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Análises de preços
I - Introdução

Prezados enófilos,

Essa é a 6ª edição da sempre esperada Comparação das Importadoras, na qual analisamos os preços praticados pelas importadoras brasileiras de vinhos, por meio de uma metodologia desenvolvida pelo EnoEventos a fim de orientar os enófilos sobre onde melhor usar o suado dinheirinho que gastamos comprando nossa bebida preferida.

Nesse último ano, o dólar deu um grande salto e passou de R$1,65, em setembro do ano passado, para R$2,05, atualmente, o que representa um aumento de 24%. É claro que essa violenta subida provocou um terremoto na classificação das importadoras.

Nesta nova edição, pesquisamos os preços de 26 importadoras, mas como a Zahil possui tabelas diferentes para Rio e São Paulo, ela aparece classificada duas vezes em nossa tabela, que conta então com 27 linhas. Foram 452 os vinhos conferidos, com um total de 1.863 cotações encontradas no mercado americano. E esses números não refletem todo o trabalho envolvido: muitas outras importadoras foram analisadas sem que conseguíssemos qualificá-las para nossa análise. Muitos mais vinhos foram pesquisados e não encontrados. Foi realmente um trabalho estafante, mas a recompensa vale todo o esforço.

Houve algumas perdas de importadores, assim também como algumas novas inclusões. A Enoteca Fasano desaparece de nossa análise, tendo em vista ter sido adquirida pela World Wine. A Inovini é outra baixa: como essa importadora não publica seus preços, na edição de 2011, pesquisamos os valores cobrados no site da wine.com.br, que vende a maioria de seus rótulos. No entanto, este ano pensamos melhor e achamos que as distorções decorrentes dessa pesquisa não se enquadravam em nossos critérios.

Por outro lado, tivemos 7 importadoras estreando em nossa análise e algumas delas bastante promissoras, bem classificadas na tabela final. E, felizmente, acolhemos o retorno de uma importadora que havia faltado em 2011.

A tabela teve movimentos relativos importantes - eu diria até supreendentes - mas a quase totalidade das importadoras tiveram seus Índices de Divergência declinantes em decorrência da alta da moeda americana.

Aproveitem bem os resultados e façam compras mais conscientes. É a única arma à disposição dos consumidores. Mais uma vez eu falo: acredito que essa seja a melhor contribuição que o EnoEventos pode prestar ao mercado brasileiro de vinhos, em busca de preços cada vez mais honestos.

Oscar Daudt
II - Classificação das Importadoras

A 6ª edição da classificação
A tabela abaixo apresenta a classificação das importadoras, em ordem da mais barata para a mais cara, segundo o Índice de Divergência apurado nesta análise. Para cada importadora são apresentados os seguintes dados:

  • Classificação em 2012
  • Nome da importadora
  • Índice de Divergência de 2012
  • Quantidade de cotações em 2012
  • Índice de Divergência de set/2011
  • Índice de Divergência de jul/2010
  • Índice de Divergência de jul/2009
  • Índice de Divergência de jul/2008
  • Índice de Divergência de jan/2008

    Como interpretar o Índice de Divergência
    O Índice de Divergência significa a diferença percentual entre o preço cobrado pela importadora e a média dos 5 menores preços encontrados no mercado americano para esse mesmo vinho, de mesma safra. Se o vinho custasse aqui no Brasil o mesmo que custa nos Estados Unidos, o Índice seria de 0%.

    Nesta edição, o Índice varia de 68,0% para a Cellar, até 243,0% para a Península. Isso quer dizer que, teoricamente, se um vinho custasse US$10 nos Estados Unidos, seria vendido pelo equivalente a US$16,80 na Cellar, enquanto que custaria, provavelmente, o equivalente a assustadores US$34,30 na Península!

