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Comentários |
Ângela Mochi Importadora Curitiba PR |
27/02/2012 |
Oscar, fantástica essa promoção da Ibravin, dando a conhecer e divulgando a produção brasileira. Acho que esse é o caminho para aumentar o consumo do vinho nacional.
Por outro lado, é lamentável a postura da mesma entidade solicitando a salvaguarda contra os vinhos importados. É uma atitude arcaica, que apenas vai prejudicar os consumidores. É hora dos consumidores saberem disso também, até porque o Ministério do Desenvolvimento divulga sua decisão já em março.
O selo - que eles defendiam como a solução do contrabando - não funcionou, apenas agregou custos e confusão à cadeia produtiva. Agora, vem a salvaguarda. Qual será a próxima?? A proibição total da importação de vinhos?
Abçs Angela |
Rafael Mauaccad Enófilo São Paulo SP |
27/02/2012 |
Oscar,
O Carnaval para os enófilos continua após a Quarta-Feira de Cinzas. Veja o que o Bloco Protegidos do Vinho Brasileiro está pleiteando junto à Comissão Julgadora: SALVAGUARDAS! contra o quesito Participação no Mercado do Bloco Piratas do Vinho Importado.
Para entender esta continuidade da folia de Momo, leia abaixo a matéria do jornal Valor Econômico.
Evoé,
Rafael
"A pedido das vinícolas brasileiras, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), decidirá, em março, a possível abertura de um processo de salvaguarda contra os vinhos importados. Os produtores nacionais esperavam para esta semana a abertura do processo, mas fontes do ministério ouvidas pelo Valor informaram que o prazo não é suficiente para conclusão do estudo técnico que precede a investigação.
A medida foi solicitada pelo setor vitivinícola em agosto de 2011 e no dia 16 deste mês, durante visita à Festa da Uva de Caxias do Sul, a presidente Dilma Rousseff prometeu tomar providências previstas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) contra práticas comerciais "assimétricas e danosas" à indústria nacional.
Os técnicos da secretaria de Comércio Exterior, encarregados de analisar o pedido da indústria nacional, não conseguiram ainda concluir o estudo técnico sobre a situação do setor e a ameaça dos importados, para caracterizar indícios de dano grave ou ameaça de dano aos produtores no país. Os técnicos querem ter em mãos sólidas evidências para sustentar as investigações, que podem ser acompanhadas de medida provisória com barreiras às importações de vinho. Calcula-se que essas investigações, ao final das quais seriam aplicadas salvaguardas definitivas, poderão durar pelo menos seis meses. O governo teme, ainda, que a abertura de processo para salvaguardas provoque uma indesejável antecipação de importações, e estuda maneiras de evitar essa reação dos comerciantes.

Segundo o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Henrique Benedetti, que também nesta semana participa da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados, em Brasília, a situação atual é "insustentável". Em 2011, os importados dominaram 78,8% do mercado legal de vinhos finos no país, que totalizou 92,2 milhões de litros, participação semelhante aos 79,4% de 2010.
Em 2005, a fatia era de 63,1% e desde lá até 2011 as vendas dos importados saltaram de 37,5 milhões para 72,7 milhões de litros, enquanto o produto nacional recuou de 21,9 milhões para 19,5 milhões de litros, apesar de uma lenta recuperação a partir de 2009. Para a indústria, os estrangeiros competem em condições desleais com os brasileiros porque gozam de vantagens tributárias na origem e o mercado doméstico também é inundado por produtos de baixa qualidade, subfaturados e contrabandeados.
Após a publicação da abertura do processo de salvaguarda no Diário Oficial da União os países atingidos terão prazo para apresentar defesa. Integrantes do Mercosul, Argentina e Uruguai não seriam afetados pelas eventuais medidas. Os argentinos supriram 22,9% das importações brasileiras de vinhos finos em 2011 e os uruguaios, 1,7%. O mais prejudicado, caso alguma salvaguarda seja efetivamente aplicada, será o Chile. Beneficiado por acordo que reduz a zero o imposto de importação de 27%, o país é o maior fornecedor de vinhos para o Brasil, com 36,6% de participação sobre as importações totais no ano passado e 37,2% em 2010, informa Benedetti.
