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Colunistas
  Em sua edição de janeiro de 2011, a revista Meininger´s Wine Business International traz em sua capa uma matéria minha sobre o Brasil. Esta que é a mais prestigiosa publicação mundial sobre os negócios do vinhos e circula em 40 países, dá destaque ao texto, chamado Brazil, the next big thing?, que faz um retrato do mercado brasileiro e traça um who´s who.  
A matéria

Sempre descrito como o "país do futuro" ou "gigante adormecido da América do Sul", o Brasil parece ter finalmente acordado para o presente. A economia verde e amarela está em alta (já somos a 10ª economia do mundo), com uma moeda forte e exportações crescentes. Mesmo com sérios problemas estruturais a resolver, como saúde e educação, o crescimento econômico está garantido por diversas atividades, como a produção de petróleo, exportações de soja, laranjas, minério de ferro, biocombustíveis etc...

Este crescimento da economia nos últimos anos fez inchar duas classes sociais. A primeira, a dos milionários, que eram cerca de 130 mil em 2006 e hoje são cerca de 200 mil em todo o país, uma das taxas de crescimento mais rápidas do mundo, de acordo com um estudo do Boston Consulting Group.

Outra classe que está em pleno boom é a chamada classe "C", com renda familiar mensal entre R$ 1.116 e R$ 4.807. Nos últimos anos milhões de brasileiros ascenderam a esta nova classe média, que já representa cerca de 100 milhões de pessoas, ou a metade da população do país. Estas famílias, que estão começando a consumir bens aos quais antes não tinha acesso, como eletrodomésticos, em breve estarão comprando suas primeiras garrafas de vinho.
Brazil in numbers
No momento em que escrevo, os números de 2010 ainda não estão fechados, mas já podemos comemorar um recorde histórico, um crescimento nas importações de quase 30% em apenas um ano. As estimativas são de encerrar o ano com a importação na casa de 74 milhões de litros, no valor de 245 milhões de dólares FOB.

Esta escalada já representa um crescimento de mais de 280% em volume e 400% em valor entre 2002 e 2010. O mercado cresce claramente em direção aos vinhos importados. Veja os números oficiais de janeiro a novembro de 2010:





Uma análise crua destes números pode gerar uma falsa impressão. É bom lembrar que com uma população crescente de quase 200 milhões de habitantes, o consumo per capita é de menos de 2 litros, e se levarmos em conta apenas vinhos finos (feitos com uvas Vitis Vinifera) este número despenca para 0,5 litros por habitante. Em outras palavras, há muito a crescer, pois não seria uma surpresa se este número dobrasse nos próximos 10 anos.
Particularidades do Mercado
O Brasil importa vinhos de 32 países e existem aqui mais de 30 mil rótulos à disposição dos consumidores. O preço final dos vinhos é a grande barreira para o consumo. Um vinho importado no Brasil pode custar mais de 5 vezes seu preço de origem, devido a pesados impostos e margens que, conforme o importador, podem ser elevadas.

Tão diverso quanto a variedade de produtos é o perfil dos consumidores brasileiros. Para a maioria da população o vinho é um disco voador que aterrissou aqui recentemente e foi parar nas manchetes dos jornais. Alguns o temem, outros ficam fascinados por ele.

A grande massa da população ainda está distante do vinho, mas já ouviu falar dele e tem curiosidade em prová-lo um dia. Os consumidores, que podemos chamar de off-trade, consomem vinho irregularmente, não acompanham revistas ou sites especializados, compram em supermercados vinhos de até R$ 30 e escolhem sua compra pelo packaging, por promoções, pelo país, uva, ou marca conhecida.

O consumidor que podemos chamar de on-trade, segmento que cresce a cada dia, consome avidamente não só o vinho, mas sua cultura. Um rico filão é o dos produtos relacionados ao vinho: livros, revistas, sites, palestras, eventos, degustações, enoturismo, adegas, acessórios etc... Neste nicho insere-se um consumidor altamente sofisticado, que conhece o assunto a fundo.

