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Para alguns vinhos muito especiais o tempo parece não passar. Dez anos, 20 anos, 120 anos... Qual será o limite? Impossível dizer. Só a abertura de cada garrafa dará o veredito final. E qual o gosto de um vinho de 120 anos? Isso sim eu posso relatar. Vejam adiante.

Antes de viajar no tempo falemos de algo importante. Portugal acaba de lançar-se em bloco no mercado internacional. Em uma press conference em Lisboa no dia 10 de fevereiro, foi apresentada a marca "Wines of Portugal" (leiam todos os detalhes em www.winesofportugal.info). A qualidade do vinho português mudou e vem mudando (para melhor) faz tempo e uma ação como esta já se fazia necessária. Com a presença do ministro da agricultura, António Serrano, jornalistas de vários países e a nata do vinho português, o evento me deixou uma ótima impressão. Tenho a certeza de que Portugal está no caminho certo para o reconhecimento internacional em maior escala.

Como parte deste lançamento o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) realizou a degustação "Dois Séculos de Vinho Português". O evento aconteceu na manhã do mesmo dia na sede do IVV em Lisboa e contou com a presença de 23 degustadores. Veja a lista no final da matéria.

Esta inesquecível prova contou com nada menos de 45 rótulos de safras de 1890 a 1993. Ou seja, caldos com idade entre 17 e 120 anos! De cada vinhos dispúnhamos de 3 ou 4 garrafas (algumas magnums) e como sempre acontece neste tipo de prova, havia grande diferença entre cada garrafa. Algumas infelizmente estavam com problemas e outras chegavam ao sublime. A altíssima qualidade e longevidade de boa parte dos vinhos foi surpreendente. Uma prova inesquecível, com vários vinhos de classe internacional, capazes de enfrentar os melhores vinhos do mundo. Nem precisei pegar o avião de volta ao Brasil, vim flutuando...

Vou comentar os que mais me agradaram e informo ao final a lista completa destas maravilhas:
 
Flight 1: Brancos
Dão Branco 1971 (Produtor CEVD Nelas): Maravilhoso desde o primeiro contato! Palha claro com reflexos dourados, sem demonstrar evolução na cor. Aroma intenso e fresco, mineral, anis, aneto, jovial, floral. Paladar muito seco, acidez crocante, grande vinho. O melhor deste flight. Provei este vinho a cerca de 2 anos e na ocasião ele foi batido pelo 1964. Hoje reinou. Nota 94 pontos

Dão Branco 1980 (Produtor CEVD Nelas): Palha claro com reflexos levemente dourados, sem sinais da idade que tem. Com aromas de querosene, florais e mel. Paladar muito seco, acidez crocante, com agradável toque de oxidação no fim de boca, delicado e elegantíssimo. Nota 91 pontos

Dão Branco 1992 (Produtor CEVD Nelas): Cor palha dourado clara, muito sã e brilhante. Mais floral que os anteriores e mais evoluído, com aromas de mel e amêndoas. Paladar macio, boa acidez, menos vivo que o 80 e o 71, leve macio e delicado. Tem bom corpo, é muito equilibrado e elegante, longo, com leve toque de amargor no fim de boca. Nota 91 pontos
Flight 2: Tintos
Tinto Velho José Rosado Fernandes 1945: Este vinho de 65 anos de idade parecia meio morto na cor, marrom escuro com reflexos âmbar, com muito depósito. O nariz estava totalmente etéreo e muito complexo, mostrando ervas maceradas, toques animais de couro, cana-de-açúcar. Abriu-se muito ao longo da prova. Paladar macio, de pouca acidez, estava perfeito, um veludo, muito fino, longo. Sublime. Nota 93 pontos

Dão Touriga Nacional 1963 (CEVD Nelas): Maravilha! Elaborado com 100% de Touriga Nacional. Este foi o vinho que mais me impressionou neste flight. Cor escura e densa em tons granada alaranjado. Aroma potente e dando a impressão de ainda ter evolução pela frente, complexo ainda com fruta nesta idade! Mostrando couro, ameixas maduras, especiarias, pelica, chocolate amargo. Paladar encorpado vivíssimo, taninos ainda presentes, fim de boca seco e sério, com ótima acidez. O que impressionou foi ver que este exemplar tem um caráter jovial e moderno (boa fruta, madura), com meio de boca largo, taninos secos, finos, firmes, longo. Provei este vinho a cerca de 2 anos e continua melhorando. Nota 96 pontos

