Os participantes |
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Ana Maria |
Antonio e Janaína |
Eduardo e Juliana |
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Glauco e Gláucia |
Grimberg e Ester |
Homero e Jô |
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Hugo |
Ilda |
Justi e Valéria |
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Márcio |
Marcos e Tereza |
Mário e Lou |
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Oscar |
Sérgio e Sílvia |
Zizi |
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Nosso guia Carlos |
A bela Verona |
Verona é linda! Uma cidade com cerca de 250 mil habitantes e mais de 2.000 anos de história, é repleta de prédios antigos que representam as mais diversas fases de sua vida de poder e arte. Declarada como Patrimônio Histórico pela UNESCO, a cidade ainda oferece aos amantes do vinho uma das glórias da vinicultura italiana: o meu preferido Amarone della Valpolicella.
Apesar de tudo isso, a grande maioria dos turistas que para lá são atraídos só querem saber de uma coisa: visitar a Casa de Julieta, a trágica namorada de Romeu. Sim, existe essa casa, apesar de Julieta ser apenas uma personagem de ficção. E mais, existe até o túmulo de Julieta, mas como não fomos visitar essa "atração", não faço idéia de o que está enterrado por lá.
Algumas visitantes, tendo assistido ao filme Cartas para Julieta, chegam por lá dispostas a colocar suas cartinhas de amor nos buracos das paredes e não escondem sua decepção ao saber que isso não passa de invenção de Hollywood. Então, para compensar, entram na fila - quase de INSS - para passar a mão no seio da estátua da heroína, o que, segundo a tradição, é condição indispensável para um dia retornar à cidade. |
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Panorâmica do rio Adige |
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Castel San Pietro |
O rio Adige corta a cidade |
Loggia del Consiglio |
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Muitas estátuas pela cidade |
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Palazzo della Ragione |
O leão marcando território para a República de Veneza |
A Arena de Verona é sede de espetáculos operísticos |
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A Casa de Julieta |
Para voltar a Verona, deve-se colocar a mão no seio de Julieta |
Nessa romântica cidade, os namorados trancam os cadeados na ponte e jogam a chave no rio |
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Se este sistema fosse adotado no Brasil, a boca deveria ser bem maior... |
Ímãs de geladeira |
Nosso grupo deslumbrado com a arquitetura da cidade |
Jantar no Il Desco |
Il Desco, do chef Elia Rizzo, é considerado o melhor restaurante da cidade e ostenta duas merecidas estrelas do Guia Michelin. Foi nessa casa que tivemos o nosso jantar de boas-vindas.
Comemos um menu-degustação de incontáveis etapas, previamente combinado. Após bebermos um Champagne e um vinho branco, pedimos um Amarone della Valpolicella, que todos ansiavam para degustar em seu próprio território. No entanto, o menu não permitia, nem a fórceps, a harmonização com esse poderoso tinto. Com isso, ainda tivemos de pedir outros 3 brancos enquanto o Amarone respirava. Foi uma certa decepção - apesar de os brancos serem de tirar o chapéu - e apenas no último prato pudemos, finalmente, devorar o Tenuta Sant'Antonio Campo dei Gigli 2005, um verdadeiro espetáculo de força e poder. |
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Creme de batata com gamberi |
Cappesante brasate con lenticchie, crema di zucca e pancetta crocante |
Zupetta di astice |
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Risotto de ervilhas |
Filetto di turbot con porcini e tartufo nero |
Brasato di manzo com purê de batatas e foie gras |
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Pré-sobremesas |
Sobremesa |
Chef Elia Rizzo |
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Champagne Pannier Sélecion Brut |
Vigneto du Lot Soave Classico 2008 |
Veneca Jesera Collio Pinot Grigio |
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Vie de Romans Chardonnay 2008 |
Jermann W... Dreams ... ... ... 2006 |
Tenuta Sant'Antonio Campo dei Gigli Amarone della Valpolicella 2005 |
Almoço na Trattoria Tre Marchetti |
Colada na Arena de Verona, a Trattoria Tre Marchetti, com uma decoração de filme ítalo-americano, mais parecia uma armadilha para turistas e eu lá entrei sem grandes esperanças. No entanto, a cozinha se revelou muito positiva, com pratos burocráticos mas frescos, coloridos e com ingredientes de qualidade. Em especial, a Salada de lagostas com camarões era um primor! E o atum, com um excepcional aceto balsamico de 40 anos, estava de lamber os beiços...
