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Comentários |
Roberto Rodrigues ABS-Rio Rio de Janeiro RJ |
22/02/2013 |
Oscar,
Este Sauvignon Blanc é efetivamente um dos melhores vinhos desta casta produzidos no novo mundo. Equilíbrio e elegância, sem os exagerados toques de maracujá e vegetais a que estamos acostumados nos SB do novo mundo e que chegam a incomodar.
Surpreendente como uma produção em tal volume consegue chegar a tão bom resultado.
Abs, RR |
Abílio Cardoso Dentista e Enófilo Brasília DF |
22/02/2013 |
Concordo com o Roberto, a grande maioria dos SB da Nova Zelândia tem maracujá e ou aspargos em demasia mascarando os demais aromas , isto acaba tornando os vinhos enjoativos e repetitivos.
Agora os PN, principalmente de Central Otago, são especialíssimos!!!!!
Abs |
Rafael Mauaccad Enófilo São Paulo SP |
23/02/2013 |
Oscar,
É oportuno promover ao conhecimento dos leitores o comportamento desta casta, no exemplar território sustentavel da Nova Zelândia, hoje considerado onde ela melhor apresenta sua tipicidade. Nada mais convincente do que o relato de Rodrigo Assunção Fonseca, precursor da importação ao Brasil dos vinhos desse país. Abracos.
Sauvignon Blanc na Nova Zelândia
por Rodrigo Assuncao Fonseca
Na Nova Zelândia a Sauvignon Blanc
encontrou hábitat especialmente propício
e se adaptou excepcionalmente bem,
sendo cultivada com sucesso em diversas
regiões daquele país, principalmente em
Marlborough, Martinborough, Nelson
e Central Otago. Entre estas destaca-se
Marlborough, onde os primeiros vinhedos
foram plantados apenas em 1973, mas que
já produz um dos grandes clássicos da
vinicultura mundial. Clássico porque tem
estilo inconfundível, com opulência de
aromas, variedade de sabores, grande
frescor e álcool relativamente elevado –
um conjunto sedutor que serve hoje como
parâmetro de comparação e inspiração
para os produtores de outros países.
Os produtores da Nova Zelândia perceberam,
a partir de meados da década
de 1980, que o vinho ali produzido tinha
características únicas, o que dava a eles
um diferencial superlativo em um mercado
mundial bastante competitivo. Estas
características se devem, basicamente,
à conjugação de dois fatores.
O privilegiado terroir
da Nova Zelândia
O primeiro, um terroir privilegiado para
a variedade. As duas principais ilhas que
formam a Nova Zelândia são pequenas,
estando portanto as regiões produtoras
sempre próximas ao mar, cuja massa de
água regula a temperatura evitando extremos
de calor e frio. A Sauvignon Blanc
não suporta as altas temperaturas e as
geadas. Além do clima ameno, as principais
regiões mostram elevado número de
horas de insolação e baixas precipitações
– a irrigação é usada -, favorecendo uma
maturação lenta da uva, que se adentra
pelo outono, mantendo a acidez alta e favorecendo
o bom nível natural de álcool.
Finalmente, os solos pobres necessários
para o controle do vigor vegetativo são
também abundantes. Estes fatores propiciam
um amadurecimento perfeito, que
traz à tona aromas e sabores plenos de
nuances, que não chegam a se desenvolver
em regiões mais frias.
Os detalhes da viticultura
e vinificação
O outro fator seria o domínio técnico
das fases de cultivo e vinificação. Densidades
de 2.500 a 3.300 plantas por hectare
são amplamente utilizadas, com sistemas
de condução Scott-Henry, em que cada
planta dá origem a dois galhos de cada
lado, um superior e outro inferior, dos
quais brotam os ramos que são guiados
para baixo e para cima. Esta técnica
possibilita parreirais aerados, com boa
exposição dos cachos e rendimentos econômicos.
