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Os jovens chefes Rodrigo Guimarães e Jessica Torres se conheceram na Universidade Estácio de Sá, onde cursavam Gastronomia. Unidos pelo destino, partiram ambos, após formados, para estágios na Espanha, a vanguarda dos fogões no mundo atual.
Jessica mexeu as panelas no Mugaritz, no Lluçanès e no Els Fogons de la Barceloneta. De volta ao Brasil, foi chefe executiva na Rede Globo.
Rodrigo, por sua vez, esteve também no Lluçanès e no Els Fogons para posteriormente desviar para o triplamente estrelado Sant Pau, localizado em Sant Pol de Mar, perto de Barcelona. De volta a terra natal, assumiu a chefia da equipe do Oro.
i+d: i de paixão, d de criatividade |
A sigla i+d é como os grandes chefes espanhois denominam suas cozinhas de criação, onde os novos cardápios são pesquisados e desenvolvidos. E esse foi o nome que a dupla escolheu para batizar seu buffet. É um nome para definir a estratégia gastronômica que eles buscam: nada de obviedades nos cardápios. "Nosso buffet não quer oferecer os usuais blinis de caviar. Nós queremos é a inovação, surpreender as pessoas", explica Jessica.
O negócio do casal está estruturado para atender desde pequenas festas, a partir de 10 pessoas, até grandes eventos, com 1.500 participantes! E o contratante pode escolher um coquetel, um jantar volante ou um jantar empratado. É tudo como o cliente mandar...
A apresentação do buffet aconteceu esta semana em um charmoso apartamento do Cosme Velho, cercado de verde. E pelas incontáveis etapas - muitas mesmo! - a gente pode conferir que nada é trivial naquele serviço. Bocados divertidos, insólitos, caprichosamente apresentados e principalmente deliciosos, sucediam-se deixando ver a marca que a vanguarda ibérica implantou no DNA do dois chefes.
Surpresa é o que não faltou naquela noite! A primeira foi o Macaron de foie gras e manga, no ponto certo dos ingredientes contrastantes. Igualmente inesperadas foram as Vieiras com caldo de porco e creme de pupunha. Quem poderia pensar em misturar coisas assim aparentemente antagônicas e formar um conjunto tão harmonioso? Ou formar um conjunto saboroso e delicado como a Batata com tutano, chorizo e lâminas de polvo?
Arrancando interjeições de admiração, chegaram os Drinks sólidos, coloridos cubinhos de melancia, abacaxi ou melão, moderadamente alcoólicos, que enfeitavam a mesa e divertiam o paladar. E provavam que o estágio espanhol tinha deixado marcas indeléveis no casal.
Mas o mais surpreendente de todos foi a tal da Água de tomate. Quando me ofereceram aquele copinho d'água, com uma tapa em cima (confira abaixo), ingenuamente pensei que o líquido era só bossa e que eu deveria apenas traçar a pequena cobertura. Que nada! A água límpida, cristalina era o elemento principal. E foi até difícil de acreditar nas próprias papilas ao perceber que aquele líquido aparentemente inerte tinha gosto de um verdadeiro gazpacho! Ô coisa boa! Eu tomaria uns 10!
Oscar Daudt
19/03/2015
Serviço
i+d Gastronomia
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