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Enquanto 2011 não decola, analiso os números de 2010, muito positivos para o vinho no Brasil. O crescimento é indiscreto, 27% no mercado de importados como um todo. Dentre as origens que mais cresceram está o Uruguai, com expressivos 67% em volume (1,2 milhão de litros) e 64% em valor (3,2 milhão de dólares FOB), ocupando a 7ª colocação no ranking dos importados.
Nosso pequeno vizinho tem muito a nos oferecer. Além de bons vinhos, carnes de alta qualidade (já presentes em muitos restaurantes brasileiros), para o turismo belas praias e para o enoturismo vinícolas que muito bem recebem. Da junção deste entretenimento praieiro com o vinho nasceu o "Salon del Vino Fino", que chegou a sua IX edição no hotel-resort-cassino Conrad, em Punta del Este, nos dias 28 e 29 de janeiro.
A idéia de uma feira de vinhos (para o consumidor final) em pleno verão à beira da praia é pouco ortodoxa e genial. Antes que perguntem, o salão do evento não é na areia (e o ar condicionado funciona muito bem), o que não impede o turista de passar o dia na praia e depois emendar em uma feira com cerca de 400 vinhos para degustar. A oferta era 90% de vinhos do Uruguai, Argentina e Chile, mas também havia alguns bons rótulos do velho mundo.
Estive nesta feira em 2009 e notei um crescimento significativo em relação a este ano, da ordem de 30% em número de visitantes (4.500), bodegas representadas por seus vinhos (120) e em área de estandes (1.500 m2). Um dos pontos altos do evento é a oferta gastronômica. Por US$ 45 do ingresso pode-se, além de degustar os vinhos, comer muito bem. Neste item o Conrad realmente caprichou e conseguiu um diferencial.
Provei diversos vinhos no evento, mas darei foco aqui aos caldos do país visitado, que merecem cada vez mais atenção. Além dos vinhos provados na feira, fazem parte desta resenha vinhos provados em visita a produtores na mesma viagem e vinhos provados no Brasil, na semana seguinte. |
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Vinhos provados |
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Pisano |
Espumante Rio de los Passaros Torrontés 2007 (Mistral, não disponível no Brasil)
Elaborado pelo método champenoise, com 12 meses sur lie e cerca de 1gr de dosagem de açúcar. Cor palha claro e brilhante, com boa perlage, de tamanho pequeno e boa abundância. Aroma com o perfumado típico desta casta (mas sem ser enjoativo como alguns exemplares argentinos), floral jasmim, com toques de leveduras e mel. Paladar leve, cremoso e muito fresco, com 13% de álcool. Boa surpresa.
Nota: 87 pontos
RPF Chardonnay 2010 (Mistral, R$ 48,26)
Parcialmente fermentado em barricas, sem malo-lática. Um Chardonnay leve e fresco, com ótima acidez, com nariz limpo, fresco e frutado
Nota: 86 pontos
Rio de Los Passaros Tannat-Syrah-Viognier 2010 (Mistral, R$ 34,90)
Um tinto de cor clara, simples fresco e bem elaborado, com paladar de médio corpo, seco,bem equilibrado e gastronômico.
Nota: 83 pontos
RPF Tannat 2007 (Mistral, R$ 48,26)
Rubi escuro violáceo. Aroma com madeira aparecendo bem integrada com fruta densa e especiarias, tostados. Paladar encorpado, com bom volume no meio de boca, bons taninos, presentes, um clássico deste produtor. Boa compra.
Nota: 89 pontos
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Viña Progresso |
Este é o projeto de Gabriel Pisano, enólogo e sobrinho de Daniel Pisano (da Bodega Pisano); Os vinhos são todos bem elaborados e criativos.
Viognier 2010, Viña Progresso (Vinci, R$ 48,43) Amarelo dourado brilhante. Aroma de boa intensidade e tipicidade, com frutas amarelas maduras, damasco, toques de mel e florais, jasmim. Paladar untuoso, com maciez equilibrada com boa acidez, 13,5% de álcool, longo. Boa tipicidade da casta, boa surpresa.
Nota 86 pontos
Viña Progresso Sangiovese 2008 (Vinci, 48,43)
Vermelho rubi escuro violáceo. Aroma de fruta fresca, seca e ácida. Paladar de médio-bom corpo, com taninos nervosos, gastronômico e com boa tipicidade da casta. Boa surpresa.