No topo da pirâmide está o crescente mercado de alto luxo. No Brasil o vinho passou a ser status. Hoje é mais chique ter uma adega bem recheada do que um helicóptero. O vinho tornou-se obrigatório em eventos sociais, almoços de negócios etc... Estes consumidores de alto luxo possuem vastas adegas e conhecem de cor as melhores safras de vinhos como Petrus e Romanée-Conti.

Outra particularidade do mercado brasileiro é sua regionalização. Os estados das regiões Sul e Sudeste consomem 86% do total do país (dados de 2007 do Ibravin), liderados pelo estado de São Paulo (que com 40 milhões de habitantes consome sozinho 33% do total nacional) e pelo Rio de Janeiro, estado de maior consumo per capita (4,8 litros por habitante) e que consome 21% do total nacional.

Em contrapartida, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que somam mais 80 milhões de habitantes, possuem um consumo per capita de meros 0,6 litros ao ano. Está aqui o maior potencial de crescimento a longo prazo.
Importadoras
Existem mais de 300 importadores de vinho no Brasil e este número cresce a cada dia. Entre 2009 e 2010 este número aumentou bastante, após a recessão de 2008. Os maiores players deste segmento são a Mistral (com o maior faturamento e mais longo e prestigioso catálogo - mais de 2.000 rótulos), Casa Flora/Porto a Porto (duas empresas que trabalham em parceria e que formam a maior importadora do país em volume), Decanter, World Wine, Grand Cru, Interfood, Expand e Vinci. Alguns importadores são especialistas em algum segmento, como a Adega Alentejana, especializada em vinhos portugueses, Casa do Porto (Chile e França), Premium (Nova Zelândia), KMM (Austrália) e Península (Espanha). Uma lista com os sites dos principais importadores do Brasil pode ser consultada no link: www.mardevinho.com.br/uploads/2008/08/231.jpg.
Supermercados
Cerca de 50% das compras de vinho é feita em supermercados e hipermercados. A outra metade é vendida em delis, lojas de importadoras, vendas diretas e internet.

Segundo a ABRAS - Associação Brasileira de Supermercados (www.abrasnet.com.br) o maior supermercado do Brasil é o Grupo Pão de Açúcar, com 600 lojas e faturamento de anual de R$ 26,2 bilhões. A empresa foi uma das pioneiras do segmento dos vinhos ao contratar em 1997 um consultor de vinhos, Carlos Cabral. Hoje Cabral conta com 210 atendentes treinados em vinho, que ajudaram a vender em 2010 18 milhões de garrafas de vinhos nacionais e importados. A empresa importou em 2010 100 mil caixas de vinho e projeta para 2011 um crescimento da ordem de 30%.

O grupo de origem francesa Carrefour ocupa o 2º lugar entre os supermercados com 500 lojas e faturamento de R$ 25,6 bilhões. Segundo Carlos Eduardo Saco, responsável pela área de bebidas, a venda de vinho cresceu 70% nos últimos quatro anos. Em 2010 a empresa investiu R$ 1,5 milhão em 9 feiras de vinho em suas principais lojas. Os eventos, com palestras e degustações gratuitas, sempre com música ao vivo, foram um grande sucesso. Nas lojas onde a feira aconteceu pela 1ª vez o faturamento em vinho dobrou. Segundo Saco, as importações decolaram em 2010, com incremento de 100% nos vinhos chilenos, 50% nos portugueses e 30% nos argentinos. Hoje a empresa está com um quadro de 78 atendentes treinados, que será ampliado em 2011.

