"LF""LF""LF""LF""LF"
Matérias relacionadas
Colunistas
 
Há quinze anos acompanho de perto a evolução do vinho brasileiro. Desde 2001 organizo provas sistemáticas, às cegas, de seus vinhos de destaque. Vou repetir mais uma vez meu refrão: "o vinho brasileiro melhora a cada ano", complementando que a melhora é lenta, que a qualidade é uma estrada de quilômetros em que percorremos centímetros a cada safra.

Gradualmente, a indústria nacional progride. A cada grande prova como esta, surgem boas surpresas, novos produtores com vinhos interessantes e novos rótulos de produtores já com prestígio. Há também o outro lado da moeda: produtores que pararam no tempo, e ano a ano cometem os mesmos erros, que vou comentar abaixo.

Como tenho feito todos os anos, avalio tintos no inverno e espumantes no fim do ano. Os brancos, rosados, doces e fortificados a meu ver ainda não formam massa crítica suficiente para justificar este trabalho.

Este ano provei 80 tintos brasileiros, de 34 produtores. Até onde sei, esta é a MAIOR PROVA DE TINTOS BRASILEIROS já realizada individualmente por um crítico isento. A prova só não foi maior porque limitei em apenas uma amostra de cada produtor em cada uma das 4 categorias que defini (abaixo). Todas as vinícolas que consegui contatar foram convidadas a participar. As amostras ficaram divididas em:

  • Cabernet sauvignon - 21 amostras
  • Merlot - 16 amostras
  • Varietais de outras castas - 22 amostras
  • Cortes - 21 amostras

    Hoje publico o resultado das provas de cabernet sauvignon e varietais de outras castas. Nas outras castas, como recebi 3 pinot noir e 5 tannat, acabei por fazer uma classificação separada destes. Semana que vem divulgo como foram os merlots e os cortes. Antes das notas, algumas conclusões:

    1. Provas mais extensas de vinhos semelhantes (mesmas castas, país/região) são sempre cansativas e difíceis pois os vinhos tendem a se parecer. Por outro lado, só provando desta maneira é possível obter visão comparativa e perspectiva do atual estágio de qualidade e do potencial do vinho brasileiro.

    2. Tive um número elevado de amostras com algum tipo de defeito (cerca de 15%), com vários casos de Brettanomyces ou Brett (um tipo de levedura que causa desagradáveis aromas animais, normalmente descritos como cheiro de estábulo ou suor de cavalo), causada possivelmente por uso de barris de madeira sem a higiene adequada. Os casos muito graves de Bret me levaram a desclassificar o vinho, em outros mais brandos apenas comentei "toque animais" nos aromas.

    3. Ainda falando dos problemas gerais mais comuns que encontrei, que são os mesmos há anos, listo a seguir (lembrando que estes problemas não se aplicam aos bons vinhos e sim aos maus):

  • Falta de estrutura em muitos vinhos
  • Perda precoce de cor, com vinhos jovens já com cor de evolução, com tons granada e alaranjado
  • Falta de fruta, com aromas de evolução em vinhos ainda jovens
  • Mau uso da madeira (não apenas pelo Brett), excesso de madeira em vinhos sem a estrutura necessária e madeira de má qualidade.
  • Taninos rústicos e verdes, o que denota problemas de maturação das uvas.
  • Excesso de conservante (dióxido de enxofre ou anidrido sulfuroso, que dá aromas de enxofre). Este problema acontece em alguns tintos embora seja mais frequente nos espumantes.

    Dos nossos bons vinhos posso dizer que são gastronômicos, com boa acidez, sem excessos de álcool, com taninos secos e finos, fruta fresca e limpa. Como sempre digo, nossa vocação em tintos está muito mais para o estilo Bordeaux do que para os fruit bombs de Mendoza ou Maipo.
  •  
    Destaques
    Melhor Cabernet Sauvignon
  • Miolo Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2006

    Melhor Pinot Noir
  • Miolo RAR Collezione Pinot Noir 2009

    Melhor Tannat
  • Cordilheira de Sant´ana Tannat 2004
  • Pizzato Reserva Tannat 2005

