O vinho brasileiro há 25 anos

Meu amigo José Luiz Pagliari enviou-me uma notícia de jornal de maio de 1984. A notícia citava Carlos Eugenio Daudt (foto ao lado) como participante de um concurso de vinhos em Londres, naquele ano, e Pagliari me perguntou se era meu parente.

Bem, parente deve ser, pois 3 irmãos Daudt emigraram para o Rio Grande do Sul em 1836, ficando um em Porto Alegre, outro em São Leopoldo e o terceiro em Santa Maria. Eu descendo do ramo de Porto Alegre e Carlos Eugenio, como é professor da universidade de Santa Maria, imagino que seja descendente da turma de lá. Mas eu nem o conheço e nosso parentesco deve ser bem distante.

Uma rápida pesquisa pela Internet me deixou encontrar essa foto de meu "primo" recebendo o Troféu em Destaque Enológico, que lhe foi entregue na XVI Avaliação Nacional de Vinhos, de 2008. Achei até que ele tem uns traços familiares. E, com certeza, o gosto pelo vinho nós temos em comum...

Bem, mas essas relações de parentesco não são exatamente palpitantes para nossos leitores. O que me fez reproduzir a notícia - velha feito a tosse - é a avaliação que Carlos Eugenio faz da produção gaúcha de vinhos há 25 anos. É bastante interessante a gente se dar conta do quanto evoluiu nossa industria. Os vinhos top da época eram o Clos de Nobles, o Conde de Foucault, o Chateau Lacave e um tal de Castel Chatellet, do qual não tenho memória. O Velho do Museu é citado como exceção de qualidade tendo em vista que estagiava em madeira e envelhecia em garrafa. Saber quais as novas castas que estavam sendo experimentadas por lá também é bastante curioso.

Mas é melhor que vocês mesmos leiam. É muito legal!

Bem, e se alguém conhecer meu primo, envie por favor essa matéria para ele. Com certeza ele vai gostar de reler uma entrevista que já se encontra perdida em um passado tão remoto.

Oscar Daudt
 
Comentários
Julio Berruezo
Rio de Janeiro
RJ
24/04/2009 Muito interessante a reportagem.

Mas é bom ter cuidado, pois aquele site "bobocas e babacas" pode dizer que os vinhos não eram bons (mesmo sem ter provado) e que seu "primo" levou uma grana pela divulgação. (rsrsrsr).

Abs.
Julio
André Luiz Santos
Representante Comercial
Porto Alegre
RS
25/04/2009 Curiosa a reportagem, mostra bem a nossa evolução, em qualidade e preços é claro, mas ilustra muito bem nossa indústria vitivinícola.

A propósito, Castel Chatelet, era da Heublein do Brasil, posteriormente denominada UDV e hoje conhecida por DIAGEO.

Abraços,
Celio Alzer
Professor da ABS-RJ
Rio de Janeiro
RJ
25/04/2009 Caro Oscar

O seu "primo" sabia do que estava falando.

Em 1988, o Castel Chatelet - que como já foi observado, era da Heublein - recebeu várias medalhas, num concurso de vinhos nacionais promovido pelo governo de São Paulo. Ganhou prata por seu Riesling Renano; e ouro pelo Gewürztraminer e pelo Cabernet Franc. Outros premiados foram o Lejon e o Marjolet (também marcas da Heublein), vários Forestier Reserve, Nebbiolo da Adega Medieval (este era campeão!), Marquês de Monistrol, Chateau Lacave e Chalet Clermont (já ouviu falar deste??).

Isso foi publicado na extinta Revista do Vinho, de jan/fev de 1988.

Abraço,
Celio
Leandro Ebert
Estudante de Agronomia
Santa Maria
RS
23/11/2012 Fui aluno do prof. Daudt aqui na UFSM, e aprendi muito da história do vinho e da vitivinicultura no Brasil com ele, um apaixonado pelo que faz, que contagia a todos e inspira muitos a seguir pelo vinho.

Abraço!
Leandro Ebert
http://portalvitivinicultura.webs.com
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]