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Planeta à parte no universo de Baco, os rosados são pouco conhecidos, subestimados e subexplorados na eno-gastronomia. Para redimir-nos deste pecado sacrifiquei-me voluntariamente realizando a (até prova em contrário) maior prova de rosés já realizada no Brasil. Avaliei às cegas nada menos que 93 vinhos de 12 países. A elaboração deste grande panorama me tomou quase 2 meses de trabalho.

As provas, sempre às cegas, foram realizadas em 7 etapas:

  • Chile (18 vinhos)
  • Argentina (15), Austrália(2), África do Sul(1) e Nova Zelândia(1)
  • Espanha (8 vinhos)
  • Portugal (11 vinhos)
  • Itália(10), Líbano(1) e Grécia(1)
  • França (menos Provence, 14 vinhos)
  • Provence(11 vinhos)

    Hoje apresento o resultado da prova de 37 caldos do Novo Mundo.

    Antes do resultado, alguns comentários. Quando pela primeira vez tentei fazer uma matéria sobre vinhos rosados em 2001, desisti no meio do caminho. Eram poucos os rótulos disponíveis, a preços salgados, as vezes mal conservados ou de safras antigas. Hoje tudo mudou. Os preços são convidativos, as safras quase sempre recentes e a oferta bastante variada.

    Estamos vivendo uma onda rosa? Temos todas as condições para que os rosados caiam na "boca do povo", mas acho que estes ainda não decolaram. Mas por quê? Vejamos:

  • Existe uma "má fama" histórica e errônea dos roses. Isso leva anos para ser mudado.
  • Um novo gosto requer tempo para se tornar habitual.
  • Faltam ícones ao universo do rosé, como nos brancos é o Le Montrachet, e nos tintos são o Pétrus e o Le Romanée-Conti, por exemplo. É fato que não há nenhum rosado no nível destes brancos e tintos citados.

    Nada disso tira, entretanto, a qualidade e o prazer de degustar um bom rosado, que pode ser melhor que as opções de brancos e tintos no mesmo preço, além de melhor opção para harmonização.

    Se os rosados raramente são profundos, complexos e longevos, a maioria dos tintos e brancos também não é! Encontrei nesta prova muitos vinhos deliciosos a preços ótimos, adequados a diversas ocasiões e pratos.

    Vejam abaixo o resultado da 1ª parte da prova, com vinhos da Argentina, Chile, Austrália, África do Sul e Nova Zelândia.

