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Há dez dias estou viajando pela França, com Alexandre, meu namorado. Começamos por Lyon. Cidade gostosa, fizemos tudo sem carro, só caminhando. Muito bom poder olhar paisagem diferente, rostos não familiares e principalmente experimentar tudo o que dá vontade de comer.

Sempre que viajo para um algum lugar que não conheço sinto gana de provar tudo daquela região. Em Lyon, comecei, pela salada lyonnaise. Aquela com alface crespa, bacon frito, croutons e ovo poché em cima. Quando bem feita, uma tentação. E aqui não foi difícil encontrar uma boa.

Depois saí em busca dos restaurantes chamados bouchon, outra coisa típica da cidade. Comida típica da região, pâtés variados, salsichas e porco em diferentes versões.

Domingo é o dia da feira ao longo do rio Saône. De um lado, artesanato, e do outro livros antigos e comidas. Me deliciei. Cogumelos, rabanetes, queijos, flores, frango assado, mais queijo. Quando você pensa que acabou, chegam elas, as ostras. Com mesinha do lado rio, com uma taça de viognier do vale do Rhône! Impossível resistir. Difícil não exagerar!

De sobremesa, depois que descobri o fromage blanc, nada mais ficou igual. É algo que fica entre o iogurte natural e o cream chesse, porém com uma textura de pudim. Uma gostosura. Pode ser servido com ou sem creme. Nem quis saber dos doces.

Por falar em queijo, outro que não falta em nenhum cardápio é o St. Marcellin. Redondo, não tão grande, cremoso, feito de leite de vaca. Está por toda parte.

Em Lyon fica o restaurante do chef Paul Bocuse, um dos grandes nomes da nouvelle cuisine. Ainda não fui lá. Mas ainda passo por Vienne, muito perto de Lyon. Então, quem sabe, consigo uma mesinha no restaurante do mestre? Se de fato eu for, prometo contar tudo aqui. Mas com ou sem uma ida ao restaurante de Bocuse, Lyon vale a visita.
 
Comentários
Marilei Piana Giordani
Arquiteta Urbana Especialista Patrimônio Cultural
Bento Gonçalves
RS
09/04/2010 Bonjour Luciana!

Sensacional!!!! Adorei suas dicas de Lyon! Veja que sempre buscamos o que é do lugar, com sua alma e identidade.

Au revoir!
Juan José Verdesio
ABS Brasília
Brasília
DF
09/04/2010 Ah! que inveja poder desfrutar destas delícias movidas a bilhóes de euros de subsídios agrícolas!!! Tudo isso existe graças a eles.

Tive a sorte, graças a outro subsídio estatal: Bolsa de estudos do CNPq, de morar em Grenoble a dezenas de kms onde se faz o Saint Marcelin du Vercors. E experimentar muitas coisas que só encontras no local, nem mesmo fora da região. Tem um queijo similar ao Saint Marcelin do mesmo lugar que é mais cremoso ainda e se come com colher. Eu acho ele o nectar dos deuses leiteiros: é o Saint Felicien. com um pouco de mel é para desmaiar de prazer.

Perto, na Savoie tem o Tomme que já não é de pasta mole e os de montanha duros como o Beaufort, o Comté que se parecem com o verdadeiro Gruyère da Suíça. Experimenta eles para sentir o cheiro dos prados alpinos.É verdade! A gente sente o cheiro de capim fresco. Eu gosto muito destes queijos mas por lembranças da infância de certos queijos que se faziam no Uruguay pelos imigrantes suíços de Nueva Helvecia, perto de Colonia.

Um outro pouco conhecido, mas também com aromas de pradarias e até de estábulo e frutas secas (avelãs) quando maduro, é o Saint Nectaire do Auvergne, perto de Clermont Ferrand no Centro da França. Se fores à Alsace experimenta o mais fedorento de todos os queijos: o Munster.

Se trouxeres alguns na mala tem que saber que é proibido trazer iguarias como estas. O que eu faço é fazer uma envoltório muito mas muito selado, de preferença com vácuo hermético e colocado dentro de uma caixa de perfumes ou algo assim. Assim pode ser evitada a tragédia de ver os queijos sendo jogados no lixo pelo fiscal da alfandega. Ainda não tem no Brasil detectores de materia orgânica como já tem no Uruguay e que já me fez chorar grandes lágrimas por perdas deste tipo. Que não foram jogadas no lixo mas consumidas pelos filhos da mãe dos fiscais.
Enio Magalhaes
Físico
Goiânia
GO
09/04/2010 Bom dia Luciana:

Boa a vossa descrição de Lyon. Por algumas vezes que fui prestar serviços em usinas de eletricidade na região de Lyon. Arrisco afirmar que a cozinha de Lyon (tradicional) está para a cozinha Francesa, assim como a cozinha Mineira (tradicional) está para a cozinha Brasileira. Mas se for em restaurantes tipo onde o Chefe é MCF = Maître Cuisinier de France, então pode haver outras comparações. Há alguns aí na região, excelentes. Visitei um deles, a convite da Indústria daí. Veja os endereços em www.maitrescuisiniersdefrance.com

Se puder, visite a pequena cité medievale de Pérouges, do período da invasão romana, totalmente preservada. Fica um pouco ao norte de Lyon, perto da Central Nuclear du Bugey. Em pérouges tem restaurante, museu, loja, etc.
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]