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Está virando moda. Primeiro foi o Terzetto. Depois vieram Lorenzo Bistrô e Fasano. Por último, o Le Vin. Em comum a todos estes restaurantes, o lançamento do vinho da casa. Mas se engana quem pensa que, como na Europa, trata-se de um vinho de baixo custo, para ser provado em taça, no dia-a-dia, acompanhando descompromissadamente uma refeição. A tendência por aqui é que os vinhos da casa estejam na ponta de cima da carta dos restaurantes. É coisa mais séria, sofisticada.
O Terzetto saiu na frente. Fechou com o garagista brasileiro Vilmar Bettú a produção de cinco rótulos exclusivos para o restaurante. Batizados de Edizione Terzetto são engarrafados dois chardonnays (um com passagem em madeira e outro sem), um nebbiolo, um rebbo e um marselan. Mantendo a aposta no vinho nacional, o restaurante promete, ainda para o mês de junho, outros dois rótulos exclusivos. Desta vez em parceria com a Miolo, serão um tinto e um banco feitos sob encomenda, na medida para o paladar dos clientes da casa: um pinot noir e um albariño, ambos com o nome Terzetto.
O Fasano apostou na origem italiana para os seus vinhos da casa. São cinco rótulos de diferentes produtores e regiões. Para elaborar o espumante, Rogério Fasano escolheu a Amistani Guarda, do Vêneto, um dos bons produtores de prosecco da região. O branco, excelente, é um chardonnay feito em Venezia-Giulia pela Di Lenardo. E são três os tintos. Um da Toscana, o Chianti Classico feito pela Querceto di Castellina; e dois do Piemonte, o Barbaresco da Icardi e o Barolo de Gianni Gagliardo. Além de servidos no Fasano Al Mare, estes vinhos também estão disponíveis na loja da Enoteca Fasano, no Fashion Mall.
E dois dos melhores bistrôs da cidade também têm um rótulo para chamar de seu. O Lorenzo importou diretamente da chilena Viña Leyda um bem feito corte de cabernet-sauvignon, syrah e carmenère e batizou o vinho de Reserva Especial Nick e Janjão, em homenagem a dois dos quatro sócios da casa. Já o Le Vin foi até Côtes de Ventoux, na França, e encomendou o bom Cuvée Le Vin, uma versão do conceituado Château Pesquié. |
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Engarrafadas |
O carioca que gosta de beber vinho costuma sofrer depois da meia-noite. É que a maioria dos bons restaurantes com cartas interessantes fecha as portas.
Agora, no coração do Baixo Leblon, ao lado da Pizzaria Guanabara, abriu o Focaccia. Comida boa e carta enxuta, feita pelo sommelier Dionísio Chaves, e, o que é melhor, com preços justos. Vale a visita. |
Vinhos degustados |
Vinho da semana Quinta da Alorna Branco Reserva 2007 Ribatejo, Portugal Corte de arinto e chardonnay, que combina muito bem o que as duas castas têm de melhor. Alia o frescor, o cítrico e a fruta da arinto com a untuosidade e a estrutura da chardonnay. Belo vinho deste bom produtor português. Nota: 8,5 Preço: R$ 68 Onde: Adega Alentejana (2286-8838)
Barato bom Rondinée Brut Serra Gaúcha, Brasil Mais um bom espumante nacional, feito pela Cave Hermann pelo método charmat, com a chardonnay. Fresco, leve, fácil, delicado. Perfeito para coquetéis, festas e afins. Nota: 8 Preço: R$ 25,20 Onde: Decanter (2286-8838)
Para guardar Alenza Gran Reserva 2001 Ribera del Duero, Espanha A Pesquera é uma das grandes vinícolas da Espanha e este é um dos melhores vinhos da empresa. Feito com a tempranillo, tem estrutura para dar e vender, é macio, longo, com notas de amora, pimenta, couro, café, chocolate. Perfeito com uma carne, vai melhorar ainda mais com mais alguns bons anos de garrafa. Nota: 9,5 Preço: US$ 187 Onde: Mistral (2274-4562) |
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