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Comentários |
Jack Barroso Representante comercial Rio de Janeiro RJ |
01/05/2009 |
Oi Daudt,
Em nome da Cantu Importadora agradeço a presença e essa linda matéria. Adorei!!! Até fiquei bonitinha nas fotos!!
Bjs. Jack Barroso |
José Paulo Schiffini Enófilo da velha guarda Rio de Janeiro RJ |
02/05/2009 |
Estava sim com a corda toda, pois não é sempre que posso questionar dois enólogos do porte de Felipe Toso e John Duval.
Este mundo do vinho é engraçado: os franceses inventaram a palavra Terroir, que não tem tradução em nenhuma outra língua com a abrangência de significado que eles emprestam a ela, algo como: "c'est l'ensemble des elements naturels qui caractérisent un vignoble: nature du sol, exposition, le micro-climat, la nature de sous-sol, etc."
Este conceito foi aproveitado pelas cabeças pensantes do marketing dos países europeus como a bandeira principal de seus vinhos. "C'est un vin du Terroir", como se tudo resto fosse um vinho tecnológico, maquiado no laboratório... E usam como exemplo mais significativo da importância do conceito de Terroir o Pinot Noir da Borgonha: pois a poucos metros de distancia lá você encontra um Pinot Noir apenas ordinário e outro espetacularmente sublime...
Atenção: Vinho de terroir não é necessariamente de qualidade.
Lá pelos anos 1950 a viticultura do Novo Mundo privilegiou a casta e a tecnologia, ao invés do Terroir e foi a Austrália, que não possui casta nativa em seu território, a primeira a desafiar os conceitos do Terroir do velho mundo.
Todos concordam que para fazer um vinho de qualidade o que interessa é obter uvas maduras, em excelente estado de sanidade e com acidez suficiente para acompanhar a comida e bem doces.
A Austrália utilizou os conceitos de irrigação individual ou artificial de cada videira para que ela não entrasse em stress térmico, visto que a chave do "papo" acima de Terroir é o balanço hídrico do solo, que deve ser deficitário ou levemente positivo, não importando muito a composição do mesmo solo... Outro conceito inovador da Austrália foi utilizar a refrigeração para evitar que a fermentação se inicie antecipadamente ainda no vinhedo..
No mundo dos vinhos finos de qualidade não é aceita qualquer interferência química na elaboração do mesmo! Porém interferência física qualquer que ela seja, ela é aceita, desde preparar o solo até, colocar raspas de carvalho para aromatizar os vinhos, vale!
Foi Max Schubert, que estava em Bordeaux, durante a canícula da colheita da safra de 1949, quem começou a imaginar e sonhar com um vinho que viria a ser o Grange Hermitage da Penfolds, empresa onde o John Duval trabalhou por 30 anos. Claro que eu tinha que questioná-lo sobre o papel, para mim secundário do solo, nesta evolução; pois conhecia um pouco da história de Max Schubert resumida para quem se interessar no livro “New Classic Wine” de Oz Clark, publicado pela Beazley & Webster.
Fui quase agredido. Todos os enólogos defenderam o Terroir, apesar de eu me referir ao papel secundário do solo face ao papel preponderante do clima nos países produtores de vinho do Novo Mundo...
Mas entendi tudo e fiquei calado; porque correlacionei os fatos.
A “tchurma” do Velho Mundo começa a romper os grilhões do sistema de Appelation Controlè...e a “tchurma” de vinhos do Novo Mundo estão agora chegando mais para perto do conceito de Terroir..., até análise de condutividade elétrica dos solos a Ventisquero faz, para escolher qual parcela do solo deve receber qual variedade de uva, e obviamente as melhores parcelas do solo são reservadas para as melhores uvas de uma dada casta, aquela que melhor se adapta àquele solo, um certo tipo de agricultura de precisão pois houve uma adaptação perfeita Casta com o Terroir daquela parcela, coisa que no Velho Mundo acho que apenas o Ângelo Gaja utilizou para localizar uma boa parcela de solo na propriedade da Toscana...
Melhor que isto é o uso do conceito bem francês de Terroir Management, que permite escolher qual assemblage realizar entre vinhos produzidos pelo mesmo enólogo, de castas idênticas oriundas do mesmo clone, porém plantadas em locais diferentes.... Todos capitais franceses investidos em vinícolas no Novo Mundo se utilizam desta técnica, a primeira vez que fui apresentado a ela foi pelo Benoit da Alta Vista e recentemente na Ruca Malen.
Aí para mim ficou mais claro ainda que a busca por lugares mais frescos (por exemplo: mais altos, conceito que o Mario Geisse se utiliza) onde as uvas amadurecem mais devagar e conseqüentemente desenvolverão aromas mais intensos é mais importante hoje em dia, que buscar condutividade elétrica do solo, ou buscar solos siliciosos que favorecem a finesse, e as notas sutis e florais, ou buscar solos argilosos que darão vinhos mais duros, fechados, possantes e alcoólicos, com polifenóis aromáticos ou mesmo buscar solos calcários que induzem ao vinho mais maciez, de notas minerais, frutadas e florais.....
E como Terroir é um conceito conhecido pelo grande Marketing, pois apesar de poucas pessoas entenderem, é um conceito que vende! Ninguém quer abandonar o marketing pelo Terroir....
Neste instante recebo e-mail de Jorge Barbosa que está no Chile e nos conta que o Clos Apalta dobrou de preço por lá na origem, pois Apalta é um vale muito especial, etc... Eu acho que o Terroir de Apalta, com toda sua mítica, vende, mas devagar, existe vida vínica fora de Apalta também...
Nessa onda o Pangea vinho top da vinícola (assemblagem com uvas plantadas no block 15 de apenas 250 metros de altitude) é mais “flavourous” ou saboroso que o Vértice ( assemblagem com uvas plantadas no block 25 de 470 metros de altitude).
Para mim a altitude e a drenagem do solo foram mais importantes que a composição do solo.
E deixei para o final a prova destrutiva da eficácia do marketing por terroir: o marketing das champagnes e dos vinhos do Porto, regiões geográficas determinadas, com várias castas plantadas à “Bangu”, em alguns vinhedos centenários...
A vinícola Ventisquero em apenas dez anos é a terceira mais importante do Chile empresta do marketing de Terroir tão comum no Velho Mundo mais um argumento de venda, além do desgastado Ultra Premium, utilizado por quase todos os vinhos das melhores vinícolas do Chile. Temos agora o terroir do Pangea... Claro quer esta é uma critica minha ao tratamento que o grande Marketing se utiliza para puxar o preço dos vinhos para cima.
Para você, que conhece vinho, saiba extrair o marketing que puxa os preços para cima. Se um vinho é bom procure sempre as versões do mesmo mais despojado do alto custo de marketing....
Para você os melhores Best buy da Ventisquero são
o Pinot Noir Queulato Cabernet Sauvignon Queulato Grey Syraho Grey Carmenèreo Sauvignon Blanc Queulate o grande lançamento: o Pinot Noir Heru, o melhor Pinot Noir do Chile para mim...
Parabéns ao pessoal da Cantu que com poucas vinícolas sendo representadas, nos traz o melhor da Argentina com a Suzana Balbo, o melhor do Tannat uruguaio com a Família Stagnari, sem dúvida o melhor deste garoto fantástico Felipe Toso, o melhor syrah da Itália PerBruno, o melhor rose francês: Chateau de Pourcieux e grandes azeites de oliva espanhóis, todos para você na Expovinis.
Como sempre digo: Olho vivo, Nariz atento e Paladar afiado.
Schiffini |
Oscar Daudt EnoEventos Rio de Janeiro RJ |
02/05/2009 |
Schiffini,
Não é a toa que eu lhe chamo de Mestre. Que aula!!!!
Abraços, Oscar |
Eder Heck Sommelier, Mr. Lam Rio de Janeiro RJ |
02/05/2009 |
Amigos,
Quem sabe um dia ainda terei a Honra de ser convidado para uma degustação deste calibre e com estas personalidades rsrsrsrsr...
abs
Ps: mas provei todos os vinhos antes de vcs.. |
Eduardo Silva Enófilo Maringá PR |
03/05/2009 |
Parabéns ao Tiago dal Pizzol, que não mede esforços ao levar o nome Ventisquero (e Cantú) por todos os rincões deste País.
Eduardo World Importados Maringá |
Jose Villar Médico Rio de Janeiro RJ |
04/05/2009 |
Já havia tomado todos os tintos da vinícola no Chile em visita, execelentes vinhos.
Quanto aos pinot noir parece que o Chile tem feito vinhos muito parecidos (Anakena, Amayna, Ventisqueiro, Morande, entre outros). Vale a pena pesquizar a relação custo/benefício.
Em tempo: na Cadeg em São Cristovão (RJ) já tem todos, com preços melhores que na importadora, pode ser o efeito dolar e no sabado ainda come um senhor bacalhau com festa portuguesa. |
Juan Ignácio Zuñiga Viña Ventisquero Chile |
11/05/209 |
Estimados Amigos,
Para mí lo más importante es que el grupo de personas que estuvimos junto a John y Felipe pasamos un increible momento, degustamos grandes vinos y un excelente almuerzo!
Un abrazo a todos! Juan Ignacio |
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