Il Boscareto |
O Il Boscareto Resort & Spa é um luxuoso empreendimento de 25 milhões de euros de Fiorenzo Dogliani, o proprietário da Batasiolo. O hotel é magnífico e fica localizado nos arredores de Serralunga d'Alba, em meio ao vinhedo Boscareto, da própria vinícola. No alto de uma colina, domina uma paisagem quase infinita em que o olhar se perde pelos vinhedos contínuos, de vez em quando salpicados por uma cidadezinha no topo de uma colina. A mais perto delas, é claro, é Serralunga d'Alba e a vista a partir do hotel é privilegiada, até mais bonita do que a própria cidade em si.
As instalações são requintadas e o serviço é afinadíssimo. O jardim com móveis modernos convida à contemplação. O hotel possui um restaurante requintado e um bar de vinhos modernoso. E as instalações do spa são super-equipadas, lindas, cheias de chuveiros e jatos inusitados. Em uma viagem que primou pela qualidade e luxo dos hotéis, esse conseguiu levar o primeiro prêmio.
O hotel, no entanto, é alvo de críticas de alguns setores que o consideram como uma cicatriz de modernidade que não combina com a paisagem do Piemonte. Mas não se pode esquecer que o mesmo foi dito a respeito da Torre Eiffel e da Pirâmide do Louvre, em Paris. E hoje, alguém tem coragem de reclamar desses dois monumentos? |
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O majestoso hotel de 25 milhões de euros |
Para relaxar nos jardins, curtindo a paisagem |
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A piscina do Spa |
Em volta do hotel, vinhedos e mais vinhedos |
Jardim interno |
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À chegada, fomos homenageados com um coquetel |
Barbaresco |
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Vista da cidade |
A principal enoteca da cidade fica dentro da igreja de San Donato |
No bar de vinhos, apenas Nebbiolo |
Degustação na Gaja |
Acho que nem o Grimberg imaginava que nossa recepção na Gaja seria de tanta deferência. Em uma vinícola avessa à visitação de grupos, participar de uma degustação comandada pelo próprio Angelo Gaja, lenda viva do vinho da Itália, foi uma completa surpresa.
A Gaja é considerada como a mais importante vinícola italiana e a única a receber 4 estrelas do guia Gambero Rosso. Angelo, o responsável por esse sucesso, é uma das figuras mais importantes da vinicultura mundial e sua aparência de conde piemontês não deixava prever que iríamos dar gargalhadas durante a degustação de seus mais importantes vinhos. O homem é um verdadeiro show man. Contou histórias saborosas, como quando Robert Mondavi o convidou para uma joint venture, caso que ele comparou como sexo entre um elefante e uma formiguinha. Explicou que, para ele, a Cabernet Sauvignon era como John Wayne, que fazia tudo certo em relação às mulheres, mas sempre igual, enquanto que a Nebbiolo era como Marcello Mastroianni, que a cada vez fazia diferente. Desbocado, até palavrão falou...
Repetiu à exaustão que seus vinhos são para acompanhar a comida, e não para meditar, o que me fez, à força, aprender que cibo, em italiano, quer dizer refeição.
Além de rótulos do Piemonte, Angelo nos ofereceu vinhos de suas propriedades na Toscana, a Pieve Santa Restituta, em Montalcino, e a Ca'Marcanda, em Bolgheri.
Para mim, este foi o momento mais elevado de uma viagem cheia de pontos altos. |
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Simplesmente Gaja |
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A degustação foi conduzida pelo respeitado e impagável Angelo Gaja |
Um dos salões do histórico Castello di Barbaresco, sede da vinícola |
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Gaja Sperss Langhe 1999 |
Gaja Barbaresco 2007 |
Pieve Santa Restituta Brunello di Montalcino Sugarille 2006 |
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Ca'Marcanda Bolgheri 2007 |
Garrafas históricas |
Jantar no La Rei |
Jantamos no restaurante do próprio hotel, o La Rei, um lugar requintado, com grandes mesas, muito espaço e um serviço afinadíssimo. Comandado pelo chef Gian Piero Vivalda - que é também co-responsável com seu pai pelo restaurante que jantamos no dia seguinte.