    Guardarei os comentários gerais e conclusões para semana que vem, junto com o resultado dos rosados do velho mundo.
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    Destaques
    Melhores do Chile
  • Los Vascos Cabernet Rosé 2007
  • Cherub Rosé of Syrah 2008
  • Viu Manent Malbec Rosé 2009
  • Melhor da Argentina
  • Andeluna Malbec Rosé 2009
  • Melhores compras até R$ 29
  • Anakena Cabernet Sauvignon Rosé 2008
  • Melipal Malbec Rosé 2008
  • Melhores compras até R$ 39
  • Los Vascos Cabernet Rosé 2007
  • Andeluna Malbec Rosé 2009
  • Relação dos vinhos degustados
    Descrição dos vinhos
    Los Vascos Cabernet Rosé 2007
    Los Vascos
    Colchagua-Chile
    Aurora, R$ 34,90
    Elaborado com Cabernet Sauvignon 85%, 10% Syrah e 5% Malbec, com 13% de álcool e açúcar residual de 2,8g/l. Linda cor salmão, claro e brilhante. Aroma fresco e elegante, boa intensidade, frutas frescas, framboesa, groselha, floral. Paladar leve, seco e elegante, boa acidez, equilibrado e com boa persistência, belo conjunto, simples e encantador. Chile com estilo francês, leve equilibrado e elegante, um dos melhores rosados do Chile
    Nota 86 pontos
    Cherub Rosé of Syrah 2008
    Montes
    Colchagua-Chile
    Mistral, US$ 27,50
    Cor cereja intensa, brilhante. Aroma de bom ataque, muito fresco, com toque herbáceo típico chileno (pirazina), mentolado, floral de rosas, frutas vermelhas frescas groselhas e cerejas, depois de algum tempo mostrou um elegante e distinto toque mineral. Paladar leve com bom equilíbrio doçura-frescor, 13,5% de álcool, longo. Delicioso
    Nota 86 pontos
    Andeluna Malbec Rosé 2009
    Andeluna Cellars
    Mendoza-Argentina
    World Wine, R$ 33
    Cor cereja intensa, brilhante. Aroma de bom ataque com foco nas frutas maduras, bem definidas, framboesa madura, cerejas, ameixa, floral de violetas. Paladar encorpado para um rose, sente-se os taninos, o toque de doçura e o álcool (14,4%). Um belo rose, quase tinto, para pratos mais estruturados. Delatou-se como sendo Malbec na prova às cegas, ou seja, tem uma tipicidade bem evidente. Foi o melhor no estilo mais encorpado
    Nota 86 pontos
    Viu Manent Malbec Rosé 2009
    Viu Manent
    Colchagua-Chile
    Hannover, R$ 32,50
    Cor entre de rosa e cereja, intensa e brilhante, muito bonita. No nariz percebe-se que é chileno a metros de distância, pelo intenso toque herbáceo (pirazina) típico de alguns vinhos chilenos. Aroma de bom ataque e frescor, frutas vermelhas frescas e limpas, morango, cereja, toque floral. Paladar leve e fresco, muito bem equilibrado, com 13,5% de álcool, toque de doçura bem equilibrada no fim de boca, média persistência, delicioso rose bem típico do Novo Mundo
    Nota 86 pontos
    Enchanteur Grenache Rosé 2006
    The Colonial Estate
    Barossa-Austrália
    Grand Cru, R$ 84
    Cor entre cereja e salmão, claro e brilhante. Aroma muito elegante, de frutas frescas e doces, bem delineadas, toque de especiarias. Paladar leve e macio, 14% de álcool, com acidez correta, muito bem equilibrado, delicioso. Um rosado com finesse que acima do esperado de um australiano e ainda com um bom frescor (para um 2006).
    Nota 85 pontos
    La Playa Rosé 2008
    Viña La Playa
    Colchagua-Chile
    MM Vinhos, R$ 35
    Linda cor de pêssego, clara. Aroma não tão expressivo e frutado como os congêneres do Novo Mundo, mas delicado e elegante, com florais e especiarias. Paladar muito leve, apesar dos 13,6% de álcool, macio, elegante e fresco, remete aos vinhos na Provence em seu perfil, excelente. Um dos destaques do Chile
    Nota 85 pontos
    Anakena Cabernet Sauvignon Rosé 2008
    Rapel-Chile
    Porto Leblon, R$ 29
    Linda cor brilhante, com tons entre cereja e salmão. Aroma intenso, fresco, frutas vermelhas bem delineadas, cereja, framboesa, boa elegância. Paladar leve, equilibrado por boa maciez-acidez, média persistência, doçura aparece no fim de boca. Belo conjunto, delicioso
