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Comentários |
João Carlos de Oliveira Lojista Rio de Janeiro RJ |
01/05/2012 |
São coisas assim que me deixam muito à vontade para apreciar e recomendar vinhos nacionais. Sabemos fazer. Então, o que falta?
Abraços e parabéns pela grande apreciação do vinho. João Carlos |
Roberto Franco Médico e enófilo Rio de Janeiro RJ |
03/05/2012 |
Há dois anos experimentei esse vinho, gostei muito e confesso que tive medo de guardar por tanto tempo, mas vejo que me enganei. Que bom! |
Dulcinéia Massi Enófila Rio de Janeiro RJ |
03/05/2012 |
Adorei o comentário da Ana. Felizmente fiz parte desse grupo de amigos que teve esta grata surpresa com o vinho, que realmente merece nossa deferência.
Parabens à Casa Valduga! E vamos pensar se realmente precisamos de salvaguardas. |
Juan José Verdesio ABS-Brasilia Brasilia DF |
07/05/2012 |
Respondendo ao José Carlos de Oliveira, interessado em vender vinhos. O que falta para o vinho brasileiro ser competitivo?
Primeiro: Custo de Produção sem contar o lucro do produtor. Números compilados de pesquisas recentes que comprovam porque o vinho brasileiro é caro de produzir:
França Vinho regional Pay d'Oc R$ 4-5
Argentina Mendoza Linha Básica R$ 0,35 - Intermediária R$ 0,52 - Premium R$ 0,9
Chile Vale do Maule 2004 R$ 2,49 a 2,53
Brasil Serra Gaúcha vinhos de viniferas Linha básica R$ 2,96 - Intermediária R$ 6,3 - Premium R$15,82
Segundo: somando a absurda carga impositiva em cascata desde que sai da vinícola, a enorme rede de intermediação e custo do transporte interno no Brasil, o preço do vinho nacional tem que chegar na sua loja, caro José Carlos, mais alto do que similar importado do Chile ou Argentina ou Uruguai, que são os verdadeiros concorrentes. Os outros tem o sobrepreço devido aos custos da importação, incluindo cargas impositivas mais elevadas para os importados e dependendo do importador e da época de importação sobrepreços entre o preço FOB e o preço de venda da importadora exagerados e desmedidos.
Em resumo pagamos caríssimo no Brasil para beber qualquer vinho seja nacional ou importado.
Como solucionar? Mudando radicalmente a cadeia produtiva para que existam vinhos básicos competitivos que bancariam os premiums de cada vinícola.
O que implicaria numa reforma agrária na Serra, a ampliação da área plantada em umas 10 vezes o que se planta hoje. Como fazer isso? Como fizeram outros países: conseguindo capital com prazo de retorno a 10 ou 15 anos, ações coordenadas e coletivas que favoreçam todos, grandes e pequenos.
Alguns países fizeram com aportes de capitais estatais como Uruguai (programa de reconversão produtiva dos anos 90 que demorou 15 anos para das os atuais frutos) ou na Europa Portugal com dinheiro da CEE e programas de incentivo à capitalização, inovação e investimento.
Ter salvaguardas ou medidas protecionistas contra os concorrentes estrangeiros, leia-se Chile e Portugal, sem ter um programa de reconversão produtiva sério, de longo prazo e em que todos estejam engajados, só servirá para que nós, consumidores, paguemos mais pelo vinho, seja nacional ou estrangeiro e tudo continue como está ou pior.
Vale a frase de Guisseppe Tomaso di Lampedusa, no Il Gatopardo, quando o conde vê que todo o seu poder como aristocrata da Sicília está prestes a sumir pelo avanço das tropas de Garibaldi e a implantação da República: "A não ser que nos salvemos, dando-nos as mãos agora, eles nos submeterão à República. Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude." |
João Carlos de Oliveira Lojista Rio de Janeiro RJ |
09/05/2012 |
Grato pelo seu esclarecimento, Juan.
Nunca é demais falar a respeito dos custos que desestimulam empreendedores, o que acontece em quase todos os setores produtivos.
Ah! Meu nome é JOÃO Carlos (como Juan, só que em português).
Abraços e muito obrigado. |
Cezar Bagesteiro Enófilo Lauro de Freitas BA |
09/07/2012 |
Gostaria de parabenizar pela iniciatica de comentar este belo vinho Nacional. Também tive a oportunidade de tomar desta mesma safra há 2 semanas e o vinho estava perfeito.
Gostaria de acrescentar que este vinho teve uma redução no seu preço para as novas safras, pois agora tem opção de caixas de papelão.
Parabéns à Casa Valduga e agora teremos o Storia, outro belo vinho Nacional. |
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