    Melhores de "Outras Castas"
  • Rio Sol Winemaker´s Selection Touriga Nacional 2008
  • Arinarnoa Single Vineyard 2006, Casa Valduga
  • Ancellotta Gran Reserva 2007, Don Guerino

    Melhores Novidades
  • Rio Sol Winemaker´s Selection Touriga Nacional 2008
  • Don Abel Premium Cabernet Sauvignon 2005

    Melhores Compras (abaixo de R$ 50)
  • Rio Sol Winemaker´s Selection Touriga Nacional 2008 (R$ 34)
  • Cordilheira de Sant´ana Tannat 2004 (R$ 45)
  • Miolo RAR Collezione Pinot Noir 2009 (R$ 45)
  • Miolo Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2006 (R$ 45)
  • Pizzato Reserva Tannat 2005 (R$ 38)
  • Don Abel Premium Cabernet Sauvignon 2005 (R$ 34,90)
  • Sanjo Maestrale Cabernet Sauvignon 2005 (R$ 48)
  • Angheben Barbera 2007 (R$ 35,50)
  • Cabernet Sauvignon
    (*) preços no varejo informados pelas vinícolas/representantes

    Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2006, Miolo, Fronteira-RS, Brasil (R$ 45)
    Cor rubi escura com reflexos violáceos. Aroma de bom ataque e bom frescor, fruta doce, passas, especiarias doces, alcaçuz, chocolate, toque mineral terroso, boa elegância. Paladar de médio-bom corpo, 13,5% de álcool, bons taninos. Moderno, frutado, bem elaborado, bom equilíbrio e elegância gerais. Nota: 86 Pontos

    Premium Cabernet Sauvignon 2005, Don Abel, Casca-RS-Brasil (R$ 34,90)
    Cor rubi escuro com tons violáceos na transição para granada. Aroma de bom ataque, bom frescor, boa fruta madura e fresca, cassis, ameixa, lácteo, vegetal, especiarias doces, baunilha, cravo. Paladar de médio-bom corpo, 14% de álcool, taninos finos, doces, boa acidez, elegante, estilo fresco e moderno, focado na fruta. Nota: 85 Pontos

    Maestrale Cabernet Sauvignon 2005, Sanjo, São Joaquim-SC-Brasil (R$ 48)
    Cor rubi escuro violáceo. Aroma de bom ataque, bom frescor, limpo, de fruta negra doce, mentol. Paladar de médio-bom corpo, 13,2% de álcool, taninos doces, bom equilíbrio geral, final macio, Muito bom. Nota: 84 Pontos

    Villa Lobos Cabernet Sauvignon 2006, Casa Valduga, Vale dos Vinhedos-Brasil (R$ 100)
    Cor rubi escuro reflexos violáceos. Aroma de bom ataque , com boa concentração de fruta doce, baunilha. Paladar de médio-bom corpo, 13% de álcool, cai um pouco no meio boca. Moderno, bem elaborado, bom equilíbrio e elegância gerais. Nota: 84 Pontos

    Cabernet Sauvignon 2008, Quinta da Neve, São Joaquim-SC-Brasil (Decanter, R$ 39,60)
    Cor rubi entre claro e escuro, com reflexos violáceos. Aroma de bom ataque, toque vegetal herbáceo, frutas negras frescas, especiarias doces, baunilha e alcaçuz. Paladar seco, de médio corpo, 13% de álcool, taninos finos e ainda presentes, ótima acidez. Nitidamente um Cabernet de região fria, com mais frescor e elegância que corpo. Bom equilíbrio e elegância. Nota: 84 Pontos

    Cabernet Sauvignon Reserva 2004, Fabian, Nova Pádua-RS-Brasil (R$ 41,50)
    Cor Granada escuro reflexos transição para alaranjado. Aroma intenso e de boa complexidade, com madeira na frente, vegetal herbáceo típico da casta, musgo, animal (couro), fruta madura, toque lácteo, álcool aparece um pouco no nariz. Paladar de bom corpo, 13,8% de álcool, entra bem na boca mas cai um pouco no "meio de boca", falta um pouco de estrutura, taninos finos, bom equilíbrio geral, toque de amargor no fim de boca. Estilo tradicional e rústico. Pronto, já com toques de evolução, mas com 2-4 anos de guarda pela frente. Nota: 83 Pontos

