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Continuando sobre a definição de estrutura dos vinhos, nesta edição abordarei as principais regiões de brancos e uma idéia das características de cada um.

Vinhos brancos

São elaborados exclusivamente a partir do mosto (suco) das uvas. Evidentemente que a qualidade das uvas influi também no resultado, mas também depende das boas técnicas de elaboração e da utilização de equipamentos apropriados.

No tocante à estrutura do vinho, podemos dividí-los em:

  • leves
  • de médio corpo
  • encorpados

    Lembrando o que fornece estrutura aos vinhos brancos é a soma dos efeitos gustativos do álcool e da concentração de sais minerais.

  • Leves - (pouco alcoólicos) com álcool inferior a 11,5 %
  • Bom corpo -(medianamente alcoólicos) com álcool entre 11,5 e 13 %
  • Encorpados - (bem alcoólicos) com álcool acima de 13%

  •  
    Vinhos brancos leves




    Harmonização: regra geral

    Todos os vinhos brancos leves seguem uma regra geral, ou seja, podem ser tomados como vinhos de aperitivo antes da refeição, acompanhando alguns canapés e principalmente frutos de mar de conchas como ostras cruas, mexilhões, vôngole, bem como carpaccios de peixes de carne branca. Massas com frutos do mar também são uma boa pedida. Podem acompanhar também peixes grelhados com molhos claros, como manteiga com ervas, com champignon e com amêndoas, queijos de pouca e média cura como minas frescal, cabra frescal.

    Vinhos brancos médio corpo




    Harmonização: regra geral

    Embora nada impeça que os frutos do mar de concha possam ser apreciados com estes vinhos, não são na realidade, os mais indicados. carpaccios de peixes de carne branca e mesmo carpaccios de carne. Podem acompanhar também peixes grelhados com molhos claros, como manteiga com ervas, com champignon e com amêndoas, carnes de aves leves como frango ou peru, queijos brancos de média cura como camembert, brie, cabra, sendo este último especialmente aromático. Não podemos esquecer as massa com frutos do mar como peixes, camarão e lagosta, bem como suflês de frutos do mar. Um risoto de lascas de bacalhau com vinhos de médio corpo é fantástico!

    Até o próximo artigo!
    Comentários
    Fernando Sequeira de Matos
    Enófilo
    Mealhada
    Bairrada
    Portugal
    02/11/2009 Caro Fernando Miranda

    Apreciei o seu comentário e na realidade bons brancos só faz quem sabe. È verdade que sou tendencioso pois gosto mais de brancos do que tintos que só bebo nas feijoadas.

    Relativamente aos Brancos leves não fala em Portugal que na região dos vinhos verdes, unicos no mundo, tem brancos admiráveis e para mim é erro não falar de um Alvarinho (ou Albariño se galego) deixando um Palácio da Brejoeira de fora para não falar dos novos viticultores como Anselmo Mendes.

    Ainda em Portugal e nas areias de Obidos temos também uns brancos bem suaves que há uns bons 20 anos era riesling mas que acabou por não se mostrar à altura do Arinto ou Fernão Pires ou Maria Gomes sempre a mesma casta com nomes diferenciados.

    Nos brancos da Bairrada temos para além da Maria Gomes, o Bical, o Encruzado e a Chardonnay vinhos de médio corpo bem frutados e o Chardonnay com mais sol é bem melhor que nas regiões mais a norte da Europa ... melhoraram com a viagem.

    No Douro e nas Beiras os brancos são mais secos grandjó, Prova Régia etc etc... Há muitos e todos de boa qualidade ... os que bebo.

    A pena que tenho dos Brasileiros é que paguem mais imposto no vinho do que na gasolina.

    Toca e xingar o Lula para num bom almoço se abrir um vinho para a entrada, outro para o peixe, outro ainda para a carne e acabar com um moscatel na sobremesa. Imposto no vinho é coisa ruim!

    Um abraço
    Fernando Matos
    Fernando Miranda
    Professor da ABS
    Rio de Janeiro
    RJ
    04/11/2009 Caro Fernando de Matos

    Aqui agora no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, só se pode beber em casa ou ir aos restaurantes de taxi, pois há severa fiscalização anti-alcoólica nas ruas (tolerância zero) e que não nos permite dirigir se tivermos ingerido meia taça de vinho. Perde-se a carteira de motorista (carta em Portugal) além de uma multa de cerca de 400 euros. Portugal, se não me falha a memória, já teve lei semelhante mas foi abrandada, não é?

    Agradeço os comentários
    Fernando Miranda
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