    Nota 85 pontos
    Melipal Malbec Rosé 2008
    Bodega Melipal
    Mendoza-Argentina
    Wine Company, R$ 29
    100% Malbec. Cor de casca de cebola, quase vermelha. Aroma inicialmente fechado foi se abrindo e mostrando frutas bem maduras, bem no estilo novo mundo, morangos, framboesa, com flores maceradas. Paladar de médio corpo, com 13% de álcool, um rose com um pouco mais de extração, com doçura aparente e acidez correta em segundo plano
    Nota 84 pontos
    Rosa de Argentina 2008
    Belasco de Baquedano
    Mendoza-Argentina
    Obra Prima, R$ 23,90
    Cor de cereja brilhante. Aroma de médio-bom ataque, fruta, frescor, toque mineral elegante, não muito expressivo ou definido, mas elegante. Paladar leve, bem equilibrado, com 13% de álcool, tem classe
    Nota 84 pontos
    Reserva Shiraz Rosé 2008
    Caliterra
    Colchagua-Chile
    Decanter, R$ 41,80
    Cor de cereja intensa. Aroma intenso focado nas frutas maduras bem definidas, tutti frutti. Paladar leve, fresco, com 13% de álcool, boa acidez firme e longo. Bem equilibrado, uma delícia
    Nota 84 pontos
    Antuco Carmenère Rosé 2007
    Cremaschi Barriga
    Maule-Chile
    Porto Mediterrâneo, R$ 41
    Linda cor de pêssego, clara e brilhante, com reflexos cor de tangerina. Aroma delicado e elegante, frutas cristalizas, florais, frescor de ervas discreto. Paladar muito leve, macio, pouco persistente, fim de boca adocicado, poderia ter uma melhor acidez, mesmo assim é muito agradável. Estilo que remete aos rosados provençais
    Nota 84 pontos
    Rosé 2008
    Avondale
    Paarl-África do Sul
    Vinhos do Mundo, R$ 39,90
    85% Muscat de Frontignon e 15% Mourvedre e 3,4g/l de açúcar residual. Linda cor muito clara, pêssego. Aroma de bom ataque, perfumado e adocicado, com frutas cristalizadas, pêssego, goiaba, rosas. Paladar muito macio, com 13,5% de álcool e baixa acidez , longo e agradável, perfil diferente, entre novo e velho mundo
    Nota 84 pontos
    Cefiro Reserva Syrah Rosé 2009
    Viña Casablanca
    Vale de Rapel-Chile
    Casa Flora, R$ 27
    Bela cor rosa choque, brilhante. Aroma de muito frescor, com herbáceo (pirazina) típico chileno, fácil de identificar ás cegas, boa fruta, vermelhas frescas, como cerejas e framboesas, floral de violetas, toque de conservante (So2) no nariz. Paladar leve e macio, com 13,5% de álcool, equilibrado, maciez domina o fim de boca, mostrando boa fruta. Muito bom, mas com a restrição aos que não gostam do toque herbáceo
    Nota 84 pontos
    Blanc de Pinot Noir 2006
    Gibson Valley Wines
    Central Otago-Nova Zelândia
    Vinci, US$ 64,50
    Linda cor entre salmão e casca de cebola brilhante e clara com reflexos alaranjados. Este vinho está na transição entre ótimo frescor e o lado maduro de frutas cristalizadas, pêssego. Paladar com equilíbrio pendendo para a maciez dos 14,8% de álcool e certa doçura aparente, integrada ao perfil geral, dando cremosidade ao conjunto
    Nota 83 pontos
    Indomita Cabernet-Merlot Rosé 2008
    Viña Indomita
    Maipo-Chile
    Barrinhas, R$ 13,90
    Com cereja, com reflexos casca de cebola. Aroma de bom ataque com frescor mentolado, frutas maduras, framboesas. Paladar leve com toque de doçura, 14% de álcool, acidez moderada (poderia ser mais fresco e vívido). Residual aparece, média persistência. Agradável
    Nota 83 pontos
    Carpe Diem Rosé 2008
    Vinos del Sur
    Maule-Chile
    Casa do Porto, R$ 37
    Cor cereja intenso e brilhante. Aroma focado nas frutas vermelhas, um tutti fruti, com frescor mentolado e toques de rosas. Paladar leve e macio, com equilíbrio pendendo para maciez alcoólica (13,2%) e de açúcar residual, acidez moderada, gostoso
    Nota 83 pontos
    Santa Digna Rosé 2008
    Miguel Torres