Dão tinto 1970 (CEVD Nelas): Marrom-âmbar fechado, totalmente etéreo, com aroma complexo, com toque de gás de cozinha, bem mais envelhecido que o 1963. Paladar com taninos ainda presentes, macio, já um pouco curto. Depois de algum tempo mostrou um toque de ervas, mentol. Paladar seco, bons taninos, finos, longo. Nota 91 pontos
Flight 3: Tintos
Dão tinto 1971 (CEVD Nelas): Marrom âmbar. Mais mineral que os outros, com finesse surpreendente, delicadamente etéreo taninos finos presentes, longo, perfeito. Nota 92 pontos

Mouchão 1974: Marrom âmbar. Deliciosamente complexo, com couro, chocolate, especiarias, totalmente etéreo. Paladar volumoso, no estilo mantido pelo Mouchão até hoje, com meio de boca poderoso, longo, mostrando ervas maceradas, café, estragão, funcho. Um vinho imponente, espetacular! Provei este mesmo vinho ano passado no Brasil e esta garrafa de hoje estava ainda melhor. Nota 96 pontos

Caves São João Frei João 1980 MAGNUM: Marrom etéreo. Ervas maceradas, couro, pelica, muito expressivo, aberto. Paladar equilibrado, seco, longo, ótima surpresa (eu nunca havia provado este vinho). Nota 92 pontos
Flight 4: Tintos
Quinta do Côtto Grande Escolha 1982: Cor escura e densa, granada alaranjada. Parece mais novo na cor. Aroma ainda com frescor, sério, complexo. Paladar austero, quase duro, seco , taninos finos, bem presentes, maravilhoso, seu estilo remete a Bordeaux. Tem um toque quase bruto, ainda jovem e precisando de tempo de garrafa, evolui mais 10 anos tranquilamente. Fantástico! Nota 95 pontos

Mouchão 1984: Marrom âmbar escuro. Menos expressivo que o 74, mas com o mesmo caráter marcante da Alicante Bouschet. Mostra, couro chocolate, café, taninos estruturados, sérios e ainda bem presentes. Perfeito. Nota 94 pontos

Quinta do Côtto Grande Escolha 1985: Cor escura, em tons de granada alaranjado. Aroma mais fino, seco e mineral que o 1982, com muita fruta madura, chocolate, especiarias, musgo. Paladar seco, sério, profundo, mais fechado e mais elegante que o 1982. Ainda deve evoluir muito. Nota 96 ponto

Ferreirinha Reserva Especial 1986: Cor ainda jovem, escura, em tons de granada. Aroma ainda fechado, com ameixa seca, baunilha, madeira. Paladar compacto e profundo, de grande estrutura, onde a fruta aparece bem, taninos finos, longo, ainda jovem, vai evoluir muito. Nota 94 pontos
Flight 5: Tintos
Quinta do Carmo 1988: Granada com os primeiros reflexos alaranjados, demonstrando estar no início de sua vida madura. Mineral, chocolate, ameixa seca. Gordo na boca, com paladar volumoso, complexidade apenas na boca, boa profundidade. Lembra um Mouchão em seu melhor. Um grande vinho em sua plenitude. Saudades destes Quinta do Carmo com Alicante Bouschet... Nota 94 pontos

