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No artigo de hoje fujo do tecnicismo das harmonizações para dar algumas dicas de combinação de vinhos com os pratos natalinos mais usuais.

Fim do ano, tempos de confraternização da família, dos amigos e dos colegas de trabalho. Os bares estão lotados, assim como restaurantes, principalmente as churrascarias.

Começamos a pensar nos pratos que teremos nas nossas ceias de Natal. Como a data está próxima, uma sequência de harmonizações com o objetivo de que caiba no nosso bolso e na nossa mesa.

Por tradição, o nosso cardápio é marcado por muitos e muitos produtos europeus, próprio para o frio que reina nesta época naquele continente. São castanhas, nozes, avelãs, amêndoas, todas estas oleaginosas e calóricas. Temos os frutos secos de um modo geral, pois lá não encontram os congêneres frescos.

Os pratos salgados também são em geral carregados de gorduras, como a carne de porco (lombo simples e recheado, pernil e tender), bacalhau no azeite e, para aliviar um pouco, temos o chester e o peru, que por ter esta última origem na América do Norte, foi incluída como iguaria natalina nas mesas brasileiras, sendo uma opção mais leve. Algumas mesas incluem também pratos de frutos do mar, além do bacalhau.

As sobremesas formam um capítulo à parte, como rabanadas, panetone, torta de nozes, mousse de chocolate, doces à base de gemas, como o toucinho do céu, papos de anjo etc...

Os vinhos para acompanhar a festa devem harmonizar com os pratos usuais da época, assim podendo desfrutar o máximo dos prazeres à mesa. Como é tradição dos brasileiros que geralmente não obedece a nenhuma sequência lógica, ou seja, come-se alternadamente de todas as iguarias, especialmente aqueles que fazem no dia 24 de dezembro, uma peregrinação em diversos lares de amigos e parentes. A única exceção um pouco mais respeitada é das sobremesas doces ao final.

Muitas vezes um mesmo buffet é usado também para a ceia de Ano Novo. Só que para comemorar, dê mais ênfase aos espumantes e se possível, Champagne.

Na tabela abaixo uso as opções mais facilmente encontradas nas lojas de vinhos e supermercados. Vamos ao resumo afinal:



Estas são algumas indicações mais usuais, mas com criatividade e um pouco mais de dinheiro outras combinações podem ser encontradas. No mais, não se exceda nem na comida ou no vinho para que a alegria não se transforme em tristeza.

Muito bom Natal e excelente ano de 2010 para todos!!!

Até o próximo ano no nosso EnoEventos.
 
Comentários
Paulo Henrique de Figueiredo Junior
Representante comercial
Rio de Janeiro
RJ
24/12/2009 Fernando,

Uma dúvida me ocorre, porque não menciona os vinhos verdes portugueses como opção de harmonização de alguns pratos?

Aproveito para desejar a todos do EnoEventos um natal de muita luz e um 2010 de paz, saúde e sucesso!

Grande abraço.
Paulo
Neri Cavalheiro
Médico e enófilo
Rio de Janeiro
RJ
27/12/2009 Como sempre, Mestre Fernando Miranda nos deu uma excelente aula, muito prática, objetiva, capaz de nos auxiliar na escolha do melhor vinho para um bom casamento com a ceia de Natal e passagem do Ano. Creio que esta tabela de harmonização seja capaz de abranger a maioria dos pratos servidos nessas ocasiões, que tantas dúvidas trazem, principalmente, em se trantando daqueles que gostam de degustar vinhos, mas não se preocupam ou não estão familiarizados com as questões da harmonização.

O mérito da matéria aumenta, à medida em que consegue dirimir dúvidas e controvérsias a respeito da harmonização com os diversos tipos de pratos de bacalhau.

Cumprimentos ao Fernando e ao EnoEventos por mais essa matéria de grande utilidade... Desejo a todos um 2010 com saúde e bons vinhos.

Abs.
Neri Cavalheiro
Fernando Miranda
Professor ABS
Rio de Janeiro
RJ
01/01/2010 Resposta ao Paulo Henrique

Existe uma enorme diversidade de regiões produtoras e em cada uma delas centenas ou mesmo milhares de produtores que fazem, no mínimo, dois ou três rótulos cada. Por isso é difícil falar sobre todos os tipos numa coluna. Eu coloco os Vinhos Verdes brancos na categoria dos leves, assim como os Frascati, Orvieto e Pinot Grigio.

Por outro lado hoje em dia é mais fácil de serem encontrados os brancos nacionais, argentinos, chilenos e de outras regiões portuguesas além do Vinho Verde, que se tornou inclusive mais raro de se achar.

Quanto ao V. Verde tinto é muito mais difícil ainda de se achar, pelo fato de serem difíceis de serem bebidos, pela conjunção nada favorável de acidez elevada e tanino intenso. Só quem nasceu lá e os bebe desde tenra idade conseguem apreciá-los. Ele representa apena 18% da produção da região e em tendência de queda.

No mais desejo um Feliz 2010 para os amigos leitores e colegas colunistas!!

Resposta ao Neri Cavalheiro

Grato pelos elogios e que você tenha um Feliz 2010 juntamente com sua família.

Fernando Miranda
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]