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Combinamos um almoço no Lorenzo. Todos os participantes com interesses diversos. Danusia Barbara queria provar o famoso poulet rôti do lugar. Alexandre Lalas ia entrevistar Filipa Pato que, por sua vez, ia nos apresentar o vinho molecular. Oscar Daudt foi fazer a cobertura. Eu fui apenas almoçar. Coube à incansável Cristina Neves organizar tudo. Mas, como nada é tão simples assim, antes do encontro, nos desencontramos. Parte do grupo estava na varanda, no andar de baixo do restaurante e outra parte, em cima. Quando Cristina, atrasada por conta de um imprevisto, chegou, reuniu todo mundo.

Antes de o desencontro ser resolvido, foram servidos muitos couverts. Grissinis, focaccia, azeite, alho assado e rabanete. Não foi nenhum sacrifício comê-los. O grissini estava crocante, a focaccia macia e o alho cremoso. E quando finalmente nos encontramos, veio um amuse-bouche. Era uma sopa de cogumelos com gema de codorna dentro, num copinho de shot. Logo depois, chegaram os bolinhos de bacalhau. Provavelmente para que Filipa se sentisse em casa. E ainda veio outra entrada, o Vitello Tonnato (rosbife de vitelo com molho de atum, alcaparras, limão e parmesão). Gostoso, mas, pessoalmente, prefiro quando o vitelo vem cortado mais fininho.

Para satisfazer o desejo da Danusia, quando fizemos a reserva encomendamos o poulet rôti. Normalmente, ele só é servido no jantar, mas se o pedido for feito com antecedência, o prato pode ser preparado para o almoço. É um frango marinado de um dia para o outro no vinho e em ervas.

Antes de o frango chegar, eu, Cristina e Danusia conversávamos sobre o que faz de um bistrô um lugar aconchegante. Até porque a palavra "bistrô", que vem do russo, significa "rápido". Mas, ao contrário, em lugares como o Lorenzo, podemos ficar por horas e horas. Fazemos dali um pedacinho da nossa casa. Sentimos-nos parte do local. Talvez por isso exista a expressão bistrô de afeto. Realmente criamos vínculos com alguns deles. Compramos o vinho da casa, o grissini. Acho que o Lorenzo consegue ocupar esse lugar no coração de muita gente.

Logo depois chegou o tão esperado poulet. Veio acompanhado de cogumelos e cebolas pequenas carameladas e batatas miúdas - o melhor é que estavam com casca! Foi servida uma parte de peito e outra de sobrecoxa ou coxa, para cada um. Eu odeio peito! Mas estava tão molhadinho que comi feliz. A coxa, então, desmanchava. Todos faziam alguma espécie de hummmmm!!! Quando todo mundo acabou, provamos alguns queijos de ovelha da Quinta da Pena, recém-chegados ao restaurante, e uma tábua com queijos sortidos. Foram todos aprovadíssimos.

A sobremesa foi uma bela e gostosa Tarte Tatin com sorvete de creme. Saímos de lá marcando visitas e encontros, como se fôssemos, todos, velhos amigos. Por mais que façamos planos, a vida não é exatamente como imaginamos que vai ser. Por isso, temos que relaxar mais e deixar que ela nos leve um pouco. Desencontros fazem parte e surpresas podem ser boas. Então, um brinde aos encontros desencontrados.

Lorenzo Bistrô
Rua Visconde de Carandaí, 2 (esquina com Lopes Quintas)
Jardim Botânico
www.lorenzobistro.com.br
2294-7830/3114-0855/9581-4676
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Quinta da Pena
[email protected]
 
Comentários
João Luiz Garcia de Souza
Economista e restaurateur
Rio de Janeiro
RJ
11/08/2009 Caros do ENOEVENTOS e Luciana,

Lemos com alegria os comentários sobre o simpático almoço que tiveram aqui no LORENZO.

Somos um tipo de restaurante que chamo de 'Bistrô de Afeto'. Pretendemos criar um clima de "Deseja-se estar lá", no qual sobrepomos a decorações extremadas, marketing, culto a celebridades, grandes chefs e consultores, para simplesmente desenvolvermos "UMA BOA E FELIZ EXPERIÊNCIA" com nossos clientes-amigos.

Abraço e grato pelos precisos e estimulantes comentários.

Nick e Janjão
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]