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 Sabe aqueles dias em que a gente acorda morrendo de vontade de comer as coisas mais estapafúrdias? Pois é, isso tem acontecido comigo com frequência. Na verdade, acho que é quase uma constância em minha vida.
Lembro-me de que quando era criança acordava com vontade de almoçar e não entendia porque tinha que tomar café da manhã antes do arroz com feijão. Recentemente li que fizeram uma experiência com bebês. Puseram vários deles juntos, na hora da refeição. Colocaram vasilhas com comidas diferentes. Em uma tinha feijão; na outra, cenoura; mais a frente, purê de inhame; e por aí foi. Notaram que uns provavam todas as comidas. Outros comiam apenas de um pote. Depois foram feitos exames que comprovaram deficiência da vitamina contida naquele pote entre os bebês que ficaram comendo a mesma comida.
Outra história muito interessante aconteceu com uma amiga minha. Durante a gravidez, ela sentiu uma vontade de comer a moringa que tinha em casa! Foi comendo pedacinho por pedacinho. Quando já tinha comido quase toda a tampa da moringa, achou melhor contar para o médico. Cheia de culpa e vergonha, ficou surpresa quando o médico disse que poderia deixar a moringa de lado; na verdade o que ela tinha era falta de ferro.
Seria tão bom se ouvíssemos o que o nosso corpo pede. Muitas vezes quando a gente come o que não está a fim, quase sempre não dá certo e nosso corpo reage mal. Tenho fases em que quero comer arroz, agrião, cenoura e feijão por cima. Recentemente, estava com a mania de querer comer sorbet todos os dias. Agora, tomo suco de tangerina pelo menos duas vezes ao dia. Quando estava escrevendo este texto, me deu uma vontade louca de tomar um copo. Ainda bem que o Alexandre estava passando pelo Big Polis e comprou um suco pra mim. Não estou dando conta de comprar tanta tangerina.
Devemos prestar mais atenção nas nossas vontades e desejos. E respeitar o que o nosso corpo pede. Para mim, comida serve não apenas como alimento, mas é uma forma de nos sentirmos vivos. |
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