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Colunistas
 
No ano passado, fui convidado pela Miolo para visitar as instalações da vinícola no sul do país. Viajei com alguns profissionais do vinho do Rio de Janeiro. Em um dos intervalos do programa, fui visitar a casa onde Vilmar Bettú mora e faz os seus vinhos. Ciceroneados por Rogério Goulart, representante da Bettú no Rio, fomos eu, João Souza (sommelier do Terzetto), Homero Sodré (crítico de vinhos) e Miguel Ângelo Vicente Almeida, enólogo da Miolo. Chegando lá, provamos uma bateria de vinhos, alguns muito bons, outros nem tanto, mas que deixou a todos bem impressionados. Como enólogo, Miguel ficou particularmente encantado com os vinhos de garagem feitos por Bettú, sempre em pequenas quantidades, com métodos pra lá de caseiros. E, conversa vai, conversa vem, surgiu um desafio entre João Souza e Miguel.

Instigado pelo sommelier do Terzetto, o enólogo da Miolo garantiu ser capaz de produzir vinhos daquela qualidade na Campanha Gaúcha. João garantiu que compraria para o restaurante o que Miguel produzisse. Ambos conversaram com a direção da Miolo, apresentaram o projeto e assim nasceram os dois filhos de Miguel e João, gerados para o Terzetto, com o apoio e a tecnologia da Miolo: o Edizione Terzetto Alvarinho e o Edizione Terzetto Pinot Noir, ambos da safra 2009.

E são dois vinhos muito bem feitos, apesar da safra 2009 não ser das melhores na Campanha. O alvarinho, apesar de fermentado em barrica, mantém o frescor típico da casta e é daqueles vinhos fáceis de beber. O pinot é ainda melhor, com aromas de cereja, médio corpo, acidez correta, taninos finos, macio e leve. É feito com as uvas do melhor clone de pinot noir que a Miolo tem na Campanha. O projeto foi desenvolvido em parceira por João e por Miguel, com a supervisão do francês Michel Rolland, consultor da Miolo. Foram feitas apenas 500 garrafas de cada um dos vinhos. A venda é feita no restaurante (R$ 90, cada) ou no Terzetto Café (R$ 63, cada).
 
Engarrafadas
A Expand Rio, promove o evento "Batasiolo harmoniza o seu Natal" em todas as lojas da marca, aos domingos de dezembro. No evento, vinhos da vinícola italiana serão harmonizados com pratos natalinos, em forma de canapés. O cardápio muda toda semana. Mais informações no telefone 2123-7999.


A SBAV/RJ vai promover na Fashion Clinic, em Ipanema, no próximo dia 16, o seu último evento no ano. Será o Degusta Vinho e Beleza. As mulheres que comparecerem ao local, além de provarem vinhos oferecidos pela SBAV, ganharão de presente massagem e maquiagem. Inscrições e maiores informações no telefone 2537-2474.
Vinhos degustados
Vinho da semana
Albizzia Chardonnay IGT 2007
Toscana, Itália
Branco fresco, sem passagem em madeira, muito bom de beber, feito pela Frescobaldi, uma das grandes vinícolas italianas. No nariz, frutas cítricas, pêssego e pêra. Na boca, leveza e frescor. Um vinho sem grandes pretensões mas que dá muito prazer na boca. Bom como aperitivo ou com peixes brancos.
Nota: 8
Preço: R$ 64
Onde: Grand Cru (2511-7045)

Barato bom
Valmarino Brut Champenoise 2008
Serra Gaúcha, Brasil
A qualidade dos espumantes brasileiros vem sendo reconhecida mundo afora. Se é exagero dizer, como gostam de dizer alguns, que fazemos "o segundo melhor espumante do mundo", é inegável que a qualidade do que é feito aqui não para de melhorar. Este é mais um dos bons. Fino, fresco e saboroso, com aromas de pão tostado, é uma bela opção para as festas que se avizinham.
Nota: 8
Preço: R$ 27
Onde: Valmarino (54 3452 2135)

Para guardar
Pietramora 2004
Emilia-Romagna, Itália
A enóloga Cristina Geminiani, da Fattoria Zerbina, sabe das coisas. Este é o vinho top da vinícola. E é uma beleza. Feito com a sangiovese, é bom no nariz e ainda melhor na boca. Tem acidez bem marcada, taninos de qualidade, boa estrutura, volume e persistência. Combina com javali, cordeiro, costela de porco. Guarde por, pelo menos, um par de anos. Vai ficar ainda melhor.
Nota: 9
Preço: US$ 155,50
Onde: Vinci (2236-5390)
Comentários
Eder Heck
Sommelier Mr. Lam
Rio de Janeiro
RJ
13/12/2009 Lalas,

Tenho ficado impressionado com o frescor dos brancos produzidos pela Miolo na Campanha: Viognier, Pinot Grigio, são alguns exemplos de qualidade alcançada nestes novos projetos.

E o João esta em todas, agora até fazendo vinho. Onde esse pequeno gigante vai parar? Rsrsrsrs

Temos que formar um grupo forte para dar mais visibilidade ao produto nacional. Acontece com frequência no restaurante de o cliente dizer que “VINHO NACIONAL NEM PENSAR”, aí para a surpresa dele, que já bebeu duas ou mais taças de algum nacional que sirvo, ficam perplexos. Falta divulgação e provas, vamos pensar nisso?

abs
Miguel Ângelo Vicente Almeida
Enólogo
De férias em Lamego
Portugal
13/12/2009 Lalas,

Agradeço as tuas sempre atentas e muito bem informadas palavras.

É com afinco e muita entrega que faço os vinhos da Fortaleza do Seival Vineyards e participo na ascensão do vinho brasileiro.

Um forte abraço duriense e um beirão bem haja a todos.
Ronaldo Borgerth
ABS / Economista
Rio de Janeiro
RJ
14/12/2009 Por favor, me indiquem vinhos nacionais bons, porque por mais que eu procure não consigo achar nenhum bom. Ainda mais pelo preço que nossas vinícolas cobram. Se formos comparar com Argentina, Chile, EUA e Europa, a relação qualidade preço fica mais ridícula ainda.

Já tomei o lote 43 e ele é apenas razoável, e o preço cobrado um absurdo. O Sauvignon Blanc da Villa Francioni é até bom, mas por 60 reais qualquer Chileno ou Arg bate ele. Não precisa nem procurar muito.

O problema então não é o preconceito com o vinho nacional, e sim os preços ridículos praticados por aqui. Outro exemplo ridículo é o Casa Valduga Villa Lobos, por 100 reais. Não sei é para rir ou para chorar. E olha que nem citei aqui o Sesmarias...
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