  • III - Análise da classificação

    Segmentação das importadoras
    De acordo com os Índices de Divergência, podemos dividir as importadoras em 4 categorias:

  • preços baixos: de 0-100
  • preços médios: de 101-200
  • preços altos: de 201-300
  • preços altíssimos: acima de 300

    As importadoras de preços baixos
    Na edição de 2011, quando nenhuma importadora foi classificada nesta categoria, eu escrevi: "...espero que esse vazio tenha sido apenas um soluço e que, no levantamento de 2012, possamos voltar a contar com importadoras nesta faixa." Parece que minha prece foi atendida e com alegria encontramos 3 importadoras aqui posicionadas:

    Cellar
    Participante de todas as edições de nosso Comparativo, a importadora de Amauri de Faria sempre ocupou colocações invejáveis em nossa tabela. Este ano assume a primeira colocação com o Índice de 68%. É o mais próximo que se pode chegar dos preços praticados no mercado americano sem necessidade de um passaporte. A importadora oferece rótulos fantásticos de apenas dois países: Itália e França. É uma verdadeira festa para os muitos apreciadores do Velho Mundo.

    Cava de Vinhos
    A pequena importadora de Itaipava, comandada pelo espanhol Jesus Ruiz, volta a nossa análise em 2012 arrebatando o segundo lugar. Como seria de se esperar, em função da nacionalidade do dono, a Cava de Vinhos é especializada apenas em vinhos espanhóis, onde se pode encontrar desde os tradicionalíssimos rótulos da Rioja até os mais modernizados exemplares de Ribera del Duero e muitas outras regiões.

    Casa Flora
    Das grandes importadoras, a Casa Flora é a melhor classificada, ocupando um meritório 3º lugar. Com uma carteira diversificada, abrangendo os principais países produtores do mundo, é uma excelente alternativa para quem quer rechear sua adega com preços honestos.

    As importadoras de preços médios
    Das 27 importadoras classificadas, 17 delas estão concentradas neste segmento, onde se encontram a maioria de vinhos disponíveis em nosso mercado. Alguns destaques:

    Vinhos do Mundo
    Esta importadora de Porto Alegre teve uma queda significativa em seu Índice, passando de 180,1 em 2011, para 107,8, quase que se qualificando para a categoria de preços baixos, ocupando a 4ª colocação neste ano. Possui uma carteira de médio porte, diversificada, onde se pode garimpar excelentes rótulos do Novo e do Velho Mundo.

    Delacroix
    Estreando com o pé direito em nossa análise, conquistando a 5ª colocação, esta importadora de São Paulo tem em sua carteira exclusivamente rótulos franceses.

    Nova Fazendinha
    Acostumada a frequentar as melhores posições de nossa tabela, ocupa este ano um honroso 6º lugar. Para os apreciadores dos vinhos franceses, é uma mina de boas oportunidades a preços honestos.

    Casa do Vinho e Porto Mediterrâneo
    Também estreando em nossa análise, a Casa do Vinho, de Belo Horizonte, e a Porto Mediterrâneo, de Balneário Camboriú, fazem bonito ocupando as 7ª e 8ª posições, respectivamente.

    Grand Cru
    Quem acompanha o Comparativo desde as primeiras edições, provavelmente ficará tão surpreso quanto eu ao constatar a mudança de patamar da Grand Cru, que vê seu Índice despencar de 248,8, em 2011, para a metade, com 123,4 este ano. É uma mudança radical e muito benvinda, que a fez passar à frente de muitas outras empresas que estavam acostumadas a vê-la na rabeira de nossa tabela. Parabéns à importadora!

    Vinci e Mistral
    Não sei se todos se lembram, mas há cerca de 7 anos, quando o dólar estava na estratosfera e subindo regularmente, a grande maioria dos catálogos de vinhos eram cotados em dólar. Quando a situação se inverteu e a moeda americana começou a despencar, quase todas as importadoras se apressaram em traduzir seus preços para reais. A única que manteve seus preços atrelados ao dólar foi a Mistral (e sua costela de Adão, a Vinci). Com o dólar caindo, esses anos todos, as importadoras de Ciro Lilla ofereciam grandes rótulos a preços atraentes. No entanto, com a retomada da cotação da moeda americana, os vinhos apresentaram altas de cerca de 25%, fazendo com que ambas deixassem as posições de destaque que sempre ocuparam para se posicionar no miolo da tabela.