Nota: 86 pontos
Sueños de Elisa 2010 (Vinci, não disponível no Brasil)
Este é um Tannat elaborado pelo método de barrica aberta. Cor violácea muito escura. Aroma fechado, mostrando ainda pouco, frutas negras, geléias e madeira. Paladar estruturado por muitos taninos, ainda um pouco duro e jovem, mas já mostrando boa profundidade. É promissor, mas ainda está jovem demais, é cedo para dar nota, mas fica a expectativa. Nota 89-91 pontos |
Viñedo de los Vientos |
Este é um produtor a procura de representante no Brasil. Gostei muito do Eolo, achei o Angel´s Cuvée Blanc de Bianco com algumas arestas mas bem interessante, e confesso que não me encantei com os fortificados Alcyone e Alcyone Reserva.
Estival 2009
60% Gewurztraminer, 30% Chardonnay e 10% Moscato Bianco, com 12% de álcool. Perfumado, com frutas tropicais (maracujá e abacaxi) e florais. Paladar leve com algum açúcar residual.
Nota: 81 pontos
Angel´s Cuvée Blanc de Bianco 2009 80% Chardonnay e 10% Trebbiano Romagnolo e 10% Viognier, parcialmente fermentado em barricas. Um vinho diferente, com toques de oxidação que lembram um jerez e aromas que lembram um espumante (casca de pão tostada), além de cítricos (laranja), com uma acidez muito boa. Interessante. Nota: 87 pontos
Catarsis 2008 70% Cabernet Sauvignon, 30% Tannat. Um tinto de gama mais simples, pouco expressivo no nariz, com taninos secos e presentes, gastronômico.
Nota: 82 pontos
Eolo Gran Rerserva 2006 80% Tannat e 20% Ruby Cabernet (cruzamento de Cabernet Sauvignon e Carignan) com 3 anos em carvalho 70% usado. Vermelho granada escuro. Aroma de boa complexidade, bom madeira aparente mas bem integrada, com muitas especiarias, tostados, defumados, frutas secas, alcaçuz. Paladar de bom corpo, taninos da madeira aparecem, bom equilíbrio. Belo vinho. Nota: 89 pontos |
Bouza |
Albariño 2010, Bouza (Decanter, R$ 81,30) Palha claro esverdeado. Fermentado parcialmente (25%) em barricas francesas. Amarelo palha claro com reflexos esverdeados. Aroma elegante e perfumado, com boa complexidade, abrangendo notas frutadas (cítricos, pêra), florais e um fundo mineral. Paladar leve e cremoso com, com ótima acidez. Delicioso.
Nota: 88 pontos
Chardonnay 2010, Bouza (Decanter, R$ 61,85) 30% fermentado em barricas. Cor palha claro. Aroma fresco e frutado. Paladar leve, fresco e agradável, um pouco curto, falta um pouco de estrutura.
Nota: 84 pontos
Tempranillo B15 2009, Bouza (Decanter, não disponível no Brasil) Vermelho rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma e paladar dominados pelo carvalho americano, frutas negras, especiarias. Paladar de bom corpo, taninos finos e doces, madeira aparece no fim de boca. Falta um pouco de estrutura para toda esta madeira. Nota: 85 pontos
Tannat A8 Parcela Única 2007, Bouza (Decanter, R$ 147,70) Cor escura rubi violácea. Aroma intenso, limpo e fresco, fruta madura, cassis, ameixa, geléias, baunilha, alcaçuz, tostados, toque lácteo, leve toque herbáceo. Paladar de bom corpo, taninos doces, 15% de álcool (que não aparecem) bem equilibrado, média persistência. Muito nem elaborado, em estilo mais moderno e frutado.
Nota: 89 pontos
Monte Vide Eu 2006, Bouza, Montevideo-Uruguai (Decanter, R$ 182,80) Elaborado com
Tannat (55%), Merlot (25%) e Tempranillo (20%), amadurece 18 meses em barricas francesas e americanas. Vermelho rubi violáceo muito escuro. Aroma intenso e elegante, com frutas negras maduras muito bem delineadas em harmonia com a madeira, tostados, especiarias. Paladar de bom corpo, sem excessos, taninos doces, finos, bom meio de boca, longo e elegante. Um vinho muito bem feito, muito bem proporcionado.
Nota: 93 pontos |
Gimenez Mendez |
Sauvignon Blanc 100 anos 2010, Gimenez Mendez (Hannover, não disponível no Brasil) Um belo Sauvignon Blanc, cor clara, branco papel brilhante. Aroma frangrante, muito vivo, fresquíssimo, cítrico, vegetal típico de grama cortada, com fundo mineral. Paladar leve com acidez crocante. Delicioso.