No entanto, mais uma vez, o cardápio pré-definido nos impediu de pedir Amarones e tivemos de nos contentar com brancos. Foi como ir a Roma e não beber o papa! |
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O restaurante fica ao lado da Arena de Verona |
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Salada de lagosta com camarões |
Talharim com lulas |
Atum com aceto extra-velho e lagostim com trufas negras |
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O excelente Aceto Acetaia Dodi Riserva di Famiglia com 40 anos |
Seleção de patisserie |
A mesa do almoço |
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Livio Felluga Sauvignon Colli Orientali del Friuli 2009 |
Antinori Cervaro della Sala 2000 |
Anselmi San Vicenzo 2009 |
Jantar na Osteria Verona Antica |
Esse foi um triste momento da viagem e é tarde demais para esquecer. Não sei se a Osteria Verona Antica é sempre assim, mas nossa experiência foi desastrosa e o grupo não perdoou e a lançou para o último lugar da tabela, com uma vergonhosa nota de 4,5. A entrada era um dispensável prato de fiambres, elaborados com puro colesterol. Seguimos com um gigantesco prato de Risotto de Amarone (vide foto para acreditar no tamanho), que mais tarde aprendi que é o truque italiano para encher a barriga dos comensais sem gastar muito: além desse, tivemos também um Risotto de Barolo, no Piemonte. A gaiatice carioca não perdeu tempo e o apelidou de Risotto de Arroz! Sem foto, continuamos com uma pasta indefinível, que também mereceu um apelido: Macarrão Ripasso, visto ser elaborado com um molho que parecia igual ao do Risotto. E encerramos com um prato de friturebas, incomível!
Nessa noite, os vinhos foram oferecidos pela Santa Sofia, uma das três maiores vinícolas de Valpolicella e a única a permanecer familiar. É claro que a cavalo dado, não se olha os dentes, mas não dá para segurar e criticar as escolhas. Essa noite foi o meu batismo de fogo com o vinho Lugana DOC, que se repetiria várias vezes ao longo do Veneto. Elaborado com a casta Trebbiano di Lugana, uma uva de baixa acidez, é claro que oferece vinhos chatos, que cansam já no primeiro gole. O Ripasso, que veio a seguir, era da linha mais básica da vinícola, a Antichello, e eu não sei por que não merecemos o Santa Sofia Ripasso, muito elogiado pelo Gambero Rosso. Continuamos com um corte com predominância de Cabernet Sauvignon, o Predaia 2003, muito parecido com seus pares sul-americanos. Para salvar a pátria, o Santa Sofia Amarone della Valpolicella 2006 foi um belo exemplar de meu vinho preferido.
Grimberg foi presenteado, na chegada à Itália, com uma caixa do exclusivo Champagne Taittinger Les Folies de la Marquetterie e resolveu serví-los nessa noite. Não adiantaram meus apelos para que o elegante vinho fosse servido no início: o teimoso do Grimberg insistiu em serví-los ao final. Depois de tanto teor alcoólico durante o jantar, não sei se àquela altura alguém ainda conseguia diferenciar um bom Champagne de um Espumas de Prata. Eu, para evitar o desperdício, nem provei o vinho... |
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Fiambres |
Risotto di Amarone |
Vitello con capponata |
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Santa Sofia Lugana 2010 |
Antichello Valpolicella Ripasso 2007 |
Santa Sofia Predaia Cabernet Sauvignon 2003 |
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Santa Sofia Amarone della Valpolicella 2006 |
Champagne Taittinger Les Folies de la Marquetterie |
Grimberg ofereceu uma placa comemorativa a Luciano Begnoni, proprietário da Santa Sofia |
Degustação na Azienda Agricola Zenato |
Quem ficou decepcionado com o jantar da noite anterior, foi recompensado com uma excepcional recepção oferecida pela Azienda Agricola Zenato, vinícola familiar sediada em Lugana, mas com extensos vinhedos no coração de Valpolicella. Com grande deferência, a vinícola preparou uma caprichada degustação em meio às barricas, com deliciosos exemplares tintos da linha da empresa, incluindo o top dos tops, o Amarone della Valpolicella Riserva Sergio Zenato 2005, que fez todos correrem à cantina da empresa para levar seu exemplar, vendido a preço que me abstenho de revelar, para não causar crises de choro nos leitores.