    Qualimpor
    Ocupando a 11ª colocação na tabela, esta importadora, sempre exclusiva dos rótulos da família portuguesa Roquete, surpreendeu seus clientes ao acrescentar a seu catálogo a gigante espanhola de cavas, a Freixenet.

    As importadoras de preços altos
    Com um Índice de Divergência calculado entre 201 e 300, esta categoria minguou de 2011 para 2012, passando de 10 componentes para apenas 6. Bom sinal!

  • Zahil-SP e Zahil-RJ
  • Vinea
  • Ravin
  • Expand
  • KMM
  • Península

    As importadoras de preços altíssimos
    A melhor notícia do levantamento foi constatar que nenhuma importadora ficou posicionada nesta triste categoria. Os enófilos agradecem...
  •  
    IV - Inclusões e exclusões

    Este ano, tivemos 7 importadoras estreando em nossa análise: Casa do Vinho, Delacroix, Millesime, Porto Mediterrâneo, Todovino (Interfood), Vinos y Vinos e Winebrands. É animador saber que cada vez mais as importadoras estão divulgando seus preços livremente pela Internet. E acolhemos, com alegria, a volta da Cava de Vinhos que esteve ausente na edição de 2011.

    Diversas outras importadoras, no entanto, ficaram de fora da classificação, tendo em vista que não conseguimos encontrar o número mínimo de cotações para que pudessem ser consideradas em nossa análise. São aquelas que têm em sua carteira apenas pequenos produtores que não conseguem espaço no mercado americano. Foram pesquisada e não incluídas as importadoras Tahaa, Cave Jado, Hispania, Cuvée, La Charbonnade, Prima Linea e Terramater.
     
    V - Metodologia

    A metodologia utilizada neste novo levantamento de dados contempla os seguintes princípios:

  • no levantamento dos preços praticados pelas importadoras, utilizamos sempre os preços de lista, desconsiderando quaisquer descontos (normalmente estratificados) ou promoções (sempre temporárias);

  • a comparação sempre considerou vinhos de mesma safra, em nosso mercado e no mercado americano, a fim de evitar as variações de preço que algumas vezes ocorrem de um ano para outro;

  • nesta pesquisa o objetivo foi de conseguir comparar 20 vinhos para cada importadora, a fim de oferecer maior confiabilidade ao índice calculado; nem sempre conseguimos encontrar essa quantidade de vinhos no mercado americano;

  • para cada vinho comparado, foram consideradas as cinco mais baixas cotações encontradas nos Estados Unidos e calculada a média; no entanto, nem sempre foi possível encontrar essa quantidade;

  • os preços do mercado americano foram sempre obtidos por consulta ao site Wine-Searcher;

  • a fim de dar maior transparência à composição do índice, publicamos, para cada importadora, a quantidade total de cotações obtidas; o máximo teórico de cotações seria de 100 (20 vinhos * 5 cotações); para nenhuma importadora esse máximo foi alcançado;

  • por outro lado, estabelecemos uma quantidade mínima de 15 cotações no mercado americano, a fim de que a importadora pudesse ser considerada em nossa análise; de qualquer forma, é bom ter presente que quanto maior a quantidade de cotações encontradas, mais confiável é o Índice calculado para uma determinada importadora;

  • não foram nunca considerados vinhos americanos ou brasileiros, já que o método básico da análise é comparar vinhos importados, aqui e lá;

  • em relação aos parceiros e associados do Mercosul, procuramos incluir, para cada importadora, no máximo 4 vinhos provenientes de desses países, já que esses gozam de vantagens alfandegárias em relação aos vinhos oriundos dos demais países e a inclusão de menos ou mais vinhos dessas nacionalidade poderia distorcer o resultado final; no entanto, nem sempre isso foi possível, eis que determinadas importadoras são especializadas em vinhos espanhóis ou franceses ou italianos;