Nota: 88 pontos
Pinot Noir Alta Reserva 2010, Gimenez Mendez (Hannover, R$ 45) Rubi claro, muito fresco, leve, bem equilibrado e elegante, falta um pouco de estrutura e de tipicidade da casta
Nota: 85 pontos
Tannat Alta Reserva 2009 , Gimenez Mendez (Hannover, R$ 43,80) 100% Tannat com 10 meses em carvalho francês e americano, com 13,5% de álcool. Vermelho rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma de bom ataque, com bom frescor, mostrando frutas vermelhas e negras, framboesa, ameixa, madeira e fundo mineral. Paladar de bom corpo, taninos finos e presentes, acidez boa, gastronômico. Boa compra.
Nota: 87 pontos
Luis A. Gimenez Super Premium Tannat 2007 , Gimenez Mendez (Hannover, R$ 162) Tannat 100% com 18 meses em barricas novas francesas e americanas. Rubi violáceo, muito escuro na cor. Aroma intenso com madeira na frente, muitos tostados, baunilha, frutas negras densas e elegantes, cassis, amora, toque vegetal de musgo e tabaco. Paladar encorpado, taninos doces em profusão, bom equilíbrio, profundo e longo. Em comparação com a safra anterior (2006) este 2007 é mais elegante, mas 2006 tinha mais volume. Ambos excelentes. Nota: 92 pontos |
Marichal |
Reserve Collection Pinot Noir Blanc de Noir 2010, Marichal (Ravin, R$ 55) Elaborado com Pinot Noir (65%) e Chardonnay, fermentado em barricas. Oficialmente é um vinho rose, mas é quase um branco, com cor pálida de pêssego. Aroma perfumado, floral, com frutas vermelhas, morango. Paladar leve e cremoso, com boa acidez. Diferente e muito bom.
Nota: 87 pontos
Tannat "A", Marichal (Ravin, rótulo ainda não disponível no Brasil) 100% Tannat, com 18 meses em barricas novas francesas e americanas. Rubi escuro violáceo, com madeira doce na frente, bem integrada, bem amalgamada com frutas, geléias e especiarias, chocolate. Taninos firmes, madeira aparece na boca, bem proporcionado, bom corpo sem ser volumoso.
Nota: 92 pontos |
Filgueira |
Sauvignon Gris 2008, Filgueira (Decanter, R$ 33) Amarelo palha claro . Aroma com toques de oxidação, delicado, com toques de caramelo, baunilha, frutas cristalizadas, ervas. Paladar leve, com boa textura. É um vinho interessante, mas um pouco neutro, falta um pouco de estrutura e expressividade no nariz e boca.
Nota: 83 pontos
Tannat 2009 (Decanter, R$ 30) 100% Tannat, sem madeira. Rubi escuro violáceo. Aroma de frutas negras, ameixas. Paladar de médio corpo, 13% de álcool, taninos finos, secos, limpo e simples.
Nota: 82 pontos |
Pizzorno |
Don Próspero Sauvignon Blanc 2010, Pizzorno (Grand Cru, R$ 38) Palha claro, quase branco papel. Aroma intenso e típico, de cítricos, grama cortada, maracujá. Paladar leve e fresco com ótima acidez, 13% de álcool.
Nota: 84 pontos
Primo 1 2004 , Pizzorno (Grand Cru, R$ 190) Elaborado com 50% Tannat, 25% Cabernet Sauvignon, 20% Merlot e 5% Petit Verdot, com 2 anos em barricas francesas. Cor entre rubi e granada escuro. Aroma de boa intensidade e complexidade, com madeira nova na frente, chocolate, baunilha, típico toque herbáceo da Cabernet Sauvignon, vegetal de tabaco, frutas negras, cassis. Paladar de bom corpo, 13% de álcool, taninos doces e finos, ainda presentes, secantes, bom equilíbrio. Ainda está novo, precisa ser decantado e pede mais alguns anos em garrafa.
Nota: 91 pontos |
De Lucca |
Marsanne 2008, De Lucca (Premium, R$ 40,50) Amarelo palha com reflexos dourados. Inicialmente, servido a 12oC o aroma era quase neutro, ao esquentar abriu-se e mostrou aromas (não muito limpos) de frutas doces, pêssegos, anis, mel, toque floral de jasmim. Paladar leve e macio, onde, com o líquido aquecido na boca, os aromas se repetem, 12,5% de álcool, acidez moderada, final com leve toque de amargor. Um vinho com algumas arestas, mas interessante, bem diferente. Nota: 83 pontos
Tannat Reserva 2009, De Lucca (Premium, R$ 39) Rubi violáceo quase escuro. Aroma de médio ataque não muito definido, com álcool sobrando no nariz. Paladar de médio corpo, 12,5% de álcool, seco e sem muita estrutura. Falta fruta.