Mas, afora a excelência dos vinhos, chamou a atenção de todos a descontração da comandante da degustação, a impagável Rosária que após 30 anos de serviços na vinícola se apresenta como parte dos móveis e utensílios. E ela, realmente, mereceria ser declarada patrimônio da casa, pois seu estilo meio romântico, meio fantástico, a fazia levitar a cada gole e tornava os vinhos ainda melhores do que já eram. |
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Vinhedos da Zenato |
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Zenato Valpolicella Superiore 2008 |
Zenato Cormí Corvina Merlot 2007 |
Zenato Ripassa Valpolicella Superiore 2007 |
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Zenato Cresasso 2005 |
Zenato Amarone della Valpolicella 2006 |
Amarone della Valpolicella Riserva Sergio Zenato 2005 |
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A impagável Rosária, com a discreta Chiara, fez a diferença na degustação |
A degustação dos Amarones foi acompanhada de queijo Grana Padano |
Segundo a anfitriã, a Zenato não usa nenhum tipo de defensivos químicos |
Almoço no restaurante Tancredi |
À beira do lago de Garda, o restaurante Tancredi tem uma arquitetura arrojada, toda branca, que faz excelente uso de sua privilegiada localização, com janelões descortinando a bela vista do local. Nos jardins, conjuntos de sofás - brancos, é claro! - ficam à disposição de quem quer relaxar e deixar o tempo passar.
Mas não são apenas as instalações que chamam a atenção, e o grupo o presenteou com o 3º lugar na classificação dos restaurantes, com nota média de 8,6. O menu foi desenvolvido apenas com frutos do mar - e do lago, também. Os vinhos para a harmonização foram oferecidos pela Zenato e, como não poderia deixar de ser, todos eles brancos. O problema é que os 3 rótulos servidos eram elaborados com ela, novamente, a Trebbiano de Lugana, a tal que não oferece acidez. O terceiro vinho foi o branco mais importante da vinícola, o Lugana DOC Reserva Sergio Zenato 2007, um vinho fermentado em barricas e afinado por 10 meses em tonéis novos de carvalho, sendo guardado ainda 12 meses em garrafa. Um nariz maravilhoso, muito corpo, cremoso, que de imediato me impressionou. O problema foi que a partir do 3º gole, eu já havia cansado pela falta de acidez. Realmente, a Trebbiano local não é a minha praia... |
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Logo no colorido Tartare de 4 peixes, minha câmera deu xabu e bateu em branco e preto |
Zupetta di fagiole con gambero e Crema di patate con tartufo |
Vieiras |
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Branzino in crosta di sale |
Sobremesa |
Zenato Lugana Brut Classico |
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Zenato Lugana Vigneto San Benedetto 2010 |
Lugana Riserva Sergio Zenato 2007 |
Grimberg e Nadia Zenato, herdeira da vinícola |
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A entrada do belo restaurante |
À beira do lago, sofás para apreciar a vista |
Após o almoço, um passeio pela cidade de Sirmione |
Jantar na Hostaria La Vecchia Fontanina |
Um bom restaurante, com um atendimento prá lá de atencioso, mas com uma comida apenas regular, que incluía o já mal-afamado Risotto de Amarone, ou como queiram, Risotto de Arroz. No entanto, o prato principal, o Filetto di Manzo era espetacular, macio, suculento, bem temperado e foi disparado a melhor carne que comi na Itália.
Desta feita, não havia patrocinador para os vinhos e a escolha foi nossa e podemos compensar as várias refeições em branco e pedir dois belos amarones. E o destaque foi um Bertani Amarone della Valpolicella Classico 1999 em seu momento perfeito de evolução. Um vinhaço! |
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Entrada |
Risotto di Amarone |
Pasta con asparagi |