  • como os preços obtidos no Wine-Searcher não incluem o imposto, acrescentamos à cotação o imposto médio americano de 6,5%;

  • a taxa de câmbio considerada para a transformação dos preços em reais para preços em dólares foi de R$2,05.
  • VI - Fontes dos Dados
    Todos os preços dos vinhos nos Estados Unidos foram coletados no site Wine Searcher, durante o mês de setembro de 2012. Consideramos as 5 cotações mais baixas de cada vinho, sempre que possível. Algumas vezes, no entanto, não foram encontradas 5 cotações e nesses casos consideramos as cotações disponíveis, mesmo sendo uma cotação apenas.

    Internet Tabela de preços
    Cellar Vinhos do Mundo
    Nova Fazendinha KMM
    Qualimpor Casa Flora
    Vinci Cava de Vinhos
    Mistral  
    Decanter  
    Zahil  
    World Wine  
    Taste-vin  
    Ana Import  
    Vinea  
    Ravin  
    Grand Cru  
    Expand  
    Península  
    Delacroix  
    Casa do Vinho  
    Porto Mediterrâneo  
    Vinos y Vinos  
    Winebrands  
    Millesime  
    Todovino  
    VII - Reprodução dos resultados
    Este é um estudo de utilidade pública do EnoEventos. Todos os que quiserem reproduzir, total ou parcialmente, os resultados da análise, podem e devem fazê-lo sem a necessidade de autorização prévia. Quantos mais enófilos tomarem conhecimento de nossa análise, melhor...

    Solicitamos, apenas, que a fonte seja citada.
    VIII - Considerações finais
    Para aqueles que tiverem curiosidade de conferir os dados que foram analisados para a determinação do Índice de Divergência, a planilha utilizada para a compilação de preços e cálculo do índice pode ser obtida clicando aqui.

    E, finalmente, lembramos que esta análise tem como objetivo orientar os enófilos brasileiros em suas opções de compra. Para a elaboração da mesma, não foram empregados métodos estatísticos rigorosos e, portanto, o Índice calculado significa, unicamente, aquilo a que se propõe: a divergência de preços dos vinhos selecionados frente à cotação obtida no mercado americano.
     
    Comentários
    Alvaro Cezar Galvão
    Jornalista
    São Paulo
    SP
    04/09/2012 Oscar,

    Mesmo que alguns não concordem, este seu trabalho é digno de nota. Preços médios de vinhos é complicado devido ao critérios qualidade, origem etc..., mas novamente parabenizo o modelo.

    Abraços de luz
    José Luiz Bittencourt
    Apreciador
    Goiânia
    GO
    04/09/2012 Este é, disparado, o melhor serviço prestado com seriedade a quem realmente aprecia um bom vinho. Além de orientar quem está atrás de umas boas garrafas a custo honesto, ainda constrange aqueles que praticam uma verdadeira extorsão na hora de fixar os preços ao consumidor final brasileiro.

    Uma grande idéia, executada com responsabilidade e muita inteligência. Parabéns!!!

    Obrigado, José Luiz. Abraços, Oscar
    Humberto Heidrich
    Comerciante
    Canela
    RS
    04/09/2012 Grande Oscar

    Realmente sabes fazer coisa boa. Parabéns e siga assim.

    Abraço, Humberto
    Luiz Cola
    Enófilo e Wine Blogger
    Vitória
    ES
    04/09/2012 Caro Oscar,

    Sua pesquisa contínua irretocável e imprescindível! E que bom que a posição das importadoras deu uma "chacoalhada". Queria mesmo era ver os percentuais relativos aos EUA, como um todo, baixarem...

    Parabéns!

    Luiz Cola
    www.vinhosemaisvinhos.com
    Vicente Cioney Andreo Junior
    Enófilo
    São Paulo
    SP
    04/09/2012 Parabéns pelo trabalho!

