 Um toró de ouro!
A degustação dos vinhos Toro d'Oro foi num daqueles dias de verão no Rio de Janeiro em que os céus desabam em um toró que inunda e imobiliza toda a cidade. Por isso, eu não resisti à tentação de cometer o infame trocadilho aí do título! Perdão...
Como eu moro relativamente perto da Confraria Carioca, onde foi realizado o evento, não tive problemas em chegar até lá, mas alguns dos convidados ficaram ilhados e não conseguiram comparecer. Pior para eles e melhor para nós que estivemos lá presentes, pois pudemos degustar e degustar e degustar... até ultrapassarmos o limite do bom-senso!
A linha Toro d'Oro Reserva, da Viña Requingua, do Vale de Curicó, no Chile, é composta de 5 vinhos: um branco, Chardonnay, e quatro tintos: Merlot, Carmenère, Syrah e Cabernet Sauvignon, e é importada com exclusividade pela Importadora Grenache, daqui do Rio de Janeiro. Acho que nem preciso dizer que ela está à venda na Confraria Carioca.
É claro que iniciamos a degustação com o Toro d'Oro Chardonnay Reserva 2007, com 13% de álcool, com deliciosos aromas florais, cítricos, de manteiga e baunilha, bastante intenso na boca. Um vinho que agradou bastante ao Rodrigo Leal e a mim.
Daí, partimos para a sequência dos 4 tintos, todos eles envelhecidos por 10 meses em barricas de carvalho (50%) e chips (50%). Deveras interessante: embora a gente saiba que muitos vinhos utilizam, veladamente, os chips, essa foi a primeira vez em que ouvi a divulgação dessa prática como escolha do enólogo e estratégia de marketing. O mundo dá muitas voltas!
O primeiro tinto foi o Toro d'Oro Merlot Reserva 2006, com 13% de álcool, com aromas de café, ameixa, violeta e canela, com taninos bastante agradáveis e boa acidez e foi considerado o melhor por 2 dos participantes. Eu gostei mucho, mas não foi o meu preferido.
Em sequência, foi-nos apresentado o Toro d'Oro Carmenère Reserva 2006, 13% de álcool, com aromas de tostados, pimenta e louro, que passou lotado e, coitado, não foi votado por nenhum dos presentes como o melhor da noite.
Com a chegada do Toro d'Oro Syrah Reserva 2006, as arquibancadas ensaiaram o grito de Já ganhou!. Com seus 13% de álcool, era um vinho exuberante, com aromas de couro, mentol, café e framboesa, muito persistente, elegantes taninos e um gostinho de especiarias. Campeão! Levou 4 votos como o melhor vinho!
Finalizando - ou pelo menos assim eu imaginava - chegou o Toro d'Oro Cabernet Sauvignon Reserva 2006: também com 13% de álcool (repararam que todos os 5 vinhos possuem esse mesmo teor alcoólico?), apresentava aromas de cereja, violeta e pimentão. Não foi o meu favorito, mas levou honrosos 2 votos dos degustadores.
Conforme eu falei, pensei que a festa havia terminado, mas Duda Zagari, da Confraria Carioca, ainda botou prá jogo duas novidades de sua loja: um Champagne Haton & Fils Carte Blanche e o chileno Cumbres Andinas Reserve Cot 2005 (por que Cot e não Malbec, não sei... Deve ser para se diferenciar da concorrência argentina.), do Valle de Cachapoal. CDC como consegui chegar em casa!
Oscar Daudt |