHOS BRASILEIROS, E NEM POR ISSO ADOTAM UMA POLITICA DE MERCADO DIFERENTE. SE POR UM LADO CONQUISTAM MEDALHAS, REVELAM SUAS QUALIDADES, POR OUTRO LADO PECAM PELA AMBIÇÃO!

    ABRAÇO
    CARLOS
    Valdiney Ferreira
    L'Orangerie
    Rio de Janeiro
    RJ
    14/03/2009 Na L'Orangerie trabalhamos com quase toda linha da Lídio Carraro há uns 3 anos. Confesso que temos dificuldade para explicar a relação custo-beneficio dos mesmos o que dificulta sua comercialização.

    Mas, sem dúvida tratam-se de vinhos diferenciados que acabam sendo apreciados por poucos. Uma pena!
    Santos
    Porto Alegre
    RS
    15/03/2009 Boa tarde!

    Quando fiz meu comentário dia 13/3, Oscar ainda não tinha colocado os preços na mensagem do Sr.Carrau. Quando o fez, confirmou minha colocação.

    O Reserva da Serra Brut e o Chardonnay nunca valeram e nem irão valer R$32,00, o Elos Malbec eu nunca degustei não tenho opinião, mas existem excelentes Malbec da Argentina com preço bem mais dentro da realidade.

    Para terminar esta mania dos produtores nacionais em colocar preços absurdos em seus Top de Linha, vem apenas explicar porque o consumo de Vinhos Importados cresce ano após ano. Se eu não me engano esta coluna mesmo divulgou um pesquisa que mostra que os importados representam hoje +ou- 75% do consumo do vinho fino no Brasil. O Oscar ainda fez o comentário que alguma coisa estava errada neste país de produtores de uva.

    Abraços.
    Luiz Otávio Peçanha
    Piracicaba
    SP
    15/03/2009 Quando decidimos fazer um painel exclusivo da casta Merlot, foi exatamente para tentarmos ter uma visualização de como estaria a nossa casta, dita emblemática, dentro do contexto mundial. E para isto nada melhor que uma degustação as cegas, num painel com alguns dos melhores vinhos nacionais e importados na mesma faixa de preço, e que se encontrem a venda no mercado nacional.

    E o Lidio Carraro GV Merlot será um dos nossos representates, junto com o Terroir, Desejo, Storia, e Pizzato, e isto junto com grandes vinhos importados, como o Chateau Lesparre, Torres Atrium, Terre Magre, Porta Gran Reseva e Luigi Bosca.

    E o objetivo não é saber qual é melhor vinho (embora não dê para fugir deste questionamento), mas sim se cada um representa a sua tipicidade e se está inserido dentro do contexto custo/beneficio, que afinal todo consumidor busca.

    Afinal o gosto é particular de cada um. E para isto ninguem melhor para apresenta-los e conduzir esta degustação,do que nossa querida Jô Sodré, e isto no VAM2009 (Vamos à Montanha de Campos do Jordão 2009). Poderemos tirar a prova de que patamar os vinhos nacionais realmente se encontram, tanto em qualidade, como em relação aos seus preços. Quem participar verá.

    Deixando a propaganda do VAM2009 de lado, eu gosto muito do espumante Reserva da Serra Brut, o qual acabei de beber um no almoço, embora ainda ache que os espumantes elaborados pelo processo charmat, deviam ter um preço mais acessivel aqui no Brasil. Bebi tambem um Reserva da Serra Merlot/Cabernet Sauvignon 2006 (sem rótulo), que está muito bom, com uma otima acidez contrapondo a estrutura tânica, e na minha opinião, mais equilbrado que o 2005, aonde a maturação se destaca mais.

    Parabéns a toda familia Carraro pela sua paixão pelo vinho, e um abraço especial ao Lidio pela sua paixão pela terra.

    A propósito do meu voto na pesquisa, foi "Sim, gostei, mas acho muito caros".

    Saudações,
    Luiz Otávio
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]