    Uma dúvida: a Casa Flora vende vinhos para PF?

    Um abraço e no aguardo.

    Sim, Vicente, um amigo ligou para lá e eles enviaram a tabela de pessoa física. Boa notícia, não é? Abraços, Oscar
    Osvaldir Castro
    Enófilo
    São José do Rio Preto
    SP
    04/09/2012 Parabéns Oscar, por nos brindar, mais uma vez, com esse seu trabalho de paciência e pesquisa. Nós, explorados consumidores, agradecemos.

    Interessante de se observar que algumas importadoras, historicamente, vêm se mantendo com os maiores Índices de Divergência. É o caso de Expand, KMM e, a recordista, Península. Notar-se, também, que Zahil e Mistral tiveram aumento no Indice de Divergência, em relação a 2011. Estaremos divulgando esses números, no blog e em minha coluna.

    Obrigado pelo seu trabalho de utilidade pública enofílica!
    José Paulo Schiffini
    Enófilo da velha guarda
    Rio de Janeiro
    RJ
    04/09/2012 Mais uma vez, parabéns pelo seu trabalho. Ele é mais uma orientação para o Consumidor final de vinhos, esse abandonado...

    Claro que o grande trabalho dos amantes do vinho é garimpar vinhos Bons, honestos e baratos, e que possam ser comprados de caixa.

    Espero que o Governo não aprove Salvaguardas, pois com certeza, com aumento de impostos ou estabelecimento de cotas é provável que tais índices subirão quando comparados com New York (acho que deveria ser o contrário) tentar almejar o mesmo preço para nosso mercado no médio prazo.

    E claro não deixar de estimular o produtor nacional reduzindo impostos mas obrigando o mesmo a alcançar índices de qualidade ao nível dos melhores vinhos mundiais. Assim a competição seria mais sadia e favoreceria não o bolso do governo, mas o pobre, o abandonado enófilo...
    Nilton Santos
    Antropólogo
    Rio de Janeiro
    RJ
    04/09/2012 Salve, Oscar!

    Mais uma vez os dados apresentados, em pesquisa criteriosa e abrangente, nos ajudarão a navegar neste mar tormentoso do dólar em alta.

    Gostava de saber se estas distribuidoras atendem os supermercados ou se teremos, em breve, esta pesquisa para o varejo.

    Abraço cordial,
    Nilton Santos

    Nilton, em 2008 eu fiz uma comparação dos preços dos vinhos nos supermercados cariocas. Os resultados foram bem interessantes e você pode conferí-los clicando aqui.

    Mas como já se passaram 4 anos, está mais do que na hora de atualizar. No entanto, esse levantamento dá muito trabalho, pois eu tenho de fazer pesquisa de preços nas lojas e ainda não encontrei coragem para tanto.

    Abraços, Oscar
    Luiz Carlos da Nóbrega
    Enófilo
    Rio de Janeiro
    RJ
    04/09/2012 Alô, Oscar,

    Excelente matéria, como sempre (se elogiar muito V. entra em órbita).

    Só gostaria de perguntar, pois não me lembro desse assunto ter sido tocado quando de edições anteriores: vocês não incluem o Zona Sul como importador? Lembro-me que V. já colocou o ZS como o mais competitivo vendedor de vinhos no Rio de Janeiro.

    Fica a consulta, com um abraço
    Luiz Carlos da Nóbrega

    Luiz Carlos, até a 4ª edição, eu incluía o Zona Sul nessa comparação e ele ficava sempre muito bem colocado (sendo o campeão em 2009 e 2010). No entanto, eu tinha grande dificuldade para identificar se os vinhos nas prateleiras eram importados por eles ou eram de outras importadoras. E como eles não eram uma importadora padrão, como as demais, achei melhor excluí-lo da análise.

    Ele fica muito melhor colocado na pesquisa de supermercados a que me referi no comentário acima. Quando eu fizer a atualização, a gente vai poder comparar melhor.

