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Eleita em 2009 a companhia "líder mundial para a America do Sul" pela World Travel Awards, a TAP decola também em direção à liderança mundial em carta de vinhos.

Desde 28 de dezembro, os passageiros da TAP têm à sua disposição 15 novos rótulos selecionados por especialistas do quilate de João Paulo Martins. A notícia, muito boa para todos os 9 milhões de passageiros anuais da companhia, é ainda melhor para os brasileiros, pois a TAP é campeã na ligação entre Europa e Brasil. Nada menos que oito capitais brasileiras dispõem de vôos diretos para Lisboa: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador e São Paulo.

Os números desta operação impressionam. A TAP realiza cerca de 1.850 vôos por semana. O consumo de vinho estimado para 2010 é de expressivas 660 mil garrafas, o que faz com que os 71 aviões de sua frota mais pareçam restaurantes voadores. Fazendo as contas, cada aeronave serve em média mais de 9 mil garrafas de vinho ao ano, um consumo maior que o da maioria dos restaurantes do planeta.

Para lançar a novidade, a TAP promoveu um almoço para a imprensa em Lisboa. O local escolhido foi onde melhor se come na cidade, a Tasca da Esquina, nova casa do chef-consultor da empresa, Vítor Sobral. Estavam lá comigo, além da direção da TAP e de jornalistas portugueses (entre outros Maria João de Almeida, Luís Antunes, David Lopes Ramos e João Paulo Martins), os colegas brasileiros Jorge Carrara (Folha de São Paulo), Alexandre Lalas (Jornal do Brasil), Luciana Lancelotti (Bistrô Pimenta) e a cantora Natalia Malo.

Provamos juntos os 15 vinhos da nova carta, harmonizados com delícias preparadas pelo chef Vítor, como uma saborosa rabada (veja foto). Segundo Luís Mor, Administrador Executivo da TAP, a nova carta representa "um salto qualitativo, que nos coloca, acredito, como os melhores em termos de carta de vinhos ao nível de empresas aéreas".

A nova carta faz parte de um trabalho desenvolvido pelo consultor Edward Couto, que trabalhou muitos anos para a VARIG. Edward, amigo de longa data, me confidenciou as dificuldades de se elaborar uma carta de vinhos nos velhos tempos. "Foi um escândalo quando, na época, Danio Braga e eu tiramos o clássico Châteauneuf-du-Pape da carta da VARIG e colocamos vinhos do novo mundo". A ousadia valeu a pena, pois logo depois a carta de vinhos da VARIG viria a ser reconhecida através de prêmios internacionais.

Para a elaboração da atual carta da TAP foram provados 400 vinhos, levando-se em conta, além da qualidade, o volume de produção e, naturalmente, o preço. Em relação à carta anterior - de 9 rótulos - foram suprimidos um vinho rosé e um porto branco, ambos muito bons mas, segundo Edward, pouco consumidos pelos passageiros. Em contrapartida, a nova carta ganhou mais um espumante, um tinto e dois brancos. Convenhamos: é um luxo, voando a 10 mil metros de altura poder escolher dentre nada menos que 15 rótulos de qualidade!
 
Os vinhos
Abaixo segue a nova lista de vinhos. Destaco nos espumantes o Luís Pato Bruto, nos brancos o Paulo Laureano Reserve, nos tintos o Churchill Estate, além do Porto Churchill´s Tawny 10 anos.
Classe executiva
Espumantes
Quinta de Cabriz Bruto Branco- Dão
Luís Pato Bruto - Bairrada

Brancos
Vallado - Douro
Vinha de Defesa, Herdade do Esporão - Alenteno
Paulo Laureano Reserve - Alentejo
Vinha Grande - Casa Ferreirinha - Douro

Tintos
Quinta do Côtto - Douro
Monte da Cal Reserva - Alentejo
Churchill Estate - Douro
Casa de Santar Reserva - Dão

Porto
Churchill´s Tawny 10 anos
Classe econômica
Versátil (tinto e branco) - Alentejo
Quinta dos Grilos (tinto e branco) - Dão
Comentários
Claudia Maria de Holanda Rocha
Jornalista
Rio de Janeiro
RJ
04/01/2010 Adorei saber disso. Mas pena que a variedade de vinhos entre a classe executiva e a econômica seja tão gritante. Nenhum espumante para os que vão na econômica chega a ser maldade...
Reginaldo Schiavini
Designer
Bento Gonçalves
RS
04/01/2010 Recentemente voei com a TAP e na ocasião comentei com enólogos portugueses a baixa qualidade dos vinhos servidos na classe econômica. Comentei que isto era uma péssima propaganda dos vinhos portugueses. Agora lendo este artigo, percebo que algo deve ter mudado, entretanto concordo com a Cláudia na abissal diferença de qualidade entre as classes.

Sobre o espumante poderia ser servido um da Cave Raposeras que tive a oportunidade de conhecer e aprovar. Quem sabe um bom vinho da Herdade dos Grous do Alentejo? Fica aí uma sugestão.
Marcelo Copello
Colunista
Rio de Janeiro
RJ
05/01/2010 Cláudia e Reginaldo,

Nesta hora, o preço do vinho e o volume da produção pesam muito, pois os volumes de compra são elevados, como escrevi na matéria. Vinhos mais caros e produção pequena, como o Herdade dos Grous, do meu amigo enólogo Luís Duarte, infelizmente acabam ficando de fora. Acho a nova carta da TAP um grande avanço e um exemplo para as concorrentes.
Antonio Dourado
Engenheiro
Rio de Janeiro
RJ
09/01/2010 Ótimas informações. Mas faltou a carta da 1a Classe!
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]