A rede de supermercados Zona Sul é apenas o 17º no ranking da ABRAS, com um faturamento de quase R$ 1 bilhão, mas é líder no segmento de vinhos no Rio de Janeiro. Segundo Claudio Pinto, comprador de bebidas da empresa, em 2010 a importação de vinhos atingiu a marca de 87,5 mil caixas, sendo 35% Chile, 25% Argentina, 13% França, 10% Portugal, 7% Itália e 10% dos demais países (Austrália, EUA, Nova Zelândia, África do Sul e Espanha). O Zona Sul vendeu em 2010 um total de 1,9 milhão de garrafas de vinho e espumantes (nacionais e importados) que representaram um faturamento de quase R$ 42 milhões. A seleção dos rótulos é feita pela consultora Deise Novakoski, que também é sommelier e colunista de bebidas do 3º maior jornal do país, O Globo.
Feiras e Eventos
Em um mercado jovem e vasto como o brasileiro, o marketing é fundamental e uma das melhores formas de promoção são as feiras e eventos. Praticamente todos os dias em todas as principais capitais do país acontecem eventos ligados ao vinho, em diversos formatos e tamanhos. Cursos básicos, palestras técnicas, degustações temáticas, grandes verticais de vinhos ícones, cursos do WSET, almoços e jantares com produtores, eventos de relacionamento (para clientes de grandes empresas de todos os segmentos), feiras de importadores, grandes feiras regionais e internacionais. Um fato notável nos últimos dois anos é que as feiras e eventos de vinhos não se limitam mais às capitais do Sul-Sudeste e cresceram em frequência e importância nas regiões Nordeste e Norte.

O grande centro da indústria do vinho continua sendo São Paulo, sede da maioria das importadoras. Não por acaso, a Expovinis Brasil (www.exponor.com.br/expovinis), maior feira de vinhos da América Latina, acontece nesta cidade. Em sua 14ª edição, em 2010, a feira bateu recordes, com 16.500 visitantes e 300 expositores de vários países. Segundo Domingos Meireles, diretor de marketing da Exponor Brasil, empresa responsável pela organização do Expovinis Brasil, para 2011 as perspectivas são as melhores, com ampliação da participação da França, Portugal, Itália, EUA, Argentina e Chile.

Para quem é da indústria do vinho no Brasil, a presença em São Paulo na semana da feira é obrigatória, já que muitos negócios são fechados neste período em eventos paralelos, reuniões, jantares etc...

Quando se fala em eventos de vinho no Brasil é importante frisar que cada vez mais estes eventos não se restringem ao trade e o consumidor on-trade, e se estende ao universo corporativo. Grandes empresas de diversos segmentos, como bancos, construtoras, empresas de tecnologia e telecomunicações oferecem degustações de vinho a seus clientes como uma forma de relacionamento. Basta citar que recentemente a "África", mais importante agência de publicidade do Brasil, ofereceu a seus clientes como brinde de fim de ano uma degustação de vinhos com 5 dos maiores especialistas em vinho do Brasil.
Associações
Algumas associações são bastante representativas no Brasil, atuando como importantes formadores de opinião. A mais importante é a Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), fundada em 1983 no Rio de Janeiro, pelo italiano Danio Braga, presidente nacional da entidade. A ABS conta hoje com mais de 4 mil associados e sucursais em 8 cidades, lideradas por São Paulo (1.800 associados), onde o presidente é José Luiz Borges, e Rio de janeiro (1.400 associados), onde o presidente é Euclides Penedo Borges.

Esta entidade forma sommeliers profissionais, mas funciona principalmente como um local de convívio de enófilos, com cursos e degustações. Outras associações expressivas são a Sociedade Brasileira de Amigos do Vinho (SBAV), fundada em São Paulo em 1980, e a Confraria Amigas do Vinho, fundada em 2003 no Rio de Janeiro pela atual presidenta Maria Lúcia Rodrigues e congrega 5 mil mulheres associadas com sucursais em 8 cidades.
Sommeliers
O Brasil já possui uma constelação de estrelas na sommelierie, quase todos no eixo Rio-São Paulo. O sommelier mais famoso do Brasil é Manoel Beato, do restaurante Fasano (São Paulo), que assina um guia de vinhos da editora Larousse e um programa na rádio Eldorado, chamado "Adega Musical", onde expressa sua paixão pelo jazz.