Nota: 81 pontos
Rio Colorado 2006, De Lucca (Premium, R$ 135) Elaborado com Tannat (predominante), Cabernet Sauvignon e Merlot. Vermelho na transição entre rubi e granada entre claro e escuro. Aroma de boa complexidade, seco, com toques vegetais de musgo e herbáceos, frutas secas, especiarias. Paladar bastante seco, de médio corpo, taninos finos e secantes, 13% de álcool, boa persistência com agradável toque de amargor no fim de boca. Um vinho difícil (que não agrada fácil), que remete ao velho mundo, cheio de estilo. Nota 87 pontos |
Bodegas Carrau |
Ysern Sauvignon Blanc 2009, Bodegas Carrau (Vinhos do Mundo, R$ 29,80) Palha claro, brilhante, quase branco papel. Aroma de médio ataque fresco, mas não muito limpo ou definido, frutas cristalizadas, cítricos, lima, abacaxi. Paladar leve e macio, com boa textura, acidez correta.
Nota 82 pontos.
Arerunguá Tannat 2002, Bodegas Carrau (Vinhos do Mundo, R$ 78,80) Cor escura granada, na transição. Aroma intenso com bastante madeira, especiarias doces, baunilha, canela, musgo, toque etéreo de couro e toque animal. Paladar encorpado, com uma bela estrutura de taninos, como se espera de um bom tannat, com boa acidez, longo. Bom, vinho, estilo mais tradicional, com toque de rusticidade. Com alguma evolução, mas com muita vida pela frente.
Nota: 88 pontos
Vilasar Nebbiolo 2000, Bodegas Carrau (Vinhos do Mundo, R$ 99,80) Passa 24 meses em barricas novas francesas. Vermelho granada escuro com reflexos alaranjados. Aroma complexo e vincado, algo fechado, de frutas maduras, madeira bem integrada, especiarias, vegetal de couro, toque animal. Paladar bastante concentrado, estruturado por taninos firmes, boa acidez. Decantar ao menos uma hora antes de beber. Tem tipicidade da casta e bastante presença na boca.
Nota 90 pontos |
Stagnari |
Chardonnay De Virginia 2009, Stagnari (Cantú, R$ 44,10) Palha claro e brilhante. Aroma de médio-bom ataque, com tipicidade da casta, frutado. Paladar leve e macio, com boa textura, 13,5% de álcool, acidez correta.
Nota: 82 pontos
Viejo Tannat 2009, Stagnari (Cantú, R$ 55,90) Rubi escuro violáceo. Aroma intenso e doce, frutado, com toque herbáceo. Paladar de médio-bom corpo, 12,5% de álcool, falta um pouco de meio de boca e falta frescor. Nota: 83 pontos
Dayman Tannat 2003, Stagnari (Cantú, R$ 119,07) Rubi escuro violáceo. Aroma de bom ataque, fresco, mas não muito limpo, toque herbáceo mais intenso, frutas negras, madeira, especiarias doces, geléia, toque de fruta "cozida". Paladar de bom corpo,14,5% de álcool, taninos doces, macio, mas perde um pouco no meio de boca, acidez correta.
Nota: 85 pontos |
Montes Toscanini |
Elegido Reserva 2009, Montes Toscanini (Casa Flora/Porto a Porto, R$ 25,80) Chardonnay 60%, Sauvignon Blanc 20%, Gewurztraminer 20%, 12% de álcool. Amarelo dourado brilhante. Aroma intenso e doce, com toques mel, coco, frutas tropicais, florais. Paladar de médio corpo, untuoso, macio, acidez moderada, persistência média. Um corte original, com perfil aromático diferente.
Nota 84 pontos.
Gran Tannat Premium 2004, Monntes Toscanini (Porto a Porto/Casa Flora, R$ 98,40) Rubi violáceo quase escuro, um pouco esmaecido, com reflexos granada. Aroma perfumado por muita madeira, que domina nariz e boca, com baunilha, coco, cravo, fruta doce. Paladar de médio-bom corpo, taninos muito finos, doces, 14% de álcool, elegante e equilibrado. Em estilo mais tradicional, com longo tempo (18 meses) em madeira americana, muito bom dentro deste estilo.
