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Como não é sempre que tenho o prazer de comer no restaurante Olympe, do Chef Claude Troisgros fiquei muito feliz com o convite da importadora Mistral. Mais ainda porque o almoço contou com a presença do enólogo português Luis Pato.

Cheguei cedo e logo me empanturrei com os Biscoitos de polvilho. Este é um dos poucos lugares em que dispenso o pão. Junto foi servido o Espumante Maria Gomes Brut (US$39,50). Delicado e fresco.

Quando chegaram os outros convidados, eu já havia comido sabe Deus lá quantos biscoitos. O filho de Claude, o também chef Thomas Troisgros veio nos dar boas vindas. Nos disse que seu pai estava em Fortaleza. Bastante simpático, nos desejou um bom almoço.

A entrada, só de ler no cardápio já me deixou com água na boca. Deu até medo. Mille feuille de palmito pupunha e foie gras com molho de jabuticaba. Servido com o Abafado Molecular Branco 2009 (US$57,50). Combinação perfeita. Saímos do óbvio. Não era um prato quente. O pupunha deu leveza ao foie gras e a jabuticaba acidez. O vinho, que também tem essas duas características, encaixou sem sobras. Literalmente. Ao final de cada prato, Thomas vinha até a mesa para perguntar se havíamos gostado.

Próximo prato: Risotto de bacalhau e brócolis trufado com arroz pipoca. Estava gostoso. O trufado era sutil. O arroz pipoca mostrava a assinatura do Claude. Tudo correto. Degustamos com dois vinhos, Vinha Pan 2005 (US$99,50) e Quinta do Popa Vinhas Velhas 2007 (US$119,50).

Continuamos com Canon de cordeiro em roupa de shitake e aipim rosti, escoltado pelo vinho Trepa 2007 (US$119,50). Cordeiro bastante macio, junto com o shitake, deu o tom. O aipim finalizou o prato com um toque crocante. O vinho, com bastante estrutura, foi muito bem.

O Fondant de chocolate e frutas vermelhas com crumble foi a sobremesa. Veio acompanhado pelo Abafado Molecular Tinto 2009 (US$57,50). Provei somente um pedacinho. Estava gostoso, mas preferi a combinação comida/vinho. Acho que não funcionou. A sobremesa estava doce demais para o vinho. E, também, depois de tanto biscoito de polvilho...

Restaurante Olympe
Rua Custódio Serrão, nº 62
Jardim Botânico - RJ
Tel: (21) 2539-4542

MISTRAL - RJ (Filial)
Praça Santos Dumont, 74
Gávea - RJ
Tel: (21) 3534-0044
 
Comentários
Enio Magalhães Freire
Físico
Goiânia
GO
04/04/2010 Parabéns pela reportagem, Luciana Plaas. Pelas fotos e pelas descrições parecia tudo muito bom.

Para nós, aqui do interioour deste nosso Brasilzão, ficamos particularmente contentes com as seguintes descrições:

a) Biscoito de Polvilho (Os da foto são fritos ou assados?). Lembram os biscoitos de polvilho, de alto indice de crocância, carinho e boas recordações, feitos por minha vó Maria Vilela dos Reis, na fazenda Sertão Grande, em Alpinópolis, nas montanhas das Minas Gerais. Alpínóplis reinvidica ser a terra origem do pão de queijo, mas há controvérsias.

b) Geléia de Jabuticaba - Aquí em Goiás, em Hidrolândia, existe a maior fazenda de jabuticaba do Brasil, com mais de 30.000 pés. Há árvores centenárias, cultivadas por gerações da mesma família Janine, onde fazem geléia e também fermentado (tipo vinho de uva) de jabuticaba, que vendem no Brasil todo e exportam. Fazem vinho de uvas também, mas só para a família. É importante dizer porque a jabuticaba é originária da Mata Atlântica e só existe no Brasil.

A família Troisgros valoriza também muito a jabuticaba, que além de saborosa é rica em flavonoides e combate os radicais livres.

Fico feliz de ver você, uma jovem formadora de opinião, divulgando tudo isto.

Grande abraço, boa páscoa pra Você e a todos os amigos do EnoEventos.
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]