Não menos importante é Guilherme Corrêa, sommelier bi-campeão brasileiro e eleito no "WHO'S WHO IN BRAZIL" desta publicação como "Best Sommelier". Outro nome de destaque é Tiago Locatelli, do restaurante Varanda Grill (recentemente eleito melhor sommelier de São Paulo). No Rio de Janeiro sobressaem Dionísio Chaves, do restaurante Duo (ex bi-campeão brasileiro de Sommelires), João de Sousa, do restaurante Blason (várias vezes eleito o melhor sommelier da cidade) e Deise Novakoski, do restaurante Eça, já citada como consultora do supermercado Zona Sul.
Midia
Em um mercado jovem como o Brasil, a mídia tem um papel fundamental. A quantidade de publicações especializadas é grande e praticamente todos os jornais e revistas importantes do país têm um espaço para o vinho. É o caso da Folha de São Paulo, maior jornal do país (segundo Associação Nacional de Jornais - www.anj.org.br), que conta com Jorge Carrara, um dos grandes nomes do jornalismo do vinho no Brasil. Outros importantes jornais com colunistas são o Estado de São Paulo (colunista Luiz Horta), O Globo (Deise Novakoski) e Valor Econômico (Jorge Lucki).

O segmento de revistas especializadas é bastante desenvolvido e liderado por publicações onde embora o foco seja a gastronomia, o espaço dedicado ao vinho é enorme. As principais publicações deste segmento são a revista Prazeres da Mesa (www.prazeresdamesa.com.br, dirigida por Ricardo Castilho), que conta com colunistas como Jancis Robinson, Patricio Tapia, e os já citados Jorge Carrara e Jorge Lucki; revista Gosto (www.revistagosto.com.br), dirigida por J. A. Dias Lopes, que conta com especialistas como Guilherme Rodrigues, José Maria Santana, além de mim, Marcelo Copello; revista Gula (www.gula.com.br), dirigida por André Tanure, que conta com a colaboração de Mauro Marcelo Alves, e a revista Menu (www.revistamenu.com.br), dirigida por Suzana Barelli, que é quem escreve sobre vinhos.

Existem ainda revistas especializadas em vinho, como Wine Style (www.winestyle.com.br), Adega (www.revistaadega.com.br), Vinho Magazine (www.vinhomagazine.com.br), e Divino (www.revistadivino.com.br).

Aqui o vinho já chegou ao rádio e a TV. No rádio (uma mídia importantíssima no Brasil), além do citado programa de Manoel Beato, Alexandra Corvo faz um programa na rádio Bandeirantes de São Paulo, com boa audiência (30 mil ouvintes/minuto). Além do programa Alexandra é colunista da revista Divino e possui uma escola de degustação, chamada Ciclo das Vinhas.

A TV brasileira ainda é tímida no tema vinho, com poucas iniciativas até hoje. O jornalista Renato Machado apresentou uma série sobre vinhos no canal a cabo GNT há alguns anos e eu mesmo já apresentei um programa entre 2004 e 2007. Hoje temos no ar Didú Russo, no canal a cabo BlueTV, assistido 3 vezes por semana por cerca de 20 mil pessoas.
Assessorias de Imprensa
As assessorias de imprensa tem um papel importante no mercado brasileiro, atuando como promotoras de eventos, agência de notícias, assessorando importadoras, vinícolas e entidades do setor.

Este é um segmento dominado por mulheres e o principal nome é Cristina Neves (www.cristinaneves.com.br). Cris e sua equipe atendem a importantes players, como as importadoras Casa Flora, Porto a Porto e Wine Society, além de entidades como Wines of Argentina, ICEX (Espanha), G7 (Portugal) e ABS São Paulo.