    Abraços, Oscar
    Rafael Mauaccad
    Enófilo
    São Paulo
    SP
    04/09/2012 Caro Oscar,

    Considero você o nosso Beremiz Samir, personagem principal do livro de Malba Tahan, heterônimo do escritor brasileiro Julio Cesar de Mello e Souza, O Homem que Calculava. Conseguia, segundo a narrativa, calcular rapidamente o número de aves no céu, o número de camelos de um vizir e o número de letras do Alcorão! Algumas de suas pertinentes citações:

    "Da incerteza do cálculo é que resulta o indiscutível prestígio da Matemática."

    "A Geometria existe, como já disse o filósofo, por toda a parte. É preciso, porém, olhos para vê-la, inteligência para compreendê-la e alma para admirá-la."

    "O homem só vale pelo que sabe. Saber é poder. Os sábios educam pelo exemplo e nada há que avassale o espírito humano mais suave e profundamente do que o exemplo."

    "Por ter alto valor no desenvolvimento da inteligência e do raciocínio, é a Matemática um dos caminhos mais seguros por onde podemos levar o homem a sentir o poder do pensamento, a mágica do espírito."

    "Louvado seja Allah, que criou a Mulher, o Amor e a Matemática."


    Seis edições do Comparativo das Importadoras, e como resultados tem-se o enófilo melhor informado, e as importadoras adequando-se aos níveis de precos concorrenciais, cada vez mais estreitam-se na faixa de precos médios, de 100% a 200%.

    A saga de nós, consumidores, continua no alcance da meta de preços baixos, de 0% a 100%, enquanto estiverem mantidos os atuais níveis de impostos.

    Em meu ponto de vista necessitamos:

    - Preferenciar as importadoras que se enquadrem nesta faixa,
    - Evitar vinhos pontuados que tem seus valores alavancados,
    - Evitar vinhos ícones cujos preços são valores posicionais,
    - Focar em países e regiões vinícolas alternativas, como: Serra Gaúcha, Vale do Loire, Vale do Rhône, Languedoc, Lombardia, Umbria, Abruzzo, Campania, Puglia, Sicilia, Alentejo, Lisboa, Setúbal, Navarra, Montsant, Córsega, Grécia, Israel, Líbano e o Leste Europeu.

    Alonguei-me demais no comentário, mas escrevo somente quando me indigno, ou me emociono, parafraseando Ferreira Gullar.

    Forte abraço,
    Rafael

    Obrigado por me trazer tão boas lembranças: quando criança, li e reli diversas vezes "O Homem que Calculava" e me admirava com aquelas curiosidades matemáticas. Abraços, Oscar
    Rafael Botto
    Advogado e enófilo
    São Paulo
    SP
    05/09/2012 Como de praxe, pesquisa muito útil, ainda mais para quem pensa em abrir um Wine Bar como eu.

    Imagino o imenso trabalho q. você teve, de modo que só temos que agradecer.

    A única sugestão seria, caso possível, aumentar cada vez mais o número de importadoras analisadas. Esse aumento permite que nós ampliemos nosso leque.

    Abs.

    Rafael, o objetivo é sempre o de analisar a maior quantidade de importadoras possível. Infelizmente, a gente esbarra em algumas dificuldades: muitas delas não divulgam seus preços ao consumidor; outras possuem uma carteira limitada e com isso a gente não consegue obter o mínimo de cotações no mercado americano.

    Abraços, Oscar
    José Koerich Cunha
    Enófilo
    Balneário Camboriú
    SC
    05/09/2012 Mais de 10 anos no trade do vinho colocam-me algumas reticências.

    1.Muitas, mas mesmo muitas vinícolas praticam preços artificialmente baixos para o mercado americano, porque entendem que é aí que querem vender mais.

    2. O Wine Searcher como motor de pesquisa também é vítima desta estratégia por parte de alguns revendedores americanos.

    3. Alguns produtores são apoiados nos EUA por empresas de Marketing ou Comunicação embutindo no preço o pagamento deste serviço.