    Cabernet Sauvignon 2000, Maximo Boschi, Serra Gaúcha-Brasil (Confraria Carioca, R$ 49)
    Cor granada entre claro e escuro com reflexos alaranjados. Aroma de médio ataque já com bastante evolução, etéreo, bastante madeira, couro coco, passas, toque animal. Paladar seco, de médio corpo, taninos secos, 12,8% de álcool, estilo tradicional, sem fruta nem maciez, mas faz um estilo. Nota: 83 Pontos

    Reserva Cabernet Sauvignon 2006, Don Laurindo, Vale dos Vinhedos-Brasil (Eivin, R$ 40,52)
    Cor rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma de médio ataque, pouco definido mas limpo, com vegetal herbáceo, frutas negras, especiarias doces. Paladar de bom corpo, 13% de álcool, taninos rústicos e presentes, boa acidez. Na boca é expressivo mas falta elegância. Nota: 83 Pontos

    Cabernet Sauvignon Via 1986 2005, Viapiana, Flores da Cunha-Brasil (Tilintar, R$ 70)
    Cor granada entre claro e escuro sem reflexos. Aroma de bom ataque e boa complexidade, com madeira bem presente, couro, fruta passa, cacau amargo, frescor de menta, especiarias picantes. Paladar macio, 14% de álcool, de bom corpo, taninos doces, persistência cai e falta um pouco de frescor em boca. Nota: 83 Pontos

    Reserva Cabernet Sauvignon 2008, Cooperativa Aurora, Bento Gonçalves-Brasil (R$ 24)
    Cor entre rubi entre claro e escuro com reflexos violáceos. Aroma de bom ataque com bom frescor, boa expressão de fruta madura doce, cassis, vegetal herbáceo, alcaçuz, baunilha. Paladar de médio corpo, 12,5% de álcool, taninos presentes, limpo e com bom final. Nota: 82 Pontos

    Rio Sol Winemaker´s Selection Cabernet Sauvignon 2008, Vitivícola Santa Maria, Vale do São Francisco-Brasil (R$ 34)
    Cor rubi escura na transição para granada. Aroma de bom ataque, frutas maduras, cozidas, madeira e toques vegetais herbáceos, tostados, café. Paladar de médio-bom corpo, 13% de álcool, taninos presentes. É expressivo, mas falta um pouco de estrutura para a madeira que tem. Nota: 82 Pontos

    Cabernet Sauvignon Reserva 2004, Vallontano, Vale dos Vinhedos-Brasil (Mistral, R$ 59,90)
    Cor rubi entre claro e escuro com reflexos granada. Aroma de médio ataque, com vegetal herbáceo, frutas frescas, especiarias, canela, baunilha. Paladar leve, 13,8% de álcool, taninos secos, simples e gastronômico. Nota: 82 Pontos

    Cabernet Sauvignon 2007, Suzin, São Joaquim-SC-Brasil (Tilintar, R$ 45)
    Cor rubi escura na transição para granada. Aroma de bom ataque com bom frescor, toques vegetais herbáceos na frente, frutas negras maduras, cassis, toque animal de suor. Paladar seco, de médio corpo, 14% de álcool, taninos secos, falta estrutura e cai muito no meio de boca. Nota: 81 Pontos

    Volpi Cabernet Sauvignon 2007, Salton, Bento Gonçalves-Brasil (R$ 30)
    Cor rubi escuro reflexos violáceos. Aroma intenso, com frutas maduras e madeira, coco queimado, toque vegetal herbáceo, passas, tostados, café. Paladar seco, de leve a médio corpo, 13% de álcool, cai um pouco no meio de boca. Nota: 80 Pontos

    Cabernet Sauvignon 2007, Villaggio Grando, SC-Brasil (Eivin, R$ 47,20)
    Cor granada escuro. Aroma fruta doce cozida, baunilha, madeira, coco queimado. Paladar magro, 13,6% de álcool, fim de boca com toque de amargor. Provei este vinho ano passado e a meu ver não evoluiu bem. Nota: 80 Pontos

