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Comentários |
Diego Arrebola Sommelier Campinas SP |
07/10/2011 |
Observação interessante... Põem em jogo a idoneidade desta iniciativa tão positiva. |
Jandir Passos Enófilo Rio de Janeiro RJ |
07/10/2011 |
É o fenômeno da multiplicação dos pontos... Apelação "númerica" e "adjetiva" desnecessária e irreal. Só compromete a credibilidade de todo um trabalho que vem sendo feito nos últimos pelos produtores nacionais.
Ser otimista é uma coisa; já delírio, é outra. |
Ana Paula Valduga Diretora Comercial da Vallontano Vinhos Nobres Bento Gonçalves RS |
07/10/2011 |
Prezado Oscar, muito pertinente a sua avaliação e aproveitando o assunto gostaria de dizer que também passamos por uma situação estranha ao enviar as amostras de vinho para a avaliação desse Guia.
A solicitação era de que só vinhos da safra 2008 em diante fossem enviados para avaliação. Muito me surpreendeu, ao receber o guia, encontrar vinhos de safras 2005 a 2007 entre os melhores avaliados. As regras para participar mudaram ao longo da avaliação sem que todas as vinícolas fossem avisadas, isto é, por uma falha de comunicação (?) definiram-se regras diferentes de participação para algumas vinícolas.
Isso evidentemente prejudicou algumas vinícolas como a Vallontano, que só trabalham com tintos de safras mais antigas e que, seguindo as regras inicialmente definidas, não enviaram amostras desses tintos. |
Antonio Carlos Ferreira Lopes Enófilo Rio de Janeiro RJ |
07/10/2011 |
Oscar,
O melhor de tudo é a foto (by Neneca Daudt) pelo que ela representa num processo desse. Diz tudo. Uma idéia genial de colocar algo que representa uma "quebra" de confiança num trabalho que poderia ter sido fenomenal. |
Carlos Arruda Academia do Vinho Belo Horizonte MG |
07/10/2011 |
Oscar, como já falamos no Forum Enológico, vários aspectos nessa degustação são quastionáveis:
1 - A participação de apenas 2 degustadores leva os resultados para longe de um consenso de mínima amplitude. Para uma avaliação dessa envergadura a meu ver seriam necessárias pelo menos 8 pessoas.
2 - A proximidade das notas para 240(!) vinhos é impensável. Ou quem degustou não consegue discernir ou as amostras são todas de vinhos especialíssimos, o que está longe de acontecer em nossa vinicultura iniciante. Em ambos os casos, esse resultado não presta um serviço aos consumidores.
3 - Descartar vinhos de nota 83 a 85 não tem uma explicação lógica. Se eram ruins, a nota é indevida, se eram bons, ficaram apenas com o Olimpo dos Néctares? Duvido.
4 - Não falo aqui de julgar os vinhos que não degustei, mas o critério - e os resultados - estão longe de representar uma realidade plausível, pelo que conheço do vinho brasileiro.
5 - Notas entre 75 e 80 classificam vinhos honestos, perfeitamente bebíveis, e que geralmente têm preços bastante acessíveis. Não existe milagre, e essa faixa representa uma parcela muito ampla da produção e de consumo de qualquer país vinícola, o que dizer então de nosso país.
Um grande abraço! |
Carlos Stoever Advogado e Enófilo Porto Alegre RS |
07/10/2011 |
De fato, chamo atenção para a MULTIPLICAÇÃO DOS PONTOS... Quantos anúncios recebemos diariamente referindo: "promoção de vinhos pontuados!"... Ora, pontuados por quem?
Logicamente, os 90 pontos que eu atribuo a um vinho são muito menos significantes para o mercado do que os mesmos 90 pontos vindos de, p. ex., Robert Parker...
Agora, não fujamos da máxima: bom é o que você gosta! Tenha quantos pontos tiver... |
Rogerio Goulart Enófilo Rio de Janeiro RJ |
07/10/2011 |
Oscar, o que você acha de fazer um confronto de dados dessa avaliação com a outra realizada em Bento Gonçalves recentemente?
Forte abraço!
Rogério, a ideia é interessante, mas eu não encontrei os resultados da Avaliação na página da ABE. No entanto, essa comparação nem seria necessária para mostrar o desserviço que esse guia representa para o vinho e para os enófilos brasileiros. |
Carla Santos Enófila São Paulo SP |
08/10/2011 |
Desculpe discordar da opinião de todos aqui. A mim parece que qualquer guia que venha a divulgar a produção nacional é digno de mérito. Tenho certeza de que, após a publicação desse primeiro guia,
muitos outros seguirão a iniciativa, o que é válido.
Na minha opinião, a formatação do guia em questão é convidativa à leitura e didática para aqueles que procuram conhecer o vinho brasileiro. Amigos que estiveram em casa sequer sabiam que algumas regiões produtoras avaliadas existiam.
Notas sempre serão subjetivas, o que vale é a avaliação. O consumidor quer a nota. Bem, é só a minha opinião... |
Rafael Mauaccad Enófilo São Paulo SP |
08/10/2011 |
Neneca,
Taça partida, ruptura de coração partido. Resta recolher os cacos, limpar o rescaldo.