    4. Alguns produtores têm uma tabela mais baixa para o Brasil por causa dos impostos.
    Luiz Trivelato
    São Paulo
    SP
    09/09/2012 Parabéns pelo trabalho. Alguma previsão para atualização?

    A próxima atualização será no 3º trimestre de 2013. Abraços, Oscar
    Carlos Reis
    Enófilo
    Rio de Janeiro
    RJ
    10/09/2012 Parabéns, Oscar! Mais um trabalho excepcional!

    Abs,
    Carlos Reis
    Euclides Gomes
    Enófilo e Loja de vinhos em Arraial do Cabo
    Arraial do Cabo
    RJ
    10/09/2012 Prezado Oscar

    Sem trocadilhos, esse excelente trabalho que você está nos proporcionando deveria chamar-se "O OSCAR DO VINHO".

    Parabéns...
    Vicente Cioney Andreo Junior
    Enófilo
    São Paulo
    SP
    10/09/2012 Prezado Oscar,

    Sua pesquisa me estimulou a realizar buscas na web para obter melhores preços de vinhos, e nestas pesquisas encontrei duas lojas virtuais: www.viavini.com.br e www.vinhosweb.com.br. Você as conhece? Alguma referência de algum membro do grupo?

    Um abraço

    Vicente, não conheço nenhuma das duas para te recomendar ou não. Mas pesquisei vinhos que eu sabia o preço na importadora e achei o seguinte:

  • na Viavini, os 2 vinhos que pesquisei tinham exatamente o mesmo preço cobrado pelo importador;
  • na VinhosWeb, os 2 vinhos pesquisados eram mais caros do que a tabela do importador.

    Abraços, Oscar
  • Reinaldo Paes Barreto
    Enófilo
    Rio de Janeiro
    RJ
    10/09/2012 Oscar, você me lembra -- no bom sentido -- o velho lema da UDN: "o preço da liberdade é a eterna vigilância!" No caso, a liberdade é a de se beber vinhos de mesa e os outros, de bons para muito bons, a preços ... normais(!)

    Se acomodar? Jamais.

    Parabéns.

    Valeu, Reinaldo. Tamu juntu!
    Marcelo Ribeiro de Brito
    Ass.Juridico
    Rio de Janeiro
    RJ
    11/09/2012 Parabéns, Oscar! Trabalho de grande utilidade.
    Monica Alves
    Sommelière
    Rio de Janeiro
    RJ
    12/09/2012 Caríssimo Oscar, parabéns e muito obrigada por esse incrível trabalho.

    Santé!
    Felipe
    Engenheiro e enófilo
    Rio de Janeiro
    RJ
    12/09/2012 Parabéns pela iniciativa!
    Carlos Farabello
    Engenheiro e Importador
    Poá
    SP
    14/09/2012 Quando falamos do Índice de Divergência, não consideramos que os valores praticados no mercado internacional já são acrescidos de uma margem alta em relação ao valor na vinícola.

    Seria interessante saber valores de vinícola para estes rotulos, porém sabemos o quanto é dificil realizar essa trabalho. Por exemplo, nós da Asturex-Mais que Vinho temos como politica uma margem substancialmente menor porém não importamos grandes rótulos, somente rótulos selecionados de pequenos produtores.

    O mais importante é que não deixemos que importadores nos enganem utilizando a carga tributária na importação como desculpa para um valor absurdo.

    Um abraço a todos.
    Flavio Sassen
    Aposentado
    Porto Alegre
    RS
    14/09/2012 E as importadoras Vinissimo e Cantu, não foram incluidas?

    Infelizmente, nenhuma das duas divulga seus preços ao consumidor e, portanto, não puderam ser incluídas na análise. Abraços, Oscar
    Tendo em vista o crescente nível de ameaças recebidas, considerei que seria mais prudente retirar todos as referências à discussão que estava sendo entabulada aqui nesta matéria.
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]