    Variété Cabernet Sauvignon 2005, Maison Dachery, Serra Gaúcha-Brasil (Tilintar, R$ 47)
    Cor rubi entre claro e escuro na transição para granada sem reflexos. Aroma de pouco ataque, etéreo, fruta cozida, especiarias picantes, animal, com toque de Brettanomyces. Paladar seco e macio, taninos flácidos e baixa acidez, 13% de álcool, toque animal de suor no fim de boca. Nota: 78 Pontos
    Pinot Noir
    (*) preços no varejo informados pelas vinícolas/representantes

    RAR Collezione Pinot Noir 2009, Miolo, Campos de Cima da Serra-RS-Brasil (R$ 45)
    Cor rubi intenso entre claro e escuro com reflexos violáceos. Aroma de médio-bom ataque, focado nas frutas maduras, bem amalgamadas com madeira de boa qualidade, cereja madura, groselha, tostados, baunilha, alcaçuz. Paladar leve e fresco, 13,5% de álcool, taninos finos, boa acidez, média persistência, elegante e equilibrado. Nota: 86 pontos

    Pinot Noir 2008, Quinta da Neve, São Joaquim-SC-Brasil (R$ 63)
    Cor vermelho rubi claro com reflexos granada. Aroma intenso de frutas vermelhas doces, cerejas e morangos. Paladar leve e fresco, taninos finos, 12,2% de álcool, boa acidez, falta um pouco de concentração de fruta e meio de boca. Com boa elegância e boa tipicidade da casta. Nota: 84 pontos

    Pinot Noir Pericó 2010 (ainda sem preço)
    Cor vermelho rubi claro com reflexos violáceos. Aroma intenso de frutas vermelhas ácidas, framboesas e morangos (o conservante aparece um pouco, o que é normal em um vinho recém engarrafado, da safra 2010). Paladar leve e fresco, taninos finos, secos, com acidez bem pronunciada, pouco meio de boca, pouca estrutura, boa elegância. Ainda muito novo precisa de tempo de garrafa para se integrar melhor. Nota: 80 pontos
    Tannat
    (*) preços no varejo informados pelas vinícolas/representantes

    Tannat 2004, Cordilheira de Sant´ana, Campanha Gaúcha-Brasil (R$ 45)
    Rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma intenso e de bom frescor, denso e fechado, bastante madeira americana aparecendo, coco, baunilha, tostados, especiarias, frutas negras maduras, chocolate, alcaçuz. Paladar encorpado, estruturado por bons taninos, secos e sérios, 13,8% de álcool, boa acidez. Continua muito bom e com a madeira sobrando um pouco. Nota: 87 pontos

    Reserva Tannat 2005, Pizzato, Vale dos Vinhedos-Brasil (R$ 38)
    Rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma de bom frescor, denso e fechado, frutas negras maduras limpas e bem definidas, alcaçuz, toque lácteo, toque herbáceo verde. Paladar de bom corpo, taninos doces, firmes e presentes, 13,3% de álcool, boa acidez. Nota: 86 pontos

    Tannat Reserva 2007, Vallontano, Vale dos Vinhedos-Brasil (R$ 37,90)
    Rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma de bom frescor, frutas negras frescas, toque herbáceo, tostados, café. Paladar de bom corpo, bons taninos, ainda presentes, , 13,4% de álcool, boa acidez, gastronômico. Nota: 83 pontos

    Reserva Tannat 2006, Don Laurindo, Serra Gaúcha-Brasil (R$ 47,18)
    Vermelho granada escuro. Aroma de bom ataque, toques lácteos e de evolução, com couro, passas, leve herbáceo. Paladar de bom corpo, 13% de álcool, taninos um pouco verdes, cai no fim de boca. Estilo tradicional e rústico. Nota: 82 pontos

