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 Esta semana minha viagem gastronômica foi um pouco mais longe. Fui ao restaurante Foz do Tejo, na Barra. Tive que atravessar apenas dois túneis. Mas pareceu até que cruzei o Atlântico. Fui parar em Portugal! Mas nada de turbulências, sustos ou tempestades tropicais. Foi uma viagem bem prazerosa até a Terrinha. Era um jantar fechado, o primeiro do restaurante. Os vinhos eram da Importadora Zahil, apresentados pelo consultor Paulo Nicolay. Tudo combinou lindamente.
Fiquei em uma mesa com o Alexandre, a Lilian da Zahil e mais três portugueses que se mostraram profundos conhecedores da comida de seu país. António Campos, dono da importadora, sua esposa e sua mãe me ajudaram imensamente, pois, a desbravar os pratos, já que a culinária portuguesa não é a minha especialidade. Embora o Sr. Jaime, dono do restaurante, fizesse questão de ir de mesa em mesa a explicar o cardápio. E o faz com imensa paixão. Talvez seja um dos motivos de o restaurante ser tão bem falado.
Bem, vamos ao que interessa. Os trabalhos começaram como esperado: bolinhos de bacalhau. Só que junto vinha uma surpresa: pataníscas de camarão. Eu não fazia idéia de que diabos essas pataníscas eram! Mas depois que provei, foi difícil parar de comer. No nosso caso, eram feitas com camarão, mas a tradicional é de bacalhau, como me explicaram os especialistas da minha mesa. Mas camarão foi uma inovação muito bem aceita por todos. São pedaços passados em uma espécie de tempura, ou massa de panqueca, e fritos no óleo bem quente. Ficam bem sequinhos. O vinho que acompanhou a entrada foi o Quinta de Azevedo. Vinho verde muito refrescante. Gostei a beça.
Depois passamos para a Açorda Real. Outra surpresa para mim, mas obviamente, não para os meus companheiros. Este prato tem pão como base, mas um pão específico, bem fofo. Era preparado com camarão. Achei interessante a textura. O vinho foi o branco Planalto. Outra boa combinação.
Em seguida veio o bacalhau de fato. Batizado de "João do Buraco". O Sr. Jaime nos explicou que é uma receita que buscou em um antigo livro de sua mãe, do século XIX. Também levava camarão, que não acrescentou nada ao prato, e ainda atrapalhou a harmonização com o vinho, o bom tinto Vinha do Monte! Mas como o carioca adora um camarão...
Como prato principal, tivemos um Cabrito a "João Padeiro", acompanhado pelo Casa Ferreirinha Vinha Grande . Ainda bem que não foi cordeiro! Estava desmanchando, nem precisava de faca. E ainda vieram as sobremesas! Um mix, acompanhado por um Porto Offley LBV 2003, que em nada combinou com os doces. Consegui identificar o toucinho do céu com canela e o pudim de clara. Mas a terceira, até agora não sei do que se trata. Mal consegui tocar nelas. Afinal de contas, havíamos comido o suficiente para alimentar um batalhão! Mas essa é uma casa portuguesa, com certeza! E em Portugal, come-se bem! E muito!
Foz do Tejo Av. das Américas, 3500 - Bloco E Loja C Condomínio Empresarial Le Monde 3795-6680/81 www.fozdotejo.com.br (site em construção)
Importadora Zahil 3860-1701 www.zahil.com.br |
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