A francesa Maison Blanche será a primeira vinícola a escolher a inovadora garrafa Martín Berasategui System para seu vinho Louis Rapin 2008 sem sulfitos (SO² < 10 mg/l). O vinho é elaborado com uvas Merlot biológicas, de mais de 65 anos. É um vinho feito apenas com uvas, vinificado sem sulfitos nem outros aditivos, sem nano-tecnologia, concentração artificial, esterilização, ou pasteurização. É um vinho natural envelhecido em barricas novas de carvalho francês durante dois anos.

Esse vinho estará disponível até o início de 2011 e o preço de venda ao público será de €45, na Europa, bem entendido.

Mas a grande inovação é mesmo a garrafa Martín Berasategui System, que atua como um decantador graças a sua forma especial, com uma cavidade inferior que evita que as impurezas do vinho sejam servidas nas taças (veja o corte longitudinal do fundo da garrafa para melhor entender o processo). Em função disso, não é necessário a filtragem, evitando-se assim um dos processos mais anti-naturais na elaboração de um vinho.

Além da novidade do formato da garrafa, a empresa também projetou um tipo especial de caixa para o transporte, em que os vinhos viajam inclinados, de forma a ir decantando durante o caminho.

O interesse por esse revolucionário sistema tem sido muito grande e já diversas vinícolas de diversos países manifestaram a intenção de adotá-la.

Agora, eu tenho minhas dúvidas quanto à eficiência do projeto. Quando as garrafas estão adegadas, ficam na horizontal e os depósitos se formam ao longo de toda a lateral e não ficarão presos pela arapuca do fundo. Acho que não vai funcionar...
 
Comentários
Marcelo Carneiro
Advogado e escritor
Resende
RJ
29/10/2010 Eu costumo escrever artigos sobre o limite entre a inovação e as "bizarrices". Enquadraria essa como uma bela inovação. Mas, concordo contigo "in totum", pois, se não houver o cuidado de deixar a garrafa na posição adequada, de nada vai adiantar e deixa-se de aproveitar os ganhos que a mesma pode trazer.

Seria legal ver um projeto desses dando certo.
José Luiz G Pagliari
Jornalista
São Paulo
SP
31/10/2010 Oscar,

Pelo jeitão da caixa, ela poderá ser usada no ponto de venda e, lembrando que 95% dos vinhos vão direto ao consumo dentro da semana, conforme pesquisa inglesa, não vai haver tempo para deitar a garrafa na adega.

Abraços,
José Luiz

Pagliari,

Pois é, mas aí nesse caso, penso que não daria nem tempo de criar depósito e o objetivo da garrafa perderia o sentido.

Abraços, Oscar
Cláudio Benevides
Economista
Rio de Janeiro
RJ
10/11/2010 Se voce, ao tirar o vinho da adega, deixar a garrafa descansando em pé por alguns minutos antes de servir, os depositos das impurezas escorrerão para o fundo.
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