    Variété Tannat 2005, Maison Dachery, Farroupilha-Brasil (R$ 67)
    Vermelho rubi escuro com reflexos granada. Aroma com toque animal de Brettanomyces, frutas secas, passas, especiarias. Paladar de médio corpo, 14% de álcool, taninos presentes, couro, fim de boca aparece o toque de Brett. Sem nota
    Outras castas
    (*) preços no varejo informados pelas vinícolas/representantes

    Rio Sol Winemaker´s Selection Touriga Nacional, 2008, Vitivínicola Santa Maria, Vale do São Francisco-Brasil (R$ 34)
    Cor rubi escura com reflexos violáceos. Aroma intenso de fruta madura e madeira, ameixa, alcaçuz, madeira de boa qualidade aparece bem integrada, baunilha, tostados, floral de violetas. Paladar de bom corpo, 13% de álcool, boa acidez e frescor, taninos secos e finos, belo equilíbrio gastronômico. É um vinho muito bom, com tipicidade da casta, equilíbrio e elegância. Nota: 87 pontos

    Arinarnoa Single Vineyard 2006, Casa Valduga, Vale dos Vinhedos-Brasil (R$ 58)
    Rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma concentrado, fechado, baunilha, alcaçuz, frutas negras, tostados, madeira. Paladar de bom corpo, com boa extração, taninos finos e presentes com 14% de álcool, boa acidez, cai um pouco no fim de boca. Diferente, concentrado e gastronômico, bom vinho. Nota: 86 pontos

    Gran Reserva Ancellotta 2007, Don Guerino, Serra Gaucha-RS (R$ 59)
    Rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma de boa fruta, negra e madura, especiarias doces, baunilha, alcaçuz, tostados. Paladar de bom corpo, taninos finos, secos, boa acidez, 13% de álcool, boa persistência. Provei este vinho ano passado, continua muito bom, embora eu o tenha preferido mais novo. Nota: 86 pontos

    Michelli Sangiovese 2005, Villa Francioni, São Joaquim-SC-Brasil (R$ 198)
    Rubi escuro com reflexos granada. Aroma de médio ataque, ainda fechado, com muita madeira nova, de boa qualidade, bom frescor, fruta negra madura, especiarias. Paladar de bom corpo, com boa extração, 14% de álcool, taninos presentes. Bom vinho, mas dominado pela madeira. Nota: 85 pontos

    Barbera 2007, Angheben, Encruzinhada do Sul-Brasil (R$ 35,50)
    Cor granada entre claro e escuro. Aroma de pouco ataque, elegante, com toque de evolução, fruta seca, ácida, toques animais de carne, especiarias picantes. Paladar de médio corpo, taninos secos, boa acidez, finos, 13% de álcool, falta um pouco de estrutura e fruta, é elegante e gastronômico. Nota: 84 pontos

    Cabernet Franc X 2005, Valmarino, Pinto Bandeira-RS-Brasil (R$ 45)
    Cor entre rubi escuro com reflexos granada. Aroma de ótimo frescor, fruta madura e madeira bem integradas, com uma pontas de sulfuroso e herbáceos que comprometem a limpeza aromática. Paladar de bom corpo, entra bem na boca, mas depois cai um pouco no meio e fim de boca, com 14% de álcool, taninos doces e finos, falta fruta e frescor. NO geral é muito bom, um vinho muito promissor que precisa apenas de um polimento. Nota: 83 pontos

    Tempranillo 2008, Laurentia, Vale dos Vinhedos-Brasil (R$ 39,90)
    Cor granada escura com reflexos rubi. Aroma de bom ataque, com madeira na frente (um pouco excessiva), fruta doce, geléias, muita baunilha, tostados, cravo, alcaçuz. Paladar de bom corpo, taninos ainda presentes, doces, 13% de álcool. Nota: 83 pontos

    Teroldego 2006, Milantino, Vale dos Vinhedos-Brasil (R$ 35)
    Vermelho granada escuro. Aroma de fruta negra madura, toques lácteos, geléias, passas, alcaçuz, baunilha. Paladar de médio-bom corpo, 12% de álcool, taninos finos e doces mas um pouco flácidos, falta um pouco de estrutura e fruta.Provei este mesmo vinho ano passado e a impressão é que decaiu e já sente e a idade. Nota: 82 pontos

