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    Na recém-encerrada Expovinis chamou à atenção a procura de público e profissionais do ramo pelos produtos nacionais. Os estandes das vinícolas brasileiras passaram grande parte da feira abarrotados de gente. Todos ávidos para provar as novidades de diferentes regiões do país. Tal procura demonstra o bom momento que passa a nossa indústria vinícola. A expectativa dos produtores é de que 2009 seja um ano ainda melhor do que 2008. Motivos sobram para tanto otimismo. Se em agosto do ano passado o dólar beirava a casa de R$ 1,50, hoje com a moeda americana acima dos dois reais, a concorrência ficou menos desleal.

    Mas não são apenas os preços que encorajam o consumidor a experimentar os vinhos brasileiros. A qualidade ajuda. Na feira, diversos produtores, entre grandes e pequenos, expuseram os seus vinhos. E havia muita coisa boa para provar. Desde safras novas de vinhos conhecidos de vinícolas importantes, até novos lançamentos de vinhateiros que ainda buscam um lugar ao sol.

    Entre as grandes vinícolas, a Miolo mostrou as novas safras do Miolo Terroir e do Fortaleza do Seival Pinot Grigio. Ambos os vinhos mantêm a qualidade de seus antecessores. Na Salton, festa pela vitória do Talento 2005 como melhor tinto nacional segundo o júri da Expovinis. Motivo para celebrar também não faltou na Casa Valduga. O espumante Gran Reserva Extra Brut 2002 da casa foi eleito, pelos mesmos jurados, como o melhor brasileiro da feira. Outro destaque da vinícola era o Chardonnay Gran Reserva, excelente branco recém-lançado pela empresa. Na Lídio Carraro, o Singular Nebbiolo reina absoluto, muito bem escoltado pelo Tannat. A casa ainda mostrou novidades como um fresco e interessante chardonnay. Na Pizzato, destaque para os bons merlots da empresa. Na Dal Pizzol, um simples e gostoso branco vale destacar, o Do Lugar Riesling Chardonnay.

    Entre os produtores menores (de tamanho, não de qualidade), muita coisa a mencionar. Como o ótimo pinot noir da Quinta da Neve, vinícola de São Joaquim, em Santa Catarina. Os catarinenses, aliás, mostraram coisas bem interessantes. A Villagio Grando levou um bom, fresco e frutado chardonnay, um cabernet-sauvignon bastante interessante e o bom Lote II de seu vinhos top, o Innominable. Na Quinta Santa Maria, destaque para o Utopia 2006 e para os fortificados, em especial, o Moscatel. Na Sanjo, o Maestrale Cabernet Sauvignon 2005 valeu a prova. Na Suzin, dois tintos bem honestos: um cabernet-sauvignon e um merlot, ambos da safra 2006. Vale lembrar que é de Santa Catarina a Villa Francioni, uma das melhores vinícolas do país. Além dos catarinenses, produtores gaúchos e do nordeste também expuseram seus vinhos na feira. Destaque para o sempre bom gewürztraminer da Cordilheira de Sant'Ana e para o bom teroldego da Milantino, ambos do Rio Grande do Sul.
     
    Vinhos degustados
    Selezione Fasano Icardi 2005
    Barbaresco, Itália
    Um coquetel de aromas com uma complexidade impressionante. Taninos ainda duros, mas com muito frescor, estruturado, excelente textura e um final interminável. Muito bom com um cordeiro.
    Nota: 9,5
    Preço: R$ 445
    Onde: Enoteca Fasano (2422-3688)

    Ventisquero Queulat Sauvignon Blanc 2008
    Vale do Casablanca, Chile
    Nariz rico e intenso, com notas de maracujá e manga, boca com muita fruta, frescor, médio corpo, bem equilibrado. Vai bem com frutos do mar. Foi eleito o melhor vinho feito com a sauvignon blanc na Expovinis 2009.
    Nota: 8,5
    Preço: (a confirmar)
    Onde: Cantu (0300 2101010)

    Milantino Teroldego 2006
    Serra Gaúcha, Brasil
    Surpreendente vinho feito esta uva típica do norte da Itália. No nariz, amoras e um toque de baunilha e chocolate. Na boca, boa acidez, médio corpo e bom final. Um vinho gastronômico, que pede uma boa carne como companhia.
    Nota: 8
    Preço: (a confirmar)
    Onde: Vini Rio (2256-0858)

    Alain Brumont Gros Manseng/Sauvignon 2006
    Côtes de Gascogne, França
    Esse vin des pays branco francês feito pelo consagrado Alain Brumont em Côtes de Gascogne é uma beleza. No nariz tem aromas intensos de frutas cítricas e especiarias. Na boca é mais mineral, com ótimo frescor e longo final. Excelente para o dia-a-dia, acompanha saladas sem molhos cremosos, peixes grelhados e dá até para arriscar com um sushi.
    Nota: 8
    Preço: R$ 46,60
    Onde: Decanter (2286-8838)
    Comentários
    Eder Heck
    Sommelier, Mr. Lam
    Rio de Janeiro
    RJ
    13/05/2009 Lalas,

    Digo que os vinhos brasileiros estão em uma ascendente qualitativa sem precedentes. Espero que as autoridades revejam os impostos, eles impossibilitam a concorrência. Temos que nos movimentar neste sentido.

    Parabéns pelas palavras de apoio ao nosso vinho.

    Abs
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