Conforme o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Alceu Dalle Molle, a indústria defende a aplicação de salvaguardas por pelo menos três anos, renováveis por igual período. O prazo é necessário para a reconversão dos vinhedos e a produção de variedades mais nobres de uvas e para a modernização do parque industrial das vinícolas, com apoio dos governos federal e estadual. Com isso, o produto nacional terá maior competitividade, explica.
Benedetti acrescenta que as salvaguardas poderiam incluir preços mínimos aos importados, cotas e medidas tributárias. Segundo ele, Estados como Santa Catarina, Espírito Santo e Pernambuco oferecem redução de ICMS para produtos internalizados através de seus portos, garantindo vantagens extras aos vinhos estrangeiros.
O selo fiscal nas garrafas de vinhos e espumantes, obrigatório no varejo desde primeiro de janeiro deste ano (exceto para produtos adquiridos pelo comércio até 31 de dezembro de 2010), é "uma das ferramentas" no combate à avalanche de importados no mercado, doméstico explica Benedetti. O mecanismo inibe principalmente a comercialização de produtos contrabandeados (que não aparecem nas estatísticas), mas cerca de 35% das importações legais está isenta da exigência devido a liminar obtida pelas filiadas à Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA), calcula o presidente do conselho deliberativo da entidade, Adilson Carvalhal Júnior.
Com as eventuais medidas de proteção comercial, Dalle Molle prevê que a indústria brasileira pode equilibrar a disputa com os importados e alcançar 50% do mercado nos próximos anos. Segundo Benedetti, para isso seria necessário dobrar as vendas atuais do produto nacional. Ele revela que o país produz entre 45 milhões e 50 milhões de litros de vinhos finos por ano e que os estoques já alcançam cerca de três anos de produção, o que aumenta os custos financeiros das vinícolas locais.
Benedetti diz ainda que a situação do setor se agravou no fim do ano passado e no início deste com a desaceleração das vendas. Enquanto no acumulado de 2011 a demanda por vinhos nacionais cresceu 6,4% sobre 2010, no último bimestre houve queda de 1,5% ante igual período do ano anterior, para 3,4 milhões de litros. Já os importados, que tiveram alta de 2,4% de janeiro a dezembro, aceleraram nos dois últimos meses e cresceram 5,9%, para 16 milhões de litros.
Os dados de janeiro de 2012 ainda não estão disponíveis, mas segundo Daniel Salton, presidente da Salton, uma das maiores vinícolas do país, as vendas de vinhos finos em janeiro foram semelhantes às do mesmo mês do ano passado, depois de uma alta de quase 7% no acumulado de 2011 em comparação com 2010. Mesmo assim, Dalle Molle espera que a demanda pelo produto nacional cresça neste ano a uma taxa pelo menos igual à do exercício passado." |
Glaycon Pereira Enófilo Brasília DF |
03/03/2012 |
Sr. Oscar, aceitar um convite de uma entidade que provoca tantas distorções no ambiente enológico, é confuso para um site que se consolida como um bastião da defesa das igualdades e do correto desfrute das benesses e do deleite do néctar de Baco.
Cordialmente.
Sempre que aceito um convite de viagem, seja do IBRAVIN, de uma vinícola ou de uma importadora, deixo bem clara essa condição aos leitores.
Especificamente em relação ao IBRAVIN, minha opinião pessoal é a de que esse Instituto vem desempenhando um excelente trabalho na divulgação e na defesa da produção nacional, papel esse que deveria ser compartilhado por todos os apreciadores brasileiros.
Abraços, Oscar |
João Henrique Ross Enófilo |
12/03/2012 |
Enquanto houver medidas como estas, praticadas pelos empresarios nacionais e cujo unico objetivo é fazer do vinho um mega-negocio, só ha uma saida para nós consumidores e apreciadores: BOICOTE AOS VINHOS NACIONAIS.
João Henrique, surpreende-me sua infeliz declaração. Fazer do seu negócio um mega-negócio é o objetivo de todos os empresários de todos os mercados do mundo.
Não são apenas os empresários nacionais que patrocinam eventos. Apenas para exemplificar, os produtores de Champagne patrocinam corridas de Fórmula I, jogos de golfe, de tênis, de hoquei, desfiles de moda, exposições de arte, etc... Está também em seus planos boicotar todos os produtores que patrocinem eventos?
Oscar |
Alex Lizarazu Enófilo Porto Alegre RS |
24/03/2012 |
Bela iniciativa da Ibravin; é assim que a imagem do vinho nacional é valorizada, não com pressões políticas autoritárias. |
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