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 Sempre gostei de jogos de tabuleiro. Desde clássicos como War, Banco Imobiliário, Detetive, Imagem e Ação, Master ou Perfil, até exemplos diferentes como o divertido Escrete, jogo sobre futebol que, reza a lenda, foi inventado por Chico Buarque nos anos 1980. Foram incontáveis e hilariantes noites com amigos, regadas, antigamente, a coca-cola, e depois a vinho, cerveja, caipirinha ou o que quer que fosse. Eis que agora, em plena era digital, o mestre Célio Alzer, um dos mais importantes nomes do mundo do vinho do país, resolveu inventar uma bossa nova: O Jogo do Vinho.
Um tabuleiro, um livro com mil perguntas e respostas, 30 cartas e quatro peões. Pode ser jogado por duas a quatro pessoas (ou duplas). As cartas são dividas em três tipos: tintos, brancos e espumantes e são numeradas de zero a nove. Ficam dispostas em pilhas de dez no tabuleiro. O jogador da vez sorteia uma carta de cada pilha. O número formado por estas três cartas corresponde à pergunta a ser respondida. Cada questão pode valer uma, duas ou três barricas. O número equivale à quantidade de casas que o jogador avançará se acertar a resposta. O participante escolhe uma entre três opções para responder o desafio. Ganha quem completar primeiro o percurso do jogo, respondendo corretamente às perguntas. Simples de entender, fácil de jogar e pra lá de divertido.
As perguntas não são apenas sobre questões relativas ao mundo do vinho. Há muitas curiosidades sobre a bebida e pessoas famosas. Com o jogo, descobrimos qual o drinque preferido de Frank Sinatra, o que o pintor Édouard Manet gostava de beber e até o que foi servido no almoço de posso do presidente norte-americano Barack Obama. O kit do jogo traz ainda quatro meias garrafas de tintos selecionados por Célio. Os portugueses Príncipe do Dão 2007 e Terras do Xisto 2007, o italiano Rupestre 2008 e o chileno Terranoble Cabernet Sauvignon 2008. A intenção é que os participantes façam brindes durante a brincadeira. Afinal de contas, jogar O Jogo do Vinho e ficar a seco, não combina nem um pouco.
Menos de 500 unidades de O Jogo do Vinho serão comercializadas. O lançamento será na próxima segunda-feira, dia 21, a partir das 19h30, no Espírito do Vinho, na Cobal do Humaitá. A loja será a única no Rio a vender o jogo, que custará R$ 140. |
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Vinhos degustados |
Vinho da semana Hochhemer Holle Riesling Kabinett Trocken 2007 Rheingau, Alemanha Mais um excelente branco alemão, este feito por Franz Kunstler, disponível no mercado brasileiro. Elegante, delicado, fresco, bom de beber. Um riesling seco clássico, feito por quem entende do assunto. Vai muito bem com comida chinesa e tailandesa. Nota: 9 Preço: R$ 132 Onde: Decanter (2286-8838)
Barato Bom Angheben Touriga Nacional 2005 Encruzilhada do Sul, Brasil Esta pequena e familiar vinícola do sul do Brasil tem apresentado vinhos cada vez mais interessantes. Este, feito com a portuguesíssima touriga-nacional, é bem bom. Notas de frutas vermelhas, capuccino, couro. Na boca é rústico, com taninos presentes, acidez correta, médio corpo e bom final. Vale a pena decantá-lo. Nota: 8 Preço: R$ 29 Onde: Vinci (2246-3674)
Para guardar Castelo de Pomino Rosso 2006 Toscana, Itália Produtor italiano pra lá de tradicional, a Frescobaldi tem vinhos de vários estilos e preços. Na grande maioria, muito bons. Este é dos bons. Corte de pinot nero, sangiovese e merlot, com um nariz bastante elegante e que apresenta notas de cassis, cereja, eucalipto e alcaçuz. Na boca, é macio, equilibrado, fresco, de boa estrutura e final largo e relativamente doce. Bom com galinha d'Angola. Ainda novo, vai envelhecer bem por pelo menos cinco anos. Se for beber já, decante. Nota: 9 Preço: R$ 172 Onde: Grand Cru (2511-7045) |
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