Niepoort Robustus 1990: Eu havia provado este vinho na véspera desta degustação e minha impressão foi confirmada. Escuro na cor, na transição entre rubi e granada. Aroma intenso de grande complexidade, com fruta doce na transição para aromas etéreos. Um vinho impressionante, monumental e multidimensional, pois tem uma estrutura e profundidade impressionante. Possui um toque de rusticidade no nariz e na boca que não tira sua grandiosidade. Ainda deve evoluir muito e eu quero estar lá para acompanhar o crescimento desta criança, que pode me chamar de "tio"! Nota 95 pontos
Flight 6: Vinhos do Porto Vintage
Taylor's Vintage 1970:Granada com reflexos alaranjados. Aroma intenso, frutas maduras, frutas secas, violetas, cacau amargo. Paladar de grande estrutura, taninos poderosos e muito finos, meio-doce e macio, muito equilibrado. Longo e austero, um monstro. O que impressiona neste vinho é sua estrutura e o equilíbrio geral, tudo nele está bem proporcionado e bem integrado. Em um ótimo momento dos 40 anos de idade, perfeito, arrebatador. Como diríamos aqui no Brasil, é "tudo de bom". Nota 98 pontos

Niepoort Vintage 1970:Em relação ao outro 1970 é mais claro e evoluído na cor, mais elegante e menos estruturado. Bastante etéreo com medicinais, especiarias, floral elegante, frutas secas. Paladar meio doce, longo, muito bem equilibrado, maravilhoso! Nota 94 pontos

Ramos Pinto Vintage 1983 MAGNUM: Cor escuro, granada com os primeiros reflexos alaranjados. Aroma intenso e jovial, de muita fruta, ameixa, esteva, alcaçuz, musgo, fresco bem delineado. Paladar estruturado e elegante, macio, doçura muito bem integrada, taninos finíssimo, muito equilibrado. A garrafa magnum ajuda muito e sua evolução parece bem mais lenta, ainda jovem, mas já delicioso. Grande vinho. Nota 96 pontos

Fonseca Vintage 1985: Escuro, granada sem reflexos, um pouco fechado, aparentemente hibernando. Doçura bem pronunciada, aroma sem bloco, etéreo, fruta doce bem delineada, especiarias, encorpado, longo. Eu o guardaria no mínimo mais 5 anos, senão 10, antes de começar a consumir. Nota 94 pontos
Flight 7: Vinho do Porto Colheita
Barros Colheita 1941 (engarrafado em 2010): Cor âmbar dourado, claro e brilhante. Aroma medicinal intenso, bastante evoluído, dando sinais de cansaço. O paladar é melhor que o nariz, equilibrado, oleoso, maravilhoso, boa, com uma impressionante concentração. Nota 88 pontos

Niepoort Colheita 1957 (engarafado em 1977): Âmbar com reflexos dourados, claro e brilhante. Aromas de amêndoas, mel, laranja confit. Paladar doce, muito equilibrado, elegante, longo, muito persistente. Nota 92 pontos

Wiese & Krohn Colheita 1968 (engarafado em 2010): Âmbar quase marrom, com aromas de melaço, castanhas em calda, "marrom glacê", complexo, etéreo. Paladar bastante doce, grande persistência, eu só gostaria de um pouco mais de frescor. Nota 91 pontos

Poças Colheita 1976(engarafado em 2009): Âmbar dourado, claro brilhante. Aroma delicado e elegante. Na boca é um carinho, untuoso, longo, gruda na boca, bastante doce. O mais elegante e equilibrados dos colheitas desta prova. Nota 95 pontos
Flight 8: Branco

Grandjó 1925 Real Companhia Velha: Lindamente dourado, muito vívido e límpido, com reflexos âmbar, aromas de mel, com toque agradável e discreto de oxidação, que lhe dá complexidade, lembrando um jerez, mesmo aos 85 anos de idade ainda mostrava fruta madura, manga, abacaxi em calda, geléia de damasco, paladar perfeito, abriu-se muito ao longo da prova, bem presente no meio de boca, e muito longo, espetacular! Talvez alguns se perguntem por que um vinho branco seco foi servido após os vinhos do Porto. Pois digo que este branquinho iria destruir os portos se colocado antes... Nota 97 pontos.
Flight 9: Moscatel de Setúbal
Alambre 20 Anos José Maria da Fonseca: Amarelo âmbar carregado. Nariz potente e de grande elegância, lembrando nozes, casca de laranja, frutas cristalizadas, mel e um leve toque de ervas aromáticas. Paladar doce e macio, untuoso, quase licoroso, gruda na boca em longa persistência. Nota 93 pontos
Flight 10: Vinho da Madeira
D'Oliveiras Verdelho 1890: Marrom escuro, âmbar. No nariz é uma explosão, muito intenso e muito etéreo, lembrando melaço, caramelo, iodo. Na boca é muito denso, concentrado, cremoso, doce (mas não muito), com toque medicinais, leve toque de amargor no fim de boca, extremamente longo. É sempre emocionante provar vinhos do ano de meu nascimento, risos... Nota 96 pontos

