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Castas |

Foram os gregos que levaram para a Calábria, no século VIII AC, essa casta que atualmente leva seu nome e é uma das mais importantes variedades brancas italianas da atualidade. Mas foram os mercadores venezianos, durante a Idade Média, que ajudaram a difundí-la por várias regiões da península.
Foi nos solos vulcânicos da Campania, no entanto, que a casta encontrou o seu habitat perfeito, primeiramente nas encostas do Vesúvio e a seguir disseminando-se pelo resto da região. O vinho mais conhecido e respeitado elaborado com essa casta é o da DOCG Greco di Tufo (mapa abaixo), que se localiza ao norte de Avellino e a 1 hora de carro a partir de Nápoles. Esse vinho distingue-se dos outros brancos do sul da Itália por seu pronunciado caráter frutado. De acordo com as determinações da DOCG, o vinho deve ser elaborado com 85% a 100% da casta Greco, podendo ser cortado em até 15% com a casta Coda di Volpe.
Na edição 2011 do conceituado guia italiano Gambero Rosso, 4 exemplares dessa DOCG foram agraciados com as cobiçadas Tre Bicchieri, sendo 3 deles incluídos também na categoria que a gente tanto gosta: Tre Bicchieri por menos de 15 euros. Infelizmente, não encontrei nenhum deles no mercado brasileiro.
Na Calabria, esta casta faz parte do corte dos vinhos brancos secos da região, mas ela toma o papel preponderante na DOC Cirò Bianco, que exige 90% de Greco em seus vinhos.
A Greco é também conhecida pelos seguintes nomes: Greco di Napoli, Greco della Torre, Greco di Tufo, Grieco e Grecola. |

Pêssegos, amêndoas e figos |
Os vinhos elaborados com esta casta apresentam a coloração ouro-claro, com reflexos âmbar. No nariz, os aromas mais usuais são os de pêssego, amêndoas torradas e figos. Na DOCG Greco di Tufo, são vinhos bastante encorpados e de muita personalidade.
É um vinho para ser bebido jovem, até o máximo de 4 anos após a colheita.
O sommelier Eder Heck, do Mr. Lam, é um grande apreciador da Greco e explica porquê: "Gosto muito, principalmente pela particularidade em relação ao solo onde ela se desenvolve com maior maestria, o tufo, solo vulcânico que lhe confere aromas e sabores que não se consegue reproduzir em nenhuma outra região da Itália ou do mundo. Em minha opinião, é o grande diferencial desta casta."
Recomenda-se harmonizar esses vinhos com frutos do mar crus, moluscos salteados e queijos frescos.
Oscar Daudt (19/03/2012) |
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