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 No último domingo, resolvi fazer uma passeio diferente. Queria almoçar num lugar que tivesse uma vista bonita, daquelas que você esquece da vida e quando vê, já é o fim do dia. Pensei no Quatro Estações, que fica na Ilha da Gigoia, na Barra. Estava com Alexandre e Nicolle e convidei minha mãe e o Carlos, marido dela, para nos acompanhar. Eles moram em Niterói. No caminho pensei que estava tudo perfeito, o céu era de brigadeiro, não tinha trânsito. Já havia consultado o Guia da Danusia e lá dizia que o restaurante abria para almoço. Eram dez para o meio dia. Nada podia dar errado. Pois bem, quando chegamos lá, tocamos a capainha. Atendeu um moço, que disse:
"- Estamos fechados para almoço! Normalmente abrimos, mas teremos um evento esta noite."
Frustração! Liguei para minha mãe, que já estava a caminho e falei para ela seguir em direção ao Recreio. Nem me toquei que eles já estavam dentro do carro há, pelo menos, quarenta minutos e escolhemos um restaurante na distante e tranquila Vargem Grande. Para quem já havia rodado tanto, o que seriam alguns quilômetros a mais? Passamos por shoppings de ambos os lados, supermercados, uma infinidade de lojas de automóveis... Não conheço muito aquela área, não tinha idéia se estava chegando ou não e preferia nem perguntar ao Alexandre.
Enfim chegamos a Vargem Grande. A essa altura, estávamos todos famintos. Escolhemos o Jardineto, vizinho a outro restaurante famoso da área, o Quinta. Chegamos à uma e meia da tarde. Fazia um calor de verão. Por isso, optamos por uma mesa na parte de dentro, no ar condicionado! Pedimos o couvert, além de pastéis de camarão, queijo e carne. Do couvert deu tempo de tirar foto, mas os pastéis foram prá saudade e só me dei conta de que não havia tirado foto quando coloquei na boca a última mordida. Acho que nem preciso comentá-los, mas depois deles comecei a sentir vida novamente em meu corpo.
A chef, que é também a dona da casa, Guida Fernandes, veio a nossa mesa ajudar com os pedidos. Descreveu tão bem o Camarão Burle Marx (camarões ao creme com curry, pedacinhos de abacaxi caramelizados e arroz de amêndoas), que não pensei duas vezes. O Alexandre pediu Panela de carne seca desfiada, refogada no azeite com cebola e tomate, acompanhada de purê de mandioquinha, queijo coalho e banana frita. Minha mãe e o Carlos optaram por dividir o Arroz de caranguejo do Pará, que vem com batata palha em cima. Já a Nicolle ficou com o Escalope de filé mignon fatiado e grelhado ao molho de vinho madeira e purê de batata baroa. Enquanto esperávamos os pratos, pudemos reparar que além de o jardim ser bonito, o ambiente é bastante descontraído. Parece a casa daquela tia que mora um pouco longe, mas que é muito gostoso quando vamos visitá-la.
Os pratos chegaram. Meu camarão estava no ponto certo e o molho suave. Nem sou muito fã de arroz branco, mas com o molho estava gostoso. A carne seca do Alexandre estava super leve e o queijo coalho em cima deu um toque especial. O caranguejo do casal, segundo minha mãe, tinha caraguejo mesmo! Com um pimentinha caía muito bem. Só achei que a batata palha não fez grande efeito. A Nicolle raspou o prato e disse que foi o melhor filé que comeu na vida. Esqueceu até da distância.
Na hora da sobremesa, Carlos e Alexandre dividiram a Torta de cupuaçú com merengue quente, servido com uma bola de sorvete de creme. Diferente de qualquer outra versão de doce de cupuaçu que já haviam provado. Minha mãe também curtiu os Profiteroles dela.
Saimos de lá às quatro da tarde. Ainda sem trânsito, com o dia caminhando para o fim. Embora não sendo exatamento o que fora planejado, valeu a pena. Prova de que o inesperado, muitas vezes, pode ser bem interessante.
Serviço Jardineto Rua Luciano Gallet, 75 Vargem Grande www.jardineto.com.br (21)2428-1053 |
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