Outras importantes assessorias do mercado de vinho são Denise Cavalcante (www.denisecavalcante.com.br), forte em empresas portuguesas, Fernanda Fonseca (www.propop.com.br) que, entre outros clientes, atende as importadoras como Decanter e Interfood, Sofia Carvalhosa (www.sofiacarvalhosa.com.br), das importadoras Mistral e Vinci, e CH2A (www.ch2a.com.br), que atende a Expovinis Brasil.
Investimento a longo prazo
O Brasil é um mercado em plena expansão, mas muito competitivo. É preciso ter em mente que este é um mercado jovem, em que o consumidor não é fiel a marcas. Aqui a novidade tem sempre a preferência, e novidade para ser conhecida precisa ser divulgada. O Brasil é um ótimo negócio, mas é necessário investir e longo prazo. O exemplo de países que investiram em bloco, como Chile, Argentina e Portugal, deve ser seguido, pois os esforços feitos por eles no passado hoje estão sendo plenamente recompensados.
Publicação original
A versão original pode ser lida, página a página, nos links abaixo:

  • CAPA
  • ÍNDICE
  • AUTOR
  • Página 1
  • Página 2
  • Página 3
  • O autor
    O autor deste artigo, Marcelo Copello ([email protected]), foi eleito no "WHO'S WHO IN BRAZIL" desta publicação como "Best Journalist", e é um dos principais formadores de opinião da indústria do vinho no Brasil, onde atua há 15 anos.

    Autor de 4 livros de sucesso (ganhador do Gourmand World Cookbook Award), colaborador de diversos dos veículos de imprensa no Brasil e em Portugal, proprietário da escola de degustações "Mar de Vinho" e do site www.mardevinho.com.br, professor convidado em universidades, fundador da SBAV no Rio de Janeiro, jurado em concursos internacionais com o Concours Mondial de Bruxelles, Expovinis Brasil e o International Wine Challenge onde estará presente em 2011. Recentemente Copello elaborou para a ViniPortugal, a 4 mãos com Charles Metcalfe, a lista dos "50 Melhores Vinhos de Portugal para o Brasil. Copello é muito requisitado como palestrante para o mercado corporativo por sua didática diferente, desmistificando o vinho e colocando-o junto de outras formas de cultura, como música e cinema. Copello acaba de lançar uma nova empresa, chamada Baco Multimidia e promete muitas novidades para 2011, em diversas mídias.
    Comentários
    Alexandre Frias
    Enoblogs
    São Paulo
    SP
    08/03/2011 Olá Oscar...

    Gostaria muito que o Marcelo comentasse aqui porque os blogs não foram citados com um fonte de informação sobre o vinho no Brasil.

    Ele mesmo tem seu próprio blog e utiliza outros, como o EnoEventos para divulgar suas matérias.

    Um abs!
    Alexandre Frias
    Tuxaua Plínio Barcelos de Linhares
    Enófilo, ABS (licenciado)
    Rio de Janeiro
    RJ
    08/03/2011 Faltou fazer referência à este magnífico "canal" que é o ENOEVENTOS!
    José Paulo Schiffini
    Enófilo da velha guarda e consultor de vinhos bbb
    Rio de Janeiro, Búzios e Sampa
    RJ & SP
    08/03/2011 Belo artigo sobre as principais instituições do mercado de vinhos no Brasil-Bélgica. Sempre é possivel completar nomes, blogs, Sommeliers, estudantes de Master of Wine por esse nosso paisão que também bebe vinhos melhores e mais baratos a cada dia.

    Você fora de RJ & SP, completem esta matéria. O Marcelo irá agradecer.

    Beijos para todos. Schiffini
    Rodrigo Moura
    Sommelier
    Rio de Janeiro
    RJ
    08/03/2011 Gostaria de parabenizar o Copello pela ótima matéria e excelente explanação de nosso conteúdo; sem dúvida nenhuma o Brasil é um mercado ascendente, disposto a abraçar todos que amam e se dedicam ao assunto "vinho'.

    Conhecer e divulgar, esse é o caminho.
    Marcelo Copello
    Colunista
    Rio de Janeiro
    RJ
    08/03/2011 Caro Alexandre e Tuxaua,

    Propus aos editores da revista, como parte desta matéria, os temas "vinhos brasileiros" e "internet" (como um todo: e-commerce, sites, blogs no Brasil), mas os editores da revista preferiram deixar (a matéria já estava grande demais) para uma possível futura outