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| Portugal Barrinhas Garcia & Rodrigues |
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 256 anos de tradição A quinta edição de Uma Noite na Adega, no restaurante Garcia & Rodrigues, foi uma vez mais dedicada a Portugal, só que desta feita, concentrada nos vinhos da tradicional Real Companhia Velha (RCV), a casa criada pelo Marquês de Pombal em 1756. E a noite foi abrilhantada pela respeitável presença de seu animado proprietário, Pedro Silva Reis, que fazia a questão de nos descrever os vinhos que nos eram oferecidos. Os vinhos da RCV são trazidos para o Brasil pela Importadora Barrinhas e muitos deles fazem parte da infância dos enófilos dos dias de hoje, com tradicional presença na mesa dos brasileiros. Com mais um pouco, tornam-se vinhos nacionais... Chef Christophe Lidy ofereceu uma releitura de pratos portugueses para serem harmonizados com os vinhos dessa empresa duriense e mais uma vez os convidados puderam se deliciar com uma noite enogastronômica de qualidade ímpar. O couvert foi acompanhado pelo Royal Oporto Extra Dry White, um velho conhecido que foi objeto de um dos primeiros vídeo-vinhos que produzi (veja à direita). Menu português sem bacalhau não existe e a entrada foi uma Brandade de Bacalhau, muito bonita, que foi harmonizada com o Quinta do Cidrô Reserva Chardonnay 2007. A gente até estranha - Chardonnay no Douro??? - mas Pedro explicou que a RCV, reserva 5% de seus vinhedos para a experimentação de novas castas e este elegante vinho é resultado dessas tentativas. Com um nariz que é quase uma pegadinha, com marcantes notas adocicadas, o vinho apresenta-se na boca bastante seco e a gente chega a levar um susto com a inesperada sensação. Fresco, bem encorpado, segurou no osso o delicado bacalhau! Continuamos com uma Galinha d'Angola que, feito um lubrificante Shell, excedia em maciez, e foi acompanhada pelo correto Quinta dos Aciprestes Tinto 2005, corte de Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca. Em sequência, a paleta de vitela, também com o carimbo da Shell, veio de carona com o Grandjó Tinto Reserva 2005, maravilhoso corte da minha querida Touriga Nacional com Touriga Franca, com 12 meses em barricas de carvalho (50% novas) era um vinho intenso, suculento, prá lá de aveludado, com deliciosos aromas de frutas maduras e chocolate. Show de bola e de harmonização! Para finalizar, um rico de um Tawny Royal Oporto 10 Anos, cremoso, com aromas de nozes e frutas secas, excelente acidez, fez as honras da casa para a sobremesa. Eu confesso que nem provei o Sabayon de Peras, mas pedi à nossa colunista de gastronomia, Luciana Plaas, que a descrevesse para vocês. Aqui está o que ela falou: "As sobremesas do Garcia e Rodrigues são um capítulo à parte. Desta vez não foi diferente. O chef Christophe Lidy ousou e fugiu da mesmice. A sobremesa foi Sabayon de peras em nozes achocolatadas. Então vamos lá: eram fatias de peras cozidas, de um lado, com nozes envoltas em um chocolate derretido e quentinho do outro; sorbet, também da fruta, no meio e por cima, para arrematar, o sabayon, que nada mais é do que gema de ovo batida, no fogo, com açúcar. Parece fácil de fazer, mas cuidado! Se não souber a técnica, pode virar algo parecido com ovos mexidos, porém com açúcar. Mas este estava muito bom e provocou variadas sensações: quente, gelado, aerado, crocante, além do frutado." Oscar Daudt |
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Glaucia Helena Barbosa
Maria Helena Leite
Raquel Paschoal