Recentemente inaugurado, o magnífico restaurante já papou um honroso Due Cappelli do Guide de L'espresso de restaurantes italianos. Noite especialíssima... |
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Grissinis |
Tatanetti su crema di patate |
Cruditá di pesce e crostacei del mar Ligure all'olio extra vergine |
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Insalatina di Faraona di Bresse, carciofi di Albenga e olive taggiasche |
Tortelli di ricotta d'alpeggio della Valle Gesso al tartufo nero e spuma di Mandorle di Noto |
Maialino croccante, composta di ananas e cipolle rosse di Tropea, salsa agrodolce |
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Predessert |
Freschezza agli agrumi, cioccolato bianco e cocco |
Piccola pasticceria |
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Batasiolo Millésimé 2003 |
Batasiolo Langhe Chardonnay |
Batasiolo Barolo |
Degustação na Batasiolo |
Desde os tempos em que era franqueado da Expand, José Grimberg desenvolveu excelentes relações com a Batasiolo, um dos gigantes do Piemonte, localizada em La Morra. E tanto a vinícola quanto o hotel do grupo não pouparam esforços para nos receber com requintes de gentilezas. Ao chegarmos na sede da Batasiolo, uma bandeira brasileira hasteada nos cumprimentava. E, após uma degustação especialíssima, ainda saímos de lá com uma sacola cheia de lembranças. |
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Brut Classico Millesimé 2006 |
Barolo Vigneto Bofani 2005 |
Mini-vertical de Barolo Vigneto Cerequio 2004 e 2005 |
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Barolo Vigneto Boscareto 2005, plantado em volta de nosso hotel |
Barolo Vigneto Corda della Briccolina |
Grimberg homenageando Paolo Alberione, gerente da Batasiolo |
Jantar na Antica Corona Reale |
Embora o grupo tenha classificado a Antica Corona Reale em segundo lugar na avaliação dos restaurantes, este para mim foi o campeão. Comandado a quatro mãos por Gian Piero Vivalda - o mesmo do jantar da noite anterior - e por seu especialíssimo pai Renzo Vivalda, o restaurante ostenta duas estrelas do Guia Michelin. Renzo é um figuraço do alto de seus 80 e alguns anos, intempestivo, divertido - logo ganhou o apelido de Costinha, pela semelhança física e pelos mesmos miados que são a marca registrada do comediante - e galanteador, recusava-se a brindar com os homens e caiu de amores por uma das companheiras do grupo.
Mas ele impressiona mesmo é pela maestria com que comanda as panelas, apresentando pratos - nem tão plásticos assim - mas perfeitos em sua gostosura... Gol de placa!
Nessa noite, os vinhos foram oferecidos pela Rocche Costamagna, produtor respeitado pela alta qualidade de seus vinhos, e Borgo Maragliano, conhecido por sua confiável produção de Moscato d'Asti. |
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Amuse bouche |
Baccalà mantecato su parmantier di piselli freschi all'olio nuovo |
Uovo terme su salsa allo scalongo dolce di Riolo e gamberi rossi di San Remo, asparagi verdi biologici di Poirino |
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Tortellini di Seirass della Val Pellice e Roccaverano DOP, zucchine trombette e fiori di zucca al burro di Malga |
Cappelo da prete di castrato piemontese con ristretto al Barolo DOCG e verdure croccanti dgli orti di Bra |
Predessert |
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Flan di gianduja Caffarei su salsa alla tonda gentile di Cortemilia IGP |
Piccola pasticceria |
Chef Renzo Vivalda |
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Rocche Costamagna Langhe Arneis 2010 |
Rocche Costamagna Murrae Dolcetto d'Alba 2009 |
Rocche Costamagna Annunziata Barbera d'Alba 2008 |
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Rocche dell'Annunziata Barolo 2006 |
Borgo Maragliano La Caliera Moscato d'Asti 2010 |
Borgo Maragliano Loazzolo Vendimia Tardiva 2007 |
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Alessandro Locateli, da Azienda Rocche di Costamagna |
Carlo Maragliano, da Azienda Borgo Maragliano |
A frente do restaurante |
Degustação na Prunotto |
Fundada por Alfredo Prunotto, em 1923, ficou sob seu comando até 1956, quando a vendeu a seu amigo Beppe Colla. Foi a primeira casa do Piemonte a especificar o nome do vinhedo nos rótulos, o que desencadeou uma revolução de qualidade por toda a região. Em 1989, a vinícola foi vendida à Casa Antinori, da Toscana, que continua mantendo a tradição de qualidade tão tenazmente buscada por seu fundador.
Lá tivemos uma excelente recepção que incluiu uma vertical de Prunotto Barolo, das safras de 2005, 2001, 1999 e... 1982! Grande momento da viagem! |
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O logo à entrada da vinícola |
Emanuele Baldi, gerente de exportações |
Rótulos históricos |
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Costamiòle Barbera d'Asti 2001 |
Bric Turot Barbaresco 2006 |
Bussia Barolo 2005 |
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Bussia Barolo 2001 |
Bussia Barolo 1999 |
Bussia Barolo 1982 |