Afetuoso abraço, Rafael |
Roberto Cheferrino Enófilo Publicitário Rio de Janeiro RJ |
09/10/2011 |
...pois é Oscar, esses resquícios eno-ufanistas de marketing "Brasil, beba-o ou deixe-o" não prosperam, são totalmente sem razão, pois nossa eno-diversidade celebra, como vc remarcou, a cada dia a capacidade de bons e criteriosos vinhos brasileiros e ao gosto de cada um.
Abrs |
Aurora Lilian Rodrigues Enófila, fundadora Espumas e Paetês e Analista de Sistemas Rio de Janeiro RJ |
10/10/2011 |
"Há algo de podre no reino da Dinamarca", mas infelizmente isto não me espanta no reino do BRASIL. |
Eder Heck Mr. Lam Rio de Janeiro RJ |
10/10/2011 |
Oscar,
Vc sabe quem foram os Provadores? Tendo esta informação tudo se esclarece!!! abs
Eder, como para mim não ficou muito claro mesmo depois de ler, vou simplesmente copiar a explicação da revista:
"Contamos, então, com a disposição de nossos degustadores Juliana Reis e Hong Sup Kim, além de manhãs e tardes de nossos editores de vinho Sílvia Mascella Rosa e Eduardo Milan, além do trabalho dedicado e competente de nosso editor-chefe, Arnaldo Grizzo, e de nosso diretor de arte, Ricardo Torquetto."
Quem você acha que degustou afinal? Todos os citados ou só os dois primeiros?
Abraços, Oscar |
Eduardo Araujo Sommelier - Santa Adega Florianopolis SC |
10/10/2011 |
Bela observação! Já não é a primeira vez que algum "guia" de vinhos brasileiros mostra dados estranhos.
Creio que grande parte dos amigos aqui já participou de degustações às cegas e viu que a variação existe, e muito!
Frequentemente realizo ou participo de degustações técnicas (sem o objetivo de espalhar aos ventos qual vinho mereceu tal ponto) para treinar as minhas percepções e é clara a diferença entre vinhos de mesmo custo, imagina de preços bem diferentes. E coloco aqui uma dificuldade pessoal de "distribuir" notas altas, próximas a 90 pontos.
Enfim, concordo com o ponto de vista dos amigos. E não entendi bem quem degustou o que. Poderíamos ter um serviço melhor ao novo consumidor e não apenas iludi-lo que qualquer vinho que ele comprar no Brasil será ótimo! |
Yann Lesaffre SBAV Rio de Janeiro RJ |
13/10/2011 |
Oscar,
Pelo pouco que conheço, é simplesmente impossível que dentre 275 rótulos válidos não existam muitos abaixo de 86 pts, mesmo que a comparação seja somente com brasileiros. E vou dizer mais, mesmo sem ter lido o guia e correndo o risco de parecer antinacionalista, com certeza tem muito vinho nesses 275 que não merecem nem 70 pontos.
Existem vinhos brasileiros de qualidade e que na maioria das vezes, como todos sabemos, tem preços pouco competitivos num mercado global, mas são exceções. Mas temos que manter o pé no chão... na minha opinião, ainda falta muito, mas muito mesmo, para que tenhamos vinhos de alta qualidade a preço justo e capazes de concorrer dentre os melhores do mercado mundial.
E esse tipo de avaliação não ajuda em nada, pois não reflete a realidade. Quem consegue acreditar que só temos vinhos muito bons, excelentes e extraordinários? Afinal, se tivéssemos tantos vinhos nessas categorias, já seríamos uma potência no mundo do vinho......... Somos? |
Osvaldir Castro Enófilo São José do Rio Preto SP |
14/10/2011 |
Um tremendo desserviço em relação ao vinho nacional. É uma brincadeira de tremendo mau gosto. Fala sério!!! |
Arlete de Oliveira Enófila, jornalista Porto Alegre RS |
06/02/2012 |
Estou achando estranho a maioria dos comentaristas por em questão o fato da análise ter sido feita por "apenas" dois profissionais em relação à quantidade das amostras. Tenho comigo o "Anuário Brascó de los Vinos Argentinos", edição 2006, escrito por Miguel Brascó e Fabricio Portelli, dois profissionais renomados argentinos na área do vinho. Eles analisaram 1.300 vinhos e qualificaram 1.200. Os dois dão
notas separadas a cada um dos vinhos analisados, entre 50 a 100 pontos.
Tenho também o "Guia de Vinos Chilenos", do respeitadíssimo Patrício Tapia, edição 2006, que apresenta vinhos com pontuações apenas na faixa de 80 a 95, proveniente de 262 vinícolas (no mínimo dois vinhos por vinícola). Escolheu as melhores.
Então, pessoal, cuidado com críticas apressadas. Esse guia pode ter defeitos, mas é um trabalho louvável, uma visão inicial do "estado da arte" vinícola brasileira, que certamente crescerá. Outros guias, de outros especialistas também virão, para o enriquecimento do nosso conhecimento. |