|
Características dos vinhos |
|
 No artigo de número 3, falei de um modo genérico sobre as características dos vinhos e agora vou procurar me aprofundar um pouco mais nesse assunto. Sabemos que temos uma diversidade muito grande em tipos de vinhos, principalmente em relação às características organolépticas ou seja, nos aspectos visuais, olfativos e gustativos. Neste e nos próximas artigos vamos abordar as principais características dos vinhos frisantes, espumantes, brancos rosados e tintos. Não será certamente uma tarefa muito fácil. |
Vinhos frisantes |
São aqueles cuja pressão de gás carbônico fica entre 0,5 a 2,5 ATM (atmosferas), enquanto que os espumantes estão entre 5,5 a 6,0 ATM. A pressão de gás carbônico pode ser obtida por fermentação natural ou injetada no vinho através de equipamento pressurizador. Em geral, podem ser brancos ou tintos. A graduação alcoólica se situa entre 8,5 a 10% em volume, sendo um vinho normalmente mais leve e mais ácido do que os espumantes.
Atualmente há uma tendência de todas as regiões vinícolas do mundo produzirem tais vinhos, pois são fáceis de beber e atingem o público jovem pela leveza e frescor.
Regiões de procedência e tipos principais

Harmonização
Regra geral: os vinhos descritos acima, excetuados os tintos e os meio doces, foram concebidos para serem bebidos como vinhos de aperitivo, para antes da refeição ou mesmo para acompanhar canapés ou frutos de mar de conchas, como ostras cruas, mexilhões, vôngole, carpaccios de peixes de carne branca. Podem acompanhar também peixes grelhados com molhos claros, como manteiga com ervas, com champignon e com amêndoas.
 |
Vinhos espumantes |
A principal característica visual deste tipo de vinho é a intensa efervescência, aromas de intensidade média a intensos de diversas naturezas como levedo, floral, frutas frescas e maduras, nozes e etc...
Os métodos de elaboração Champenoise ou Charmat também influenciam estas características, sendo que na maioria dos casos, o primeiro é o que elabora os produtos de maior elegância. A acidez e o grau de efervescência é variável de acordo com dois tipos principais, os espumantes e os cremants:
Os espumantes são aqueles cuja pressão de gás carbônico fica entre 5,5 a 6,0 ATM.Os cremants estão com pressão entre 3,5 a 4,5 ATM.
Em ambos os casos, a pressão de gás carbônico só poderá ser obtida por segunda fermentação natural do vinho base pelo método clássico (Champenoise) ou pelo método Charmat.
Existe a influência do tempo sobre as leveduras mortas, denominado autólise, que quanto mais longo, mais aromas de leveduras são adquiridos pelo vinho. Alguns produtores fazem seus espumantes pelo método Charmat curto, em torno de 3 meses e o longo de no mínimo 8 meses. Este processo dito longo não influencia na estrutura dos vinhos, mas normalmente apenas os mais encorpados se beneficiam desse procedimento.

Regra geral
Os vinhos espumantes acima são ótimos quando tomados como vinhos de aperitivo para antes da refeição ou mesmo para acompanhar canapés ou frutos de mar de conchas como ostras cruas, mexilhões, vôngole, carpaccios de peixes de carne branca e mesmo carpaccios de carne. Podem acompanhar também peixes grelhados com molhos claros, como manteiga com ervas, com champignon e com amêndoas, carnes de aves leves como frango ou peru, queijos de pouca e média cura.
Evidentemente, os mais encorpados como os Franciacorta, Champagne Brut Milesimé ou Cuvée Prestige, apesar de poderem ser tomados como aperitivos, vamos reservá-los para pratos mais estruturados.

No próximo artigo vamos abordar o rosados e tintos.
Até lá! |
|