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Comentários |
Affonso Nunes Jornalista e enófilo Rio de Janeiro RJ |
08/09/2009 |
Não conheço todos os rótulos da lista completa do Didú, mas partilho de sua opinião em relação a vários deles.
Não reconhecer que a jovem vinicultura brasileira evolui a passos largos e decididos é sintoma de miopia. |
Carlos Machado Presidente da ABW Teófilo Otoni MG |
08/09/2009 |
Verdadeiramente uma justa apologia ao vinho brasileiro! É chegada a hora para quebrarmos os paradigmas ao vinho feito no Brasil.
Recentemente, participando do 1º Curso WSET - Nível I realizado em Belo Horizonte, tive a oportunidade de pedir a palavra ao Eugênio (chileno muito bacana) e disse aos colegas de curso (maioria formada por profissionais de importadoras, lojas e restaurantes) da minha indignação em não encontrar rótulos brasileiros nas cartas de muitos restaurantes. Há uma cadeia injusta criada ao longo do tempo que se funda em bases fracas, ou sejam, peso dos tributos, dificuldades comerciais com os produtores brasileiros e preferência pelo vinho importado.
Do vinho muito pode-se dizer, e muitos são os grandes conhecedores; mas da mesma forma, diversas são as possibilidades para extrair significativas sensações do vinho. Uma delas é conhecer o terroir do vinho, sentir o clima, andar sobre a terra, pegar nas videiras, colher as uvas, visualizar a vinificação, conversar com os enólogos, degustar vinhos diretamente da barrica, dentre outras vivências. Onde a grande maioria de nós, apreciadores do vinho, poderá levar a efeito algumas das sensações mencionadas? Seguramente que o Brasil, de Norte a Sul, já oferece tais condições. Temos o terroir do Vale do São Francisco, o terroir dos vinhos de altitude em Santa Catarina, o terroir master do Vale dos Vinhedos e o terroir da Campanha no Rio Grande do Sul (apenas para citar alguns dos principais).
Portanto, como bem disse o IBRAVIN, abra e se abra, abra um vinho brasileiro.
Grande abraço a todos! |
Jandir Passos Professor Rio de Janeiro RJ |
09/09/2009 |
Para pouco tempo, 20 anos no máximo, de investimento consistente e constante na melhoria do vinho fino brasileiro. E esse tempo é nada, comparado aos mais de 2000 anos de tradição européia em produção e consumo de vinho fino, mas ainda assim houve um salto qualitativo considerável.
Certamente há muita coisa a melhorar ainda mas estamos caminhando, evoluindo. Interessante observar que o estrangeiro, quando vem ao Brasil, muitas vezes se surpreende com o vinho brasileiro. Nós é que temos ainda o "complexo de cachorro vira-lata" ao achar que se é vinho importando é sempre a priori, e necessáriamente, melhor do que o nacional... |
Cristina Neves Promotora de eventos São Paulo SP |
12/09/2009 |
Querido Oscar,
Parabéns, você está matando a pau, fazendo um excelente trabalho em prol do vinho, sem misticismo, sem amarras, sem preconceito.
Fico muito feliz que tenha somado ao já maravilhoso ENOEVENTOS o nosso querido Didu, que além de competente, tem uma família linda, é super gente boa e divertido até não poder mais.
Agora, nos eventos que a gente fizer aqui e não puder fazer aí, vc tem um correspondente!!!
Parabéns e sucesso. Cris Neves |
Paulo Lima Engenheiro Rio de Janeiro RJ |
20/09/2009 |
Oscar,
Parabéns pelas excelentes matérias com os vinhos nacionais! Nós, amantes do vinho, temos que trocar o "pré conceito" pelo conhecimento e começar a experimentar nossos vinhos. Estou neste processo atualmente e bastante animado, sendo surpreendido a cada nova descoberta brasileira.
A Pizzaria Eccellenza, por exemplo, está criando o conceito de ter na carta e trazer como sugestão do mês vinhos nacionais de pequenas vínicolas "boutique". Através de uma pesquisa selecionada, temos a possibilidade de conhecer excelentes vinhos e com uma relação custo benefício surpreendente.
O Brasil vem com tudo!
Forte abraço! |
Osmir Avila Abrantes Engenheiro e enófilo Cascavel PR |
12/10/2009 |
Didú,
É a primeira vez que contato na escrita com comentários a respeito das matérias no EnoEventos.
Concordo com a descrição do Vale do Vinhedo ser a Napa Valley, mas alerto que conforme acompanhei, decisão e ganância dos vereadores de Bento Gonçalves, uma parte daquele bucólico local dará lugar a um empreendimento imobiliário que irá descaracterizar e prejudicar o enoturismo. Devemos nos unir e combater àqueles que só pensam no metal e não conseguem ter amor à terra que o fez cidadão. |
Fernando Sequeira de Matos Aposentado Mealhada Bairrada Portugal |
14/10/2009 |
Caros amigos Brasileiros
Têm de por de lado uma certa maneira muito portuguesa de estar no mundo, que é a de que o que é bom é estrangeiro.
Agora vou tentar reproduzir a conversa que tive com o sr. Victor Magalhães, português que tem o seu lugar na Organisation Intergouvernementel de L´Organisation International de la Vigne et du Vin no IV Concurso Internacional de Bento Gonçalves, no ano passado.
Estávamos a degustar um bom Porto no Hotel no final do dia do Concurso, quando ele de chofre me perguntou: "Caro Fernando, quantos anos pensa que tem este Hotel?"(O SPA Hotel onde o concurso foi promovido)
A resposta óbvia seria a de uma duzia de anos dada a grandeza do Hotel do melhor do mundo em Vinoterapia.