    Curicó-Chile
    Reloco, R$ 45
    Cor de cereja intensa. Aroma intenso, frescor de eucalipto, morangos frescos. Paladar leve, macio, doçura bem aparente, 14% de álcool, bom conjunto, delicioso
    Nota 83 pontos
    Postales del Fin del Mundo 2009
    Bodega del Fin del Mundo
    Patagônia-Argentina
    Mr. Man, R$ 29
    Cor de cereja intenso. Aroma de bom ataque, com fruta intensa, bem madura, ameixas, amoras, conservante (SO2) aparece um pouco no início. Paladar de leve a médio corpo, sente-se uma ponta de taninos, maciez do álcool (13,6%) e de um toque de açúcar residual aparecem, é quente no palato, com final macio, estilo mais encorpado de rose
    Nota 83 pontos
    Tomero Malbec Rosé 2008
    Tomero Wines
    Mendoza-Argentina
    Domno do Brasil, R$ 47
    Cor de cereja intenso, Aroma frutado de médio ataque, frutas vermelhas frescas, medianamente definidas. Paladar leve e macio, 12,6% de álcool, com toque de residual, equilíbrio tende a maciez, álcool aparece
    Nota 82 pontos
    Sunrise Merlot Rosé 2008
    Concha y Toro
    Vale Central-Chile
    Concha y Toro, R$ 26
    Linda cor cereja clara e brilhante. Aroma de médio ataque, fresco, delicado, elegante, frutas vermelhas frescas, framboesa, groselha. Paladar leve, 12,5% de álcool, boa acidez, longo e fresco, com eleve amargor (agradável) no fim de boca, simples mas muito agradável, boa surpresa
    Nota 82 pontos
    Mil Piedras 2007
    Benvenuto de la Serna
    Mendoza-Argentina
    Premium, R$ 31,50
    Linda cor cereja clara e brilhante. Aroma de bom ataque, tutti frutti e rosas, Paladar leve e macio, 13% de álcool, bom equilíbrio, não nega o estilo Novo Mundo, simples e gostoso
    Nota 82 pontos
    Aliwen Reserva Rosé 2008
    Undurraga
    Colchagua-Chile
    Mr. Man, R$ 39
    Cor de cereja claro, brilhante. Aroma intenso, tem fruta e frescor, mas falta um pouco de elegância e definição. Paladar leve, macio, 12,9% de álcool, com doçura discreta, muito bom, melhor na boca que no nariz
    Nota 82 pontos
    Casillero del Diablo Shiraz Rosé 2007
    Concha y Toro
    Vale Central-Chile
    Concha y Toro, R$ 30
    Cor cereja mais carregado, Aroma de boa intensidade de fruta, bem madura, frescor herbáceo, violetas, com toque de conservante (SO2) no início. Paladar de leve e a médio corpo (encorpado para um rose), doçura e álcool (13,5%) aparecem um pouco, toque de amargor no fim de boca
    Nota 81 pontos
    Shiraz/Carmenère Rose 2008
    Casa Silva
    Colchagua-Chile
    Vinhos do Mundo, R$ 49,90
    60% Syrah, 35% Carmenère e 5% Sauvignon Gris. Cor cereja intensa com reflexos casca de cebola. Aroma intenso mentolado (pirazina), frutas vermelhas, rosas. Paladar de leve a médio corpo, com 14,5% de álcool, doçura aparente (4,4g/l), acidez moderada, faltou um pouco de frescor
    Nota 81 pontos
    Palo Alto Reserva 2008
    Viña Palo Alto
    Maule-Chile
    Expand, R$ 29,90
    Linda cor cereja clara e brilhante. Aroma delicado, floral, servido a 14oC foi se abrindo a medida que foi chegando aos 17ºC, mostrando mais fruta. Paladar leve, 13% de álcool, com boa acidez, poderia ter um pouco mais de estrutura e maciez. Simples e agradável
    Nota 81 pontos
    Familia Gascón Malbec Rosé 2009
    Bodegas Escorihuela Gascón
    Mendoza-Argentina
    Grand Cru, R$ 29
    Bela cor cereja, intenso. Aroma frutado. Paladar macio, toque de doçura, 13,8% de álcool, bem simples, mas sem restas ou defeitos
    Nota 80 pontos
    Comentários
    Credídio Rosa
    Enófilo
    15/02/2010 NENHUM nacional ???????????????
    Erika Moraes
    Enófila
    Lausanne
    Suíça
    15/02/2010 Mal posso ver a hora dos vinhos de Provence. :-)
    Ignacio Carrau
    Embaixador dos vinhos uruguaios
    Rio de Janeiro
    RJ
    15/02/2010 Parabéns, Marcelo, como sempre as suas matérias não tem desperdício ....

    Eu tenho certeza de que os roses, quando bem elaborados e com uvas de qualidade, sao ideais para o Brasil em geral e para o Rio de Janeiro e regioes quentes em particular ...

    As nossas vinícolas no Uruguai produzem e vendem no mercado interno 50% de vinhos roses todos eles jovens e da safra do ano... Isso tambem explica porque o Uruguai tem um consumo per capita tão alto que o coloca entre os 10 maiores do mundo. No Brasil muitos bebedores de cerveja certamente que depois de provar e aprovar substituiriam muitas vezes a famosa loira por otimos vinhos jovens e frescos que ajudam e muito na harmonizaçao e no acompanhamento da maioria dos pratos .... Só que em funçao dos preconceitos ainda existentes no Brasil quase nenhum é exportado para ca .... ja que o consumo ainda e muito baixo ....

    Lembro que nos anos 70 e começo dos 80 o nosso pai Don Juan Carrau Pujol lançou o Chateau Lacave Rose, num estilo parecido com o famoso Matheus Rose de Portugal e o mesmo foi por quase 20 anos um Campeão de vendas, representando 40% do total de garrafas vendidas no Castelo ....

    Grande abraço e tenho certeza de que em mais 5 ou 10 anos o mercado brasileiro vai redescobrir esse tipo de vinho que casa com a maioria dos pratos e pode se beber sozinho como se fosse um branco ou um espumante ....

    Ignacio Carrau
    Lilian Seldin
    Representante Vinci
    Rio de Janeiro
    RJ
    15/02/2010 Marcelo,

    Primeiro meus parabéns pela linda iniciativa. Só fiquei triste que não encontrei nenhum vinho da Vinci nessa mega degustação.

    Bjs
    Roberto di Tullio
    Porto Leblon
    Rio de Janeiro
    RJ
    15/02/2010 Olha o Anakena de novo!!! É muito bom trabalhar com produtos do tipo BBB!!!
    Flavio Marani
    Cirurgião-dentista e enófilo
    Santos
    SP
    15/02/2010 Caro Marcelo,

    Parabéns mais uma vez pelo belo trabalho realizado. Tenho há algum tempo me dedicado aos rosados e em minha humilde avaliação um grande vinho que, acredito eu, deve ter entrado em sua avaliação é o Quinta da Lagoalva (Mistral). Me corrija se for necessário...

    Grande Abraço
    Juan Jose Verdesio
    ABS Brasília
    Brasília
    DF
    15/02/2010 Ignacio Carrau,

    Já nos encontramos uma ou duas vezes no Uruguay. A minha pergunta á a seguinte:

  • a) O Uruguay é o país que mais vende vinho rosé no mundo (na proporção com outros vinho do mercado interno)
  • B) Alguns deles são de excelente qualidade
  • c) porque não exporta vinhos rosés de qualidade sobretudo para o Brasil onde poderia ter um mercado gigantesco (também na proporção com o mercado interno)?

    Nada contra o Tannat. Adoro, mas certamente surgirão concorrentes fora do Uruguay (até no Portugal se não fosse proibido). Se é feito um fantástico Tannat na fronteira do Brasil (não cito marca, mas você sabe qual é), porque não poderia ser feito do outro lado da fronteira?

    Acho que Uruguay pode e já produz vinhos excelentes que poderiam ser "vendidos" fora da marca Tannat, com uma marca que seja uruguaia e não varietal. Tem excelentes Sauvignon blanc, vinhos de corte formidáveis de fazer a inveja a muitos chilenos famosos, alguns terroirs excepcionais como os solos de conchas marinhas, as serras de Lavalleja e Rocha e até um Albarinho que pode concorrer com muitos ibéricos. Não citei nenhuma marca para não ferir sucetibilidades, inclusive os da sua marca.

    Por quê não vender no exterior a marca Uruguay e não a varietal Tannat?

    De meu ponto de vista, os melhores Carmenères do Chile que já experimentei são cortes e não mono varietais. Acho que o Chile tem o mesmo dilema que o Uruguay. Também a Argentina deveria defender como "vinho argentino" a Torrontes.

    O que você acha destes delírios de Carnaval?

    [email protected]
  • Marcelo Copello
    Colunista
    Rio de Janeiro
    RJ
    16/02/2010 Lilian, acho que vc não deve ter reparado, mas há um vinho da Vinci na lista, o Blanc de Pinot Noir, da Nova Zelândia. E terei mais 2 da Vinci (da Grécia e da França), na "Parte-2".

    Flávio, o Quinta da Lagoalva infelizmente não entrou, mesmo provando quase 100 rosés (feito inédito no Brasil), não consegui incluir todos os vinhos disponíveis.

    Obrigado a todos e até 2a com mais rosés! Na próxima parte incluo a descrição dos vinhos.

    Abraços,
    Marcelo Copello.
    Carlos Stoever
    Enófilo
    Santa Maria
    RS
    17/02/2010 Grande degustação! O Rosé da Montes é fantástico - tendo sido considerado por uma publicação australiana (o nome me foge no momento) como o Montes Alpha Rose!

    Como sugestão, sugiro o BOUZA TEMPRANILLO ROSE! Uruguaio de respeito e de qualidade superior - como todos da bodega!

    Abraço!
    Carlos Stoever
    Paulo Tabarelli
    Enófilo
    São Paulo
    SP
    17/02/2010 Marcelo, excelente matéria. Eu concordo que a má fama dos Roses está sendo enterrada aos poucos, dos melhores da Argentina e Chile eu concordo 100% com voce, aliás os Roses que eu mais aprecio são de uvas Shiraz, Cabernet, Pinot Noir e Malbec, exatamente nesta ordem. Lógico, não levando em conta os da Provence que ficarei aguardando a sua próxima reportagem dos Roses do Velho Mundo.

    PS: Marcelo, estivemos juntos naquela degustação no Laurent em SP em 2005, onde o Lirio levou os Bordeaux 2000 para serem degustados, além do Chateau D'Yquem 1990 e o melhor branco de Bordeaux, um Chateau Haut-Brion. Trabalhamos juntos na IBM. Abraços
    Bruna Cristofoli
    Enóloga
    Bento Gonçalves
    RS
    17/02/2010 Que tal os Rosés nacionais?! Como não tem nenhum?!
    Luiz Augusto de Azevedo Marques
    Empresário
    Rio de Janeiro
    RJ
    18/02/2010 Marcelo

    Parabéns pela iniciativa. Gostei muito e aprendi muito mesmo.
    Marcelo Copello
    Colunista
    Rio de Janeiro
    RJ
    18/02/2010 Caro Carlos, obrigado! O Bouza é mesmo bom, mas infelizmente ficou de fora, pois já tinha 3 vinhos da Decanter.

    Paulo, este jantar do Laurent foi inesquecível! Um honra para mim ter apresentado aqueles vinhos para aquela platéia classe AAA, trabalhando com um chef do 1º time. Lembro que até sobrou bastante vinho, Latour 2000, Pavie 2000, Yquem 1990 etc. Tanto que eu trouxe uma garrafa aberta de Yquem 1990 para beber no Rio no dia seguinte. Fantástico! Mantenha contato!

    Bruna, os nacionais merecem atenção especial e entrarão em uma outra matéria, daqui a uns 2 meses.

    Abraços a todos!
    Marcelo
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]