    Pequenas Partilhas Cabernet Franc 2008, Cooperativa Aurora, Bento Gonçalves-Brasil (R$ 36)
    Cor rubi escura com reflexos violáceos. Aroma de médio ataque e bom frescor, fruta doce e madeira, alcaçuz, baunilha, cereja negra, ameixa. Paladar de médio-bom corpo, taninos secos e finos, 13% de álcool, cai no meio de boca por falta de estrutura. Tem elegância e frescor, gastronômico. Nota: 82 pontos

    Montepulciano 2007, Panizzon, Serra Gaúcha-Brasil (R$ 22,60)
    Rubi escuro com reflexos granada. Aroma de fruta negra ácida, algo queimado, não muito limpo nem elegante. Entra bem na boca mas depois cai, falta estrutura no meio de boca, 12,5% de álcool, curto com toque de amargor e animal no fim de boca. Simples e rústico. Nota: 77 pontos

    Semana que vem vejam, os merlots e os cortes!
     
    Comentários  
    João Montarroyos
    Mestre equitador
    Rio de Janeiro
    RJ
    07/09/2010 Marcelo, agora sim, com essa pesquisa posso, tranquilamente, escolher um tinto nacional, sem me arrepender depois. Parabéns, vc. me salvou de um estresse daqueles...

    Abração!!!
     
    Naldo Farias
    Pós/Vinho e Cultura-Candido
    Rio de Janeiro
    RJ
    07/09/2010 Companheiro Marcelo,

    Há muito tempo não bebo tinto nacional... Com esse trabalho, vc me leva a fazer... Espero que a sua pesquisa esteja certa... Vou seguir a sua orientação..

    Abçs
     
    Elson Bernardes de Oliveira
    Enófilo
    Santo André
    SP
    07/09/2010 Quanta surpresa agradável nessa matéria. Assim o vinho nacional fica mais conhecido e mais presente em nosso dia-a-dia.

    Muito bom Marcelo!
     
    Antonio C M Martins
    Representante comercial
    Rio de Janeiro
    RJ
    08/09/2010 Caro Marcelo e demais leitores

    O citado Cabernet Sauvignon da "Don Miguel" encontra-se à venda na "Emporio Millevini" (Ipanema) por 24,50 (pessoa fisica).

    Parabéns pela iniciativa!

    Antonio Carlos Martins
     
    Eduardo Machado Araujo
    Sommelier
    Florianópolis
    SC
    08/09/2010 Marcelo, excelente trabalho, precisamos mais desse tipo de enfoque no vinho nacional que melhorou significativamente nesses anos.

    Como me deparo diariamente, mtos enófilos falam "há muito tempo deixei, ou não tomo vinho nacional" e eu respondo " então parou na hora errada, na hora de uma boa evolução."

    E realizando degustações, principalmente às cegas, reparo um ponto de vista diferente, uma aceitação maior.

    E observando as suas escolhas (já li em seu site a parte II) vejo que temos um gosto parecido hehe, pois o Villa Francioni e o Quinta do Seival CS ja foram vencedores de mais de uma degustação às cegas que realizei aqui.

    Saude!
     
    Marcelo Copello
    Colunista
    Rio de Janeiro
    RJ
    10/09/2010 Fico sempre feliz quanto há muitos comentários!

    João, a qualidade do vinho nacional ainda é irregular, o que gera stress e risco na compra, mas... com um bom garimpo sempre achamos coisas boas!

    Naldo companheiro, vá na fé, depois prove o vinho lendo meus comentários e me diga.

    Elson, sempre tenho boas surpresas em provas grandes como esta, é este o charme do vinhos, as surpresas agradáveis!

    Antonio, o "Don Miguel" foi mesmo uma das melhores surpresas (citadas pelo Elson).

    Eduardo, obrigado! Em degustações à cegas em minha escola sempre "pego" alguém com um vinho brasileiro, várias vezes faço isso colocando o Talento ao lado de um Bordeaux de mesmo preço e a surpresa é grande.

    Semana que vem os Merlot e o melhor de tudo: os Cortes!

    Abraços a todos.
    Marcelo.
     
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]