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Quando abriu, o Degrau tinha outro nome. Chamava-se Progresso. Na porta, havia um degrau traiçoeiro, onde muita gente tropeçava. Tão famoso ficou o tal degrau, que acabou por mudar o nome do restaurante. Isso já tem bem meio século!

Pois não é que os atuais donos do Degrau resolveram abrir um boteco! Ao lado do restaurante, onde funcionava um açougue. E decidiram chamar o lugar de Tropeço. Mas, pelo menos que eu tenha notado (ou tropeçado), ali não há nenhum degrau traiçoeiro, esperando para derrubar os mais incautos!

Desde que abriu, o bar vive cheio. Hoje, no meio da tarde, calhou de estar vazio. Não nos fizemos de rogados. Aproveitei que estava com a minha máquina a tiracolo e entramos. Pedi uma Caipirinha de caju (R$9,50), com cachaça Nega Fulo. Um clássico. Pedi o cardápio, mesmo sem fome. Logo vi algo que me chamou atenção: Mandioca metida a besta (R$15,90). Cozida, passada na manteiga e com salsa. Leva parmesão, que pedi para vir separado. Estava uma delícia.

Depois, provei os Pastéis, uma das especialidades do Degrau. Um de queijo, simples e um outro de mussarela de búfalo com tomate (R$ 12,90). Estavam sequinhos, mas o recheio estava frio. Fiquei na dúvida se não fritaram o suficiente ou se o queijo era de má qualidade.

Descobrimos um drinque, o Caipilé (R$ 7). Nada mais é do que uma caipivodca com um picolé dentro. Muito refrescante. Dos que provamos, melhor foi o de frutas vermelhas com picolé de uva. Que delícia! O problema é que quando alguma coisa dá certo, nós nos permitimos ousar um pouco mais. E o Alexandre quis experimentar uma criação da casa, o mojito de uvas verdes (R$9,00). Péssima escolha. Não satisfeito, arriscou um mojito tradicional (R$11,50). É o tipo de drinque que parece super simples de se fazer. Mas não é. O barman titular da casa estava de folga. Não serve como desculpa, afinal, o padrão precisa ser mantido.

Mas não foi o único tropeço da tarde. Pedimos o Sirizinho nada egoísta (R$ 14,90). Eram duas casquinhas de siri, um tanto pesadas, e com menos siri do que o desejado. Menos mal que depois pedimos os Camarões boêmios (R$25,90). Eram camarões empanados, com um molho tipo maionese, que é até desnecessário, tão bons estavam os crustáceos! Divinos! Sequinhos, e no ponto certo!

Uma coisa bem legal deste boteco é o cardápio. Nomes criativos, descrições apetitosas dos pratos. Ambiente bom e serviço idem. Resumindo, tem tudo pra dar certo. Mas nem tente chegar nos horários de pico. Ou correrá o risco de tropeçar em uma fila de espera nada apetitosa!

Tropeço
Avenida Ataulfo de Paiva 517, A
Leblon
(21)2239-3121
www.bartropeco.com.br
 
Comentários
Rosângela Romanos
Representante Hannover Vinhos
Rio de Janeiro
RJ
29/01/2010 Querida Luciana

Realmente, o pessoal do Degrau está de parabéns pelo agradável ambiente que criaram para os botequeiros que, como eu, nesse verão do Rio 40º, adoram degustar um vinho branco com temperatura correta, acompanhado de petiscos deliciosos como os famosos pasteizinhos do Degrau.

Felicito-a por mais uma excelente reportagem e dica para os leitores do EnoEventos.

Beijos. Rosângela
Bruna Hodara
Vinhos do Mundo
Porto Alegre
RS
30/01/2010 Muito boa! Com certeza na próxima ida ao Rio, vou neste bar (até porque eu também já tropecei no degrau do Degrau!)

Tudo muito criativo, desde o nome do bar aos nomes doidos no cardápio! E nada mais carioca do que o tal Caipilé.... Como ninguém tinha pensado nisso antes?

Parabéns,
Bruna.
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]