A resposta foi rápida. "Há 3 anos, apresentaram-me o projecto em Paris. Vi o projecto e pensei: estes brasileiros são doidos de fazer este Palácio no meio de nada. Quem sabe onde fica Bento Gonçalves lá no fim do Mundo? É só blá-blá-blá..." Mas o que é certo é que cá estamos com tudo exemplarmente feito. Estou incrédulo.
Se isto não chega para vos levantar o ego passem a beber agua com sabor de morango.
Isto, meus amigos, foi conversa entre um dos mais importantes homens do vinho e um trabalhador do vinho e da vinha já mais aposentado que trabalhador e que esteve neste concurso para aprender, pois não é ao fim de 40 anos a fazer vinho que se sabe tudo, pois em boa verdade do vinho que hoje está a ferver na adega, tenho já mais certezas que dúvidas e a quase certeza que se for vivo, dele beberei no RIO em 2016, se Deus me der 70 anos e mais uns pózinhos.
Do vinho da colheita de 2010 não sei nada, só sei quando vamos podar e pouco mais. Tenham calma com os vinhos do Brasil, esperem só, o tempo melhora e melhora tanto mais quanto maior for a vossa exigência.
Uma grande fatia da responsabilidade da evolução qualitativa dos vinhos no Brasil cabe a quem comenta e temos de concordar que há maus comentadores, que há sommeliers que quando falam de vinho são uma autêntica desgraça.
Caros amigos, aposto no Brasil como produtor de vinho de qualidade no mundo e fala-vos quem em 1960 já fazia vinho.
Os homens são como o vinho: com a idade, os maus azedam e os bons enobrecem (Cìcero).
Um abraço e nos Olimpicos vamos beber 2009, se nada de melhor aparecer
Fernando
Obs: No concurso acima referido ganhei uma medalha de Prata! |
Luiz Alberto Barichello Produtor de vinho Porto Alegre RS |
16/10/2009 |
Caro Didu,
Fiquei entusiasmado com o teu reconhecimento aos vinhos brasileiros. Mesmo produzindo vinhos na Itália e futuramente em Mendoza, a minha dedicação maior vai para os vinhedos de Porto Alegre, por isso o teu apoio aos vinhos nacionais traz ânimo e amplia o desafio de produzir sempre melhor.
Abraço Barichello |
Fernando Sequeira de Matos Aposentado Mealhada Bairrada Portugal |
19/10/2009 |
Caro Didu
Vi o seu artigo sobre o vinho Brasileiro e acho-o soft. Não tenha medo de dizer bem do vinho brasileiro.
Estive em Encruzilhada no paralelo 30 No Spa Caudalie, dos
melhores do mundo ( quem o disse foi o sr. Victor Magalhães, director na Oraganisation International de la vigne et du Vin 18 rue d ´Aguesseau 75008 Paris ) mas felizmente não vi Napa valley.
Vi dos mais conceituados viticultores e enólogos colocarem a sua experiencia e saber nos vinhedos de Bento Gonçalves, falavam Portugues e traziam o seu saber do Douro e era bom que a serra gaucha fosse o DOC DOURO da Mercosul.
Agora vamos ao detalhe.
Os Vinhos Brasileiros estão ao mesmo preço dos importados e quando se fala em vinho do brasil há a errada tendencia de
logo relacionar vinho com as mixórdias provenientes das vinhas Americanas.
Aqui tem de entrar o governo e deve mandar arrancar todas essas vides o que já aconteceu ne Europa faz muitos anos e não foi por isso que faltou vinho mas foi exactamente por isso que a qualidade subiu.
Não vale a quem gosta do vinho estafar a sua energia, o tempo levará o vinho do Brasil ao seu lugar e não falta muito.
Espumantes para as cerimónias do mundial de Futebol e para as Olimpiadas o Brasil já tem e tintos para os churrascos terá brevemente com mais abundancia.
Isso não vai impedir as importações pois um DOC DOURO, Um Rioja, um Cahors para não falar dum Borgogne ou Bordeaux tem lugar na mesa em qualquer parte do mundo mas vai impedir as importaçÕes de vinhos que no Brasil só se vendem por serem estrangeiros.
E é um regalo encontrar esses vinhos em cartas de restaurantes famosos com o sommelier a dizer que é um vinho DOC ... (agora não ponho nomes ) famoso de ITALIA? de ESPANHA? ou de PORTUGAL ? ........
Pois a resposta que leva é pronta. Esse vinho que na origem conheço bem ninguém o bebe e é por isso que está aqui o que não abona a sua competencia.
Traga-me por favor um Lidio Carraro da Encruzilhada que dá 10 a zero a esse vinho ( passe a publicidade a Lidio Carraro ).
Sei que este meu comentário não é politicamente correcto mas sempre foi meu apanágio chamar os bois pelo seu nome e doi a quem gosta de vinho encontrar muito naturalmente escanções a informar os clientes não com o vinho que acha bom mas com vinhos que se cruzam com a necessidade de ganhar uma comissão ( a rolha ) que toda a gente sabe que existe mas quando questionada todos assobiam para o lado.
Há 50 entrei no mundo do vinho estou aposentado e posso muito livremente dizer a minha opinião desde que educadamente o que penso que tenho.
Bons vinhos coisa muito diferente de muitos vinhos.
Um abraço e Deus lhe dê força para lutar pelos vinhos do Brasil.
FSM |
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