Blandy's Bual 1920: Âmbar claro, dourado. Aroma elegante, delicado, etéreo, laranja, mel, certo ranso resinoso, bastante iodo, maresia. Paladar meio doce, onde o perfil aromático aparece com mais expressão, extremamente longo, gruda na boca, perfeito. Chamou mais a atenção que o 1890, por sua qualidade e por sua tipicidade como vinho da Ilha da Medeira. Uma obra de arte de 90 anos de idade. Nota 98 pontos

HM Borges Bual 1977: Âmbar dourado claro. Aroma etéreo, medicinal, iodo discreto. O perfil geral muito parecido com o outro Bual (1920), paladar meio doce, oleoso, extremamente longo. Aroma muito elegante complexo, com toque de álcool aparecendo no nariz, Grande expressão da Ilha da Madeira. Perfeito. Nota 94 pontos
Lista completa dos vinhos provados
Flight 1 (Brancos)
1 - CEVD (Nelas) Branco 1964
2 - CEVD (Nelas) Branco 1971
3 - CEVD (Nelas) Branco 1980
4 - Fundação Eugénio de Almeida Cartuxa Branco 1987
5 - Quinta das Bágeiras Branco 1989
6 - CEVD (Nelas) 1992

Flight 2 (Tintos)
1 - Tinto Velho José Rosado Fernandes 1945
2 - Quinta da Falorca 1963
3 - CEVD (Nelas) 1963
4 - CEVD (Nelas) 1963 Touriga Nacional
5 - Caves São João Frei João 1966
6 - CEVD (Nelas) 1970

Flight 3 (Tintos)
1 - CEVD (Nelas) 1971
2 - Reserva 1971 ACB - Rótulo de Cortiça
3 - Mouchão 1974
4 - Sogrape Dão Pipas 1975
5 - Caves São João Frei João 1980
6 - Reserva 1982 ACB - Rótulo de Cortiça

Flight 4 (Tintos)
1 - Quinta do Côtto Grande Escolha 1982
2 - Mouchão 1984
3 - Tinto da Ânfora 1985
4 - Quinta do Côtto Grande Escolha 1985
5 - Ferreirinha Reserva Especial 1986
6 - Quinta das Bágeiras 1987

Flight 5 (Tintos)
1 - Quinta do Carmo 1988
2 - Niepoort Robustus 1990

Flight 6 (Vinho do Porto Vintage)
1 - Taylor's Vintage 1970
2 - Niepoort Vintage 1970
3 - Ferreira Vintage 1978
4 - Ramos Pinto Vintage 1983
5 - Fonseca Vintage 1985

Flight 7 (Vinho do Porto Colheita)
1 - Barros Colheita 1941
2 - Niepoort Colheita 1957
3 - Wiese & Krohn Colheita 1968
4 - Poças Colheita 1976
5 - Dalva Colheita 1985

Flight 8 (Branco)
1 - Real Companhia Velha Grandjó 1925

Flight 9 (Moscatel de Setúbal)
1 - Alambre 20 Anos
2 - JMS Moscatél de Setúbal Superior 1993
3 - Tiagos Moscatél de Setúbal Superior 1993