Nota: 88 pontos |
Familia Deicas - Estabelecimento Juanicó |
Don Pascual Shiraz/Tannat Reserve 2009, Família Deicas (Interfood, R$ 28,90) Elaborado com 60% Shiraz e 30% Tannat. Vermelho rubi entre claro e escuro com reflexos violáceos. Aroma frutado, limpo e fresco, com frutas negras maduras, ameixa, amora. Paladar de médio corpo, taninos doces,com 12,5 % de álcool, boa acidez. Simples mas muito bem elaborado e gastronômico. Boa compra.
Nota: 83 pontos
Preludio Blanco 2008, Família Deicas (Interfood, R$ 159,90) Elaborado com 90% Chardonnay e 10% Viognier, com 11 em barricas novas de carvalho francês. Amarelo dourado brilhante. Aroma intenso e complexo, com muita fruta madura (abacaxi, damasco) amalgamada com madeira, baunilha, mel, manteiga, florais de jasmim. Paladar de bom corpo, untuoso, 14 % de álcool, acidez equilibrada, longo. Um branco que impressiona e encanta.
Nota: 91 pontos
1er Cru d'Exception Tannat 2005, Família Deicas (Interfood, R$ 403,90) 100% Tannat, fermentado em frudres de 5.000 litros de carvalho francês e depois amadurecido em barricas por 18-24 meses. Cor muito escura, violácea. Aroma complexo, com fruta negra densa, geléias, vegetal de musgo, especiarias doces, baunilha, alcaçuz, muitos tostados. Paladar concentrado, com uma parede de taninos doces, 13,5% de álcool, boa acidez, muito longo, boa profundidade. Para longa guarda.
Nota: 93 pontos |
Alto de la Ballena |
Para encerrar visitei a bodega Alto de la Ballena. Esta vinícola é a pioneira em Punta del Este, região que já começa a atrair investimentos de outras bodegas, como Bouza, que está implantando vinhedos aqui. Os meus prediletos foram o elegante Cabernet Franc e o marcante Tannat-Viognier.
Alto de la Ballena Rosé 2010 (D´Olivino, não disponível no Brasil) Cor em estilo novo mundo, cor de cereja bem vivo. Aroma pouco intenso, começou com toque químico de sulfuroso que depois saiu e deu lugar a frutas vermelhas, secas, ácidas, cereja, framboesa, goiaba. Paladar leve e seco ótima acidez, gastronômico, com uma ponta de taninos.
Nota: 84 pontos
Alto de la Ballena Tannat-Merlot-Cabernet Franc 2008 (D´Olivino, R$ 62) 50% Tannat, com 9 meses em barricas. Nota-se a madeira americana, baunilha, fruta negra doce. Paladar de médio corpo, bons taninos, doces, madeira aparece na boca, falta um pouco de meio de boca, bem feito, mas muito simples
Nota: 83 pontos
Alto de la Ballena Cabernet Franc 2007 (D´Olivino, não disponível no Brasil) Passa 1 ano em barricas francesas de 2º uso. Rubi entre claro e escuro. Bom ataque no nariz, fresco com frutas vermelhas bem definidas, toque de eucalipto, madeira bem integrada, toques florais. Paladar de médio corpo, taninos finos, equilibrado, gastronômico, tem classe, bom finesse embora sem complexidade ou profundidade.
Nota: 87 pontos
Alto de la Ballena Syrah 2008 (D´Olivino, não disponível no Brasil) Passa 9 meses em barricas francesas. Rubi entre claro e escuro, com reflexos violáceo esmaecidos. Aroma de fruta mais madura, ervas, madeira bem casada. Paladar de médio-bom corpo, bom meio de boca, bom equilíbrio geral.
Nota: 87 pontos
Alto de la Ballena Tannat-Viognier 2008 (D´Olivino, R$ 123)
10% de Viognier, com 9 meses de carvalho americano. Rubi escuro com reflexos violáceos. Aroma começa com muita madeira americana, coco queimado, baunilha tostados, depois mostra fruta negra densa e toque floral. Paladar de bom corpo, estruturado por taninos firmes presentes e doces, bom volume de boca se exageros de extração.
Nota: 89 pontos
Alto de la Ballena Merlot 2007 (D´Olivino, R$ 112) Passa 1 ano em barricas francesas de 1º e 2º uso. Granada entre claro e escuro. Aroma de médio-bom ataque, com frutas negras maduras bem casadas com a madeira, especiarias, toque de couro e caramelo, mineral discreto ao fundo. Paladar de bom corpo, bons taninos, finos e doces, bom meio de boa e equilíbrio geral. Mostra sinais de evolução na cor e aroma, um pouco precoce para um 2007, ainda assim muito bom.
Nota: 89 pontos |
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