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| Grand Cru | ||
 Cardápio imperial Dando continuidade à série de jantares históricos, a Grand Cru de Ipanema promoveu mais uma edição, desta feita dedicada à gastronomia de Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina, nossos últimos imperadores. Anteriormente, já haviam sido realizados dois outros eventos: o primeiro deles em homenagem ao devorador de frangos Dom João VI e a sua execrada esposa, Dona Carlota Joaquina; o segundo, foi dedicado à unanimemente venerada Princesa Isabel. Sempre sob a batuta da historiadora portuguesa Ana Roldão, esses jantares são um harmonizado conjunto de boa comida, belos vinhos e cultura e história na dose certa. A apresentação de Ana prende a atenção pois nos conta deliciosos "causos", muitas fofocas da vida imperial e ilustra tudo com farto material iconográfico. A gente sai de lá se sentindo mais culto! Às vezes, no entanto, é necessário ter estômago forte para aprender o que a realeza apreciava em suas refeições. Citando um livro de receitas daquela época, Cozinheiro Nacional, ela relatou, para revolta dos aparelhos digestivos presentes, que as preferências da época incluiam coisas estranhas, tais como: Mas é claro que em nosso pratos não aportou nenhuma dessas excentricidades e a cozinha da loja/restaurante nos ofereceu uma noite de prazer gastronômico com uma certa releitura dos esquisitos quitutes relatados. O sommelier Michel Couto, sócio da casa, desta feita optou por harmonizar o cardápio com vinhos que nada tinham a ver com o poder aquisitivo da nobreza tropical e cabiam perfeitamente no bolso dos plebeus presentes ao jantar. A casa estava cheia. Na verdade, lotada e isso motivou o único ponto negativo da noite, que foi o serviço. Demorado e desarticulado, está a merecer uma revisão histórica para melhor atender aos convidados. Mas que isso não assuste ninguém, pois estou certo que o competente Michel vai dar um jeito já para a nova edição do jantar, que será repetido no próximo dia 13/07, terça-feira, com o mesmo tema. E Ana Roldão prometeu outras efemérides, para os próximos meses: Com certeza, serão pratos cheios para os gastrônomos. Só não sei cheios de quê... Oscar Daudt |
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Ana Roldão