Segundo a Universidade de Adelaide
Em mais uma análise dos dados divulgados pela Universidade de Adelaide, apresentamos a classificação dos países conforme a quantidade de castas autóctones que cada um deles possui.

Duas informações se destacam, contrariando o senso comum:

  • Portugal, que usa como técnica de propaganda propalar aos quatro ventos a sua imbatível infinidade de castas autóctones, aparece apenas em 3º lugar, atrás da Itália e da França;

  • o Brasil, que não costuma ser listado como berço de nenhuma variedade, aparece como a origem de 5 castas; 4 delas - a Violeta, a Lorena, a Moscato Embrapa e a Rúbea - foram lançadas pela Embrapa, empresa que é tratada quase com reverência pelos viticultores; a quinta variedade, a Patrícia, foi lançada pelo Instituto Agronômico de Campinas.

  • Segundo o livro "Wine Grapes", de Jancis Robinson
    Por sugestão do produtor de vinhos Luiz Carlos Cattacini, publicamos a mesma classificação dos países por quantidade de uvas autóctones, só que segundo os dados publicados no livro Wine Grapes, assinado, dentre outros, por Jancis Robinson.

    Como era de se esperar de dois estudos provenientes de fontes diferentes, os resultados divergem significativamente. Comparem com a tabela anterior:


    Comentários
    Adolfo Lima
    Diretor comercial
    Rio de Janeiro
    RJ
    06/02/2014 Caro Oscar

    Antes de mais, parabéns por mais uma matéria muito interessante.

    Os resultados valem o que valem, e os resultados podem e devem ser comentamos e/ou contestados.

    Em relação às Castas Portuguesas, é fácil constatar que são mais de 250. Numa Simples consulta ao Google o leitor chegará facilmente a este numero.

    Mas, melhor que a quantidade de castas, estão as Regiões, Sub Regiões e produtores que produzem vinhos de grande qualidade; muitos deles únicos no Mundo.

    1 abraço amigo!
    Anselmo Federico
    Diretor comercial
    Rio de Janeiro
    RJ
    06/02/2014 Grande Oscar, mais uma vez você apresenta um excelente trabalho e nós enófilos só podemos te agradecer, por sintetizar informações tão importantes.

    Os dois trabalhos apresentam o mesmo número total de castas autoctones, a diferença talvez seja por metodologia de definição de "quem é quem". O que surpreende, pelo menos para mim, é a quantidade de castas autoctones dos Estados Unidos, embora as quantidades estejam próximas nos dois trabalhos. No trabalho Wine Grapes o número de castas autoctones de USA e Portugal, estão praticamente na mesma grandeza, o que para mim soa estranho.

    Abraços.

    Anselmo, se você considerar que o Brasil, com uma pesquisa bem mais modesta, aparece com 5 castas aqui desenvolvidas, não é de se estranhar que os Estados Unidos tenham tantas uvas criadas por lá. Acredito que a maior parte delas são uvas de mesa, para sucos e para passas. Eis a relação das 73 uvas dos EUA que a Universidade de Adelaide pesquisou:

    Bailey
    Blanc du Bois
    Blush Seedless
    Bordo
    Brianna
    California
    Campbell Early
    Canada Muscat
    Canadice
    Cardinal
    Carmine
    Carnelian
    Catawba
    Cayuga White
    Centenial Seedless
    Centurian
    Chardonel
    Concord
    Corot Noir
    Crimson Seedless
    Dawn Seedless
    Delaware
    Edelweiss
    Elvira
    Emerald Riesling
    Emerald seedless
    Fiesta
    Flame Seedless
    Flora
    Fredonia
    Frontenac
    Frontenac gris
    Golden Muscat
    GR 7
    Herbemont
    Himrod
    Isabella
    Ives
    Jacquez
    Kay Gray
    La Crescent
    La Crosse
    Louise Swenson
    Marquette
    Moore's Diamond
    Muscat Swenson
    New York Muscat
    Niagara
    Noah
    Noiret
    Norton
    Perlette
    Portland
    Prairie Star
    Red Globe
    Reliance
    Royalty
    Rubired
    Ruby
    Ruby Cabernet
    Ruby Seedless
    Sabrevois
    St Croix
    St Pepin
    St Vincent
    Steuben
    Sugra Five
    Swenson Red
    Symphony
    Traminette
    Valiant
    Valvin Muscat
    Venus

    Abraços, Oscar
    Juan Jose Verdesio
    Vice-presidente ABS Brasília
    Brasília
    DF
    06/02/2014 Bela confusão! Ali misturaram as uvas viniferas (Vitis Vinifera) com as outras como a Niágara que é uma uva americana.

    O Brasil tem mais, se considerarmos todos os híbridos que a EMBRAPA e o IAC tem criado. Vinifera, claro, que nenhuma, que eu saiba.

    A Argentina tem uma vinifera autôctone, a Torrontes do norte, a de Salta (acho que eles chama de Torrontes riojana para diferenciar de outras) que é híbrida de uma das Moscatel com uma "criolla" que deve ter vindo da Espanha.

    Verdesio, o estudo da Universidade de Adelaide pesquisou as áreas plantadas de todas as variedades de uva pelo mundo sem se limitar, nem mesmo diferenciar as viníferas das não viníferas. Abraços, Oscar
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)99636-8643 - [email protected]