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Colunistas
 
O casamento entre o vinho e a cultura pop anda mesmo a todo vapor. O cantor e guitarrista Boz Scaggs já montou uma pequena vinícola, bandas como Motörhead e Train lançaram rótulos próprios. Sem falar nos artistas que leiloam parte da adega, como Andrew Lloyd Webber e, mais recentemente, Chris de Burgh. Sem falar no cineasta Francis Ford Coppola, dono de um autêntico château no coração do vale do Napa, na Califórnia. No Brasil, o locutor Galvão Bueno e o pianista Mu Carvalho são dois exemplos de personalidades que já enveredaram pelos lados da enologia. E nesta semana, mais uma vez o mundo pop atravessou o caminho de Baco.

Michael Diamond, ou, simplesmente, Mike D., da banda Beastie Boys, lançou um blog em que faz críticas de vinho, hospedado no site de James Suckling. Enquanto o novo álbum da banda Hot Sauce Committee, Pt. 2 não vem, Mike estreou na nova atividade na última segunda-feira, com um post sobre meia garrafa de um tinto da Borgonha - o Jean-Marc Morey Santenay La Comme Dessus 2006 - cuja nota foi 93 pontos, em uma escala de 100. Segundo Mike, o vinho é "elegante e contido, cheio de fruta madura, notas terrosas, com um quê de funk refinado". Ainda de acordo com Mike, o vinho está ready to rock.

Já em Portugal, a banda local Fingertips também resolveu apostar na mobilização dos fãs para vender vinhos. Em parceria com a Vinícola de Nelas, o grupo lançou o tinto Status 'Wine for Lovers by Fingertips'. O vinho é a resposta da vinícola ao desafio proposto pela banda ao administrador da Nelas, Francisco Paula. É um corte de touriga-nacional, alfrocheiro, tinta roriz e jaen, da safra 2007. Nas lojas de vinho portuguesas, custa menos de sete euros. Em março, estará disponível também no site da banda.
 
Vinhos degustados

VINHO DA SEMANA
Domaine Trapet Latricières-Chambertin Grand Cru 2007
Borgonha, França
Vinícola familiar, de viticultura biodinâmica e produção artesanal, a Domaine Trapet é uma das jóias da Borgonha. Este Latricières, em especial, é quase uma dádiva. A etimologia já é um mistério. Para alguns, poetas provavelmente, a origem é alemã e significa 'pequenas maravilhas'. Outros, mais realistas, enxergam na crueza do solo a verdadeira raiz do nome. 'La Tricières' signfica 'terra pobre'. Independente da origem do nome, o vinho está mais para pequena maravilha. Nariz rico e fino, com notas de cereja, framboesa, morango e evolução para pimenta branca, alcaçuz e um toque de couro. Na boca, elegância é a chave. E ainda tem mais estrutura e corpo do que o primo Chapelle-Chambertin, volume e textura que impressionam, taninos macios e um final interminável. Um vinho de excelência, uma experiência rara.
Nota: 10
Preço médio: R$ 880
Importador: Grand Cru

BARATO DA SEMANA
Piccini Orvieto 2009
Úmbria, Itália
Branco leve, despretensioso e fácil de beber, perfeito para os dias quentes de verão, corte de grechetto (80%) e procanico (20%), de excelente relação custo-benefício. No nariz, fruta. Na boca, frescor, leveza e um leve amargor no fim de boca. Simples assim.
Nota: 8
Preço médio: R$ 28
Importador: Vinci
Comentários
Marcelo Carneiro
Advogado e escritor
Resende
RJ
18/04/2011 Caro Alex

O Iron Maiden também lançou um vinho recentemente. Se acompanhar o estilo das bandas, só pelo fato de serem da área do Metal, já teriam que ser potentes. No caso do Motörhead, muito rústico, inclusive. Já o Iron, um toque mais aveludado, mas com cara de novo mundo, explosivo, mas um pouco mais contido (rssssssss)

By the way, acho que te mandei meu artigo sobre o James Maynard Keenan da banda Tool, que além de produzir vinhos no - improvável - Arizona, ainda lançou o documentário "Blood into Wine" sobre a sua história com a vinícola. Um dos rótulos tem o curioso título de "Chupacabras" rsssss.

Um abração
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]