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 Onde hoje é o La Sagrada Familia funcionava antigamente uma gráfica. Tivesse ela metade do movimento que o Sagrada tem desde sua inauguração, 17 anos atrás, certamente a tal gráfica não teria fechado. Sempre que vou a esse restaurante, fico impressionada com a quantidade de gente que almoça lá. É um burburinho só! Nos dois andares. Para dar conta de tanto sucesso, são feitos, todos os dias, 40 quilos de massa fresca.
Na última quarta-feira, fiz parte dessa verdadeira multidão que frequenta o Sagrada. Fui a um almoço promovido pelo importador Crebil Ferman, da Globalwine. Estavam lá várias pessoas do mundo do vinho: Jô e Homero Sodré, Paulo Nicolay, Fernando Miranda, Marcos Lima, Paulo Gomes, Duda Zagari, Alexandre Lalas e eu, além do anfitrião Paulo Pinho. O almoço estava marcado para meio-dia e trinta. No auge no horário de movimento. Quando chegamos, o restaurante já estava lotado e com gente esperando. Por sorte, uma mesa havia sido separada para o nosso grupo, lá no fundo, no primeiro andar.
Havia um menu degustação, que custava R$ 35 por pessoa, mais os 10% de taxa de serviço. E as opções eram:
EntradaCrepes de palmito e espinafre, ao gratinado suave de queijos
PrincipalVillage: penne com mignon em tirinhas grelhadas, abobrinha, creme fresco e cogumelosou Escalopes de mignon ao limão, purê de batata e cenouras em manteiga e salsinhaou Picadinho carioca: mignon na ponta da faca, ovo poché, arroz de farofa de cream cracker e bacon, banana frita e creme de milho
SobremesaFolhado de maçã e sorvete de cremeou Rabanadinhas com açúcar e canela e sorvete de creme.
Os crepes estavam bem gostosos e super bonitos. Preferi o de palmito. Simplesmente porque adoro palmito. O molho não era nada enjoativo, como muitas vezes são os molhos cheios de queijo. Entre os principais, escolhi o picadinho. E não fui só eu. Foi quase uma escolha unânime. Ainda bem que alguns gatos pingados escolheram os outros pratos e nos proporcionaram a possibilidade de mais fotos. Viva as diferenças! Picadinho tem tanto a cara do Rio que é difícil resistir. E este estava como esperado: arroz soltinho, farofa crocante, o mignon macio e saboroso, a banana frita e o ovo com gema mole. Só o creme de milho não acrescentou nada. Os outros pratos também estavam interessantes. Mas não trocaria pelo meu.
Na hora da sobremesa foi, mais uma vez, fácil de escolher. Amo rabanada, principalmente fora de época. E no Sagrada tem o ano todo. Portanto, se bater um vontade súbita, já sabem onde encontrar. E elas estavam quentinhas. Uma delicia!
Um dos segredos dessa casa é boa comida com preço excelente. São pratos bem fartos, como deve ser o almoço na cidade. Ambiente descontraído. Tudo o que se procura nessa hora, no Centro do Rio, está lá. Não é a toa que faz tanto sucesso! Quando o Sagrada completou quinze anos, Paulo Pinho, o dono da casa, pensou em tirar a placa com o nome do lugar no dia do aniversário. Sabia que as pessoas não iriam nem reparar, de tão acostumadas que estão em ir lá. Não duvido. Mas Cláudia, sua esposa, que de boba não tem nada, achou melhor não arriscar. E a placa ficou. Mas o fato é que o Sagrada continua no mesmo lugar. Com a mesma charmosa plaquinha e aquela multidão de frequentadores. Não é pra menos. Vale muito a pena almoçar lá.
La Sagrada Familia Rua do Rosário, 98 sobrado Centro 2252-2240 www.lasagradafamilia.com.br $ (menos de R$ 50, entrada, prato principal e sobremesa, sem bebida incluída) |
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