As operações de poda lateral,
poda superior e colheita podem ser feitas
mecanicamente. A boa exposição do fruto
evita os sabores excessivamente verdes.
As baixas precipitações evitam doenças.
A produção pode ser colhida em várias fases
de maturação, para se obter maior variedade
de sabores. Uma vez na cantina, a
fruta é prensada pneumaticamente, em
alguns casos após ligeira maceração com
as cascas apenas na prensa. O mosto é
tratado para quase límpido e em seguida
se dá a fermentação em tanques inertes
a temperaturas entre 12 e 15ºC, que dura
até 28 dias e preserva o frutado intenso
dos vinhos. Alguns produtores usam sua
criatividade e agregam alguma complexidade
através da fermentação de parte do
mosto, 5 a 10%, em barricas usadas, onde
permanecem por cerca de três meses,
sendo neste período realizada a bâtonnage.
Nos tanques inertes também pode se
promover o contato com as borras finas
durante alguns meses. Outra possibilidade
é acrescentar pequenas porcentagens
(2 a 8%) de Sémillon. As vinícolas são bem
modernas. As uvas são depositadas em
receptores basculantes que não rompem
os bagos. O mosto e o vinho são permanentemente
protegidos por gases inertes,
e movimentados por gravidade ou por
bombas não agressivas de velocidade variável.
É importante destacar que vinícolas
modernas e equipadas são antes a regra
que a exceção.
AS CARACTERÍSTICAS DO SAUVIGNON
BLANC DA NOVA ZELÂNDIA
Os vinhos elaborados com Sauvignon
Blanc podem apresentar boas características
das regiões de origem. Os aromas
são bastante intensos, lembrando frutas
brancas (pêra, maçã), nectarina, maracujá,
outras frutas tropicais, como manga e
mamão, e apresentam uma típica nota de
flores brancas (elderflower). Têm notas
herbáceas (ervas secas aromáticas como
tomilho, alecrim e outras), que não devem
ser exageradas. No paladar mostram
elegância, com um frutado amplo que
vai de fruta branca pouco madura a uma
mistura de frutas tropicais (manga, maracujá,
mamão), passando por pêssegos e
nectarinas, notas de ervas secas, ótima
acidez e álcool médio a alto. Os vinhos
são delicados e refrescantes, mas o álcool
e a concentração de fruta dão corpo e
contrabalançam a acidez.
Quanto ao estilo, os vinhos são na
maioria engarrafados rapidamente, com
frutado e frescor intensos, para consumo
ainda jovens. Geralmente o vinho não
passa por fermentação malolática.
A presença de carvalho é restrita a alguns
vinhos com maior concentração, intensidade
e algum potencial de guarda. Vinhos
ligeiramente suaves e de sobremesa são
também produzidos, e podem ser excelentes.
As vedações com tampas metálicas
de rosca são praticamente a regra, e possibilitam
o armazenamento da garrafa em
qualquer posição, além de estenderem em
alguns anos o tempo de guarda sem perda
do intenso frutado." |
José Carlos Ferreira Loja Dom de Vinho Rio de Janeiro RJ |
25/02/2013 |
Nota 3x10 para a degustação da Vinci!
10 para Jeff Cairney. Uma apresentação interessante não só dos produtos da Oyster Bay como o que eles representam nas vendas em todo o mundo.
10 para a Vinci, que com a elegância de sempre recebeu a todos com alegria, delicadeza e ótimos vinhos e comida.
10 para o Giuseppe Grill pela pela área de degustação, copos, serviço perfeito e comidas deliciosas em perfeita combinação.
Oscar, assim 2013 promete ser excelente. |
Mario Trano Mondovinho Rio de Janeiro RJ |
25/02/2013 |
Oscar, recentemente provei o SB e também fiquei impressionado.
Até escrevi uma matéria. Clique aqui para ler.
Grande abraço!
Que legal! Já li... O vinho é bom mesmo! Abraços, Oscar |
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