Flight 10 (Vinho da Madeira)
1 - D'Oliveiras VERDELHO 1890
2 - Blandy's Bual 1920
3 - Justinos Verdelho 1954
4 - Henriques & Henriques Terrantez 1976
5 - HMBorges Bual 1977
Degustadores
01. Tom Marthinsen - Noruega
02. Charles Metcalfe - Inglaterra
03. Kathryn Mcwhirter - Inglaterra
04. Marcelo Copello - Brasil
05. Stephan Reinhardt - Alemanha
06. João Paulo Martins - Revista de Vinhos
07. Fernando Melo - Revista Wine
08. Maria João de Almeida - www.mariajoaodealmeida.com
09. Rui Falcão - Revista Wine
10. Dirk Niepoort - Niepoort
11. Álvaro Castro - Quinta da Pellada
12. Nuno Gonçalves
13. David Guimaraens - Grupo Fladgate Partneship
14. Domingos Soares Franco - José Maria da Fonseca
15. Vasco Penha Garcia - Bacalhôa
16. Mário Sérgio - Quinta das Bágeiras
17. Márcio Ferreira - Viniportugal
18. Bento Amaral - IVDP
19. José Mateus Ginó - Fundação Eugénio de Almeida
20. Óscar Gato - Adega Cooperativa de Borba
21. Paulo Pinto - IVDP
22. Rui Reguinga - Rui Reguinga Enologia
23. José Teles - Niepoort

Marcelo Copello ([email protected])
www.mardevinho.com.br
Comentários
Humberto Heidrich
Sommelier e juiz internacional de vinhos
Canela
RS
08/03/2010 Oi Marcelo, que maravilha uma degustação destas para poucos.

Fico feliz em ver estes vinhos ficarem tão velhos ,e estarem em condições tenho muitas destas marcas por aqui emvelhecendo e estava com medo de perde-los agora me deixa mais tranquilo em saber que são longevos mesmo.

Siga trazendo cultura para nós, saúde!

Fraterno Abraço
Humberto Heidrich
Tito Villar
Médico
Rio de Janeiro
RJ
08/03/2010 Caro Marcelo;

Portugal realmente tem estas peculiares: vinhos de grande guarda. E os preços lá não são nenhuma fortuna.

Fiquei feliz de o Cave São João ter sido bem avaliado, degustei um reserva particular 1963 e 1964, vinho de apenas 12% alc, bem equilibrado. Acho dificl encontrar nos dias de hoje.

Para quem gosta de vinhos antigos e de guarda, site em portugal é www.garrafeiranacional.com.pt De uma olhada tem coisas de 200 anos. Além da loja, um museu para visitação.

Abçs, Tito
Fernando Mello
Economista/enófilo
Rio de Janeiro
RJ
08/03/2010 Excelente relato Marcelo!

A vontade é quase imediata de querer estar presente num evento desses e degustar estas preciosidades. Caso exista a possibilidade, tente postar algumas fotos das garrafas para matar a curiosidade...

Saudações;
Fernando Mello
João Montarroyos
Mestre equitador
Rio de Janeiro
RJ
08/03/2010 Que coisa mais fantástica, se eu estivesse por lá; mas um privilégio desses só mesmo para "autoridades vinháticas".

Parabéns ao felizardo, competência não se discute!
Juarez de Azevedo Leite Junior
Arquiteto e enõfilo
Volta Redonda
RJ
09/03/2010 ADOREI A MATÉRIA. É O SONHO DE TODO APAIXONADO PELO MUNDO DE BACO PASSAR POR UMA SONHADA DEGUSTAÇAO DESSAS.

PARABENS!!
Mauro Raja Gabaglia
Enõfilo
Rio de Janeiro
RJ
09/03/2010 Marcelo, que degustação histórica você participou, parabéns!

O que mais me impressionou foi o Grandjó 1925, um branco seco, estar perfeito ainda... Acho que nem um Montrachet duraria tanto!
Marcelo Copello
Colunista
Rio de Janeiro
RJ
12/03/2010 Caros, obrigado a todos, Portugal é realmente um manacial de vinhos de longa guarda. Semana passada provei uma horizontal de Portos, Madeira, Moscatéis de 1910 (100 anos) e estavam impecáveis.

Tito: Por acaso jantei com o dono da Garrafeira Nacional e ele trouxe um Moscatel onde já não se conseguia ler a safra (presumida como 1930) e estava de não dever nada a nenhum Yquem (mesmo!).

Fernando, a foto no início da matéria mostra todas as garrafas. Tenho poucas fotos, eu estava concentrado em degustar.

Mauro, o Grandjó 1925 é uma raridade, era de um vinhedo de Sémillon que foi arrancado faz tempo, infelizmente.

Abraços a todos!
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]