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Para o próximo fim de semana, dias 12 e 13 de julho, o programa obrigatório é o Festival Gastronômico de Búzios. Espetacular! Embora esta já seja a 12ª edição, foi a primeira vez que participei, no final de samana passado e fiquei entusiasmado. Afinal, onde mais você pode comer uma polenta assinada por Danio Braga por 10 reais? Ou um cordeiro com os temperos orientais do Sawasdee por 15 reais? Ou ainda, pelos mesmos 15 reais, 2 lagostins com a 'griffe' Satyricon?
Muito embora, em teoria, as porções oferecidas sejam de degustação, a quase totalidade dos pratos que provei eram do tamanho a que estou acostumado nos restaurantes do Rio de Janeiro. Não ficam a dever nada. Uma entrada, um prato principal e uma sobremesa já acabam com a fome de qualquer um. Portanto, a dica é compartilhar as porções e experimentar o máximo de pratos que você conseguir.
Participam do festival 45 restaurantes que, em frente a seus estabelecimentos, oferecem uma de suas especialidade e se esmeram para servir o que têm de melhor, cientes de que é como se estivessem entregando seus cartões de visita. No total, são 11 entradas, 29 pratos principais e 8 sobremesas. O mais difícil é escolher o que provar...
Num belo trabalho de valorização das tradições buzianas, a organização do festival também abre espaço para a comunidade e, em plena Rua das Pedras, pode-se experimentar as delícias da culinária local ou - que beleza! - pedir uma porção de ostras fresquinhas produzidas pela Associação de Maricultura da Rasa. É só comprar uma taça de espumante para acompanhar e a festa está completa.
O festival acontece espalhado pela cidade, mas obviamente a maioria dos endereços está na Rua das Pedras e na Orla Bardot, muito embora existam diversos restaurantes em Manguinhos, no espaço Domme e no Porto da Barra. É só escolher a sua turma.
Sabem aquelas pessoas que mal entram no ônibus e querem logo sentar na janelinha? Pois é, pelo jeito eu sou assim... Esta foi a minha primeira participação e já tenho sugestões para passar à organização. E, como era de se esperar, elas se referem a vinhos...
Primeiramente, os vinhos são servidos de forma exagerada, até a bordinha das taças (é só conferir nas fotos abaixo). Como existem muitos vinhos para provar, seria mais interessante que as doses fossem as usuais, permitindo experimentar mais vinhos diferentes. E, é claro, diminuindo proporcionalmente o preço da dose.
Segundo, poderiam ser disponibilizadas taças de vidro com o logo do Festival. Os participantes que se interessassem poderiam comprá-las e beber de forma mais adequada. Os que não tivessem interesse, continuariam a utilizar as taças descartáveis.
E, finalmente, uma palavra sobre a qualidade dos vinhos. Todos os rótulos oferecidos ao público custavam 10 reais a taça. Com isso, os vinhos foram nivelados entre os mais simples do mercado, muitas vezes incompatíveis com a qualidade da gastronomia oferecida. Copiando a ideia de outros festivais, minha sugestão é de que os vinhos sejam vendidos por valores escalonados, de forma a permitir aos consumidores escolher a qualidade do vinho a beber.
O Insólito Boutique Hotel |
Por gentileza do festival, fiquei hospedado no Insólito Boutique Hotel, um deslumbrante hotel de charme, localizado em uma encosta rochosa da Praia da Ferradura. As instalações se sucedem, morro abaixo, em diversos níveis, até alcançar a praia particular. Pelo caminho, encontram-se diversas piscinas, ofurôs, hidromassagens e recantos aconchegantes para descansar o corpo e a mente.
Quando o camareiro apresentou meu quarto, eu fiquei extasiado. "Mas eu mereço isso tudo?", pensei comigo mesmo. Tudo é muito branquinho e as únicas cores que aparecem são o azul e o verde da paisagem que entra pelos dois janelões debruçados sobre a Ferradura. É de tirar o fôlego!
O hotel não aceita crianças, o que garante momentos de tranquilidade e paz a seus hóspedes. O serviço é atencioso, carinhoso, e em pouco tempo parece que toda a equipe já sabe seu nome. A decoração é de extremo bom gosto, com muitas obras de arte, muitas peças de artesanato local. Cada quarto tem uma decoração diferente, todas elas criadas por sua proprietária, a francesa Emmanuelle de Clermont Tonnerre.
Como boa francesa, a proprietária valoriza a gastronomia do hotel, que conta com um chef patissier, o belga Bertrand Materne, na preparação dos pães, croissants e doces, e com a internacional brasileira, Lúcia de Souza, no preparo dos petiscos e das refeições.
Oscar Daudt
08/07/2013 |
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