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Continuando sobre a definição de estrutura dos vinhos, neste artigo abordarei as principais regiões de brancos encorpados e rosados, dando uma idéia das principais características de cada um deles.
 
Vinhos brancos encorpados
Como já sabemos os fatores que fazem as diferenças das estruturas dos diferentes vinhos brancos, são os seguintes:

1 - Tipo da uva: existem uvas que naturalmente fazem produzir vinhos mais estruturados (enquanto há outras que só conseguem fazê-los mais leves). Como exemplo das estruturadas temos:

  • uvas francesas Chardonnay, Viognier e Chenin blanc;
  • uva espanhola Palomino ou Palomino fino, Garnacha blanca;
  • uva portuguesa Encruzado;
  • uva italiana Friulano (antes denominada Tocai Friulano);
  • uvas tintas vinificadas em branco como Pinot noir, Cabernet franc etc...

    2 - Componentes do vinho: como a quantidade de sais minerais e o álcool.

    O que marca bastante a característica visual destes vinhos é que geralmente apresentam uma cor amarela mais escura, porém viva, bastante diferente dos vinhos brancos oxidados cuja cor é um amarelo escuro, mas de tonalidade pálida.



    Regra geral

    As comidas mais indicadas são os frutos do mar, especialmente os mais estruturados e fibrosos como camarão e lagosta grelhadas, peixes assados com molhos à base de vinho branco, cebola, um pouco de pimentão e tomate; carpaccios de carne; carnes de aves leves como frango ou peru; queijos brancos de média cura como camembert, brie, emmenthal. Não podemos esquecer as massas com frutos do mar, como camarão e lagosta. Pratos à base de bacalhau assado (não sendo grelhado ou frito).
  • Vinhos rosados
    Após muitos anos no ostracismo, os vinhos rosados ressurgiram das cinzas para novamente ocuparem um merecido local nas prateleiras das lojas e à mesa dos apreciadores. Como sabemos, os vinhos rosados são elaborados inicialmente como tintos, ou seja, o mosto fermentando juntamente com as cascas, porém por um curto período de tempo, geralmente entre 1 a 3 horas. Em algumas regiões faz-se uma maceração prévia entre casca e mosto e antes de iniciar a fermentação já acontece a extração dos pigmentos.

    Em três diferentes tonalidade são classificados:

  • coloração rosada propriamente dita: são aqueles mais claros, muitas vezes com graduação alcoólica baixa, levemente adocicados, sendo normalmente um vinho para principiantes. Tratam-se de vinhos bem leves e que não se prestam muito para harmonizar com comidas.

  • coloração cereja: mais escuros que os anteriores e, por terem mais tempo de contato com as cascas, geralmente de graduação alcoólica normal, entre 12,5 e 13,5% em volume. Tratam-se de vinhos secos, gastronomicamente utilizados para o acompanhamento de frutos do mar e carnes brancas leves, semelhantemente aos brancos de médio corpo São assim os rosados da Provence e muitos produtores mais modernos do Novo Mundo fazem seus produtos com essa coloração. Fora algumas regiões da França, não há como indicar regiões tradicionalmente produtoras de rosados.

  • coloração clarete: apesar de muitos autores preverem essa cor, na prática ela pouco existe pois confundem-se com os tintos claros como os da uva Gamay, Beaujolais, Valpolicella, Bardolino, muitos vinhos da uva Cabernet franc e da Pinot Noir.

    Regiões da França onde se produzem os rosados mais famosos



    Vale ressaltar que a maioria dos rosados são pouco aromáticos, alguns apresentando notas de algumas frutas brancas, como também de algumas frutas vermelhas.

    Até o próximo artigo!
  • Comentários
    Raquel Corrêa
    Gestora tecnológica
    Rio de Janeiro
    RJ
    29/11/2009 Quais as regras gerais para a harmonização de rosés?

    Num menu que tem entrada de camarões com um acompanhamento levemente adocicado e pratos principais de polvo e bacalhau, respectivamente, haveria espaço para um rosé, seguido de vinho verde e ao final um tinto de média estrutura?
    Fernando Sequeira de Matos
    Enófilo
    Mealhada
    Bairrada
    Portugal
    29/11/2009 Carissimo Miranda

    Li o seu artigo e nada tenho a comentar, todavia acho-o pobre am relação a Potugal. Do Minho e da região vitivinicola dos Verdes nada. Do alvarinho e do corte com o Trajaudura não fala e ainda na região podemos acrescentar o Loureiro e o Azal.

    Das Beiras, o encruzado não é na minha opinião o mais significativo, bem atras do Maria Gomes, do chardonnay, do Bical e das uvas tintas para brancos como a baga.

    Se sairmos destas duas regiões, ainda temos o Douro a os brancos das areias de Óbidos, riesling, que sem serem regiões da minha preferência, não posso deixar de lhes reconhecer os meritos dos arintos, de Colares e de Bucelas.

    Um abraço

    O tempo aqui por RS está a causar-me alguns problemas e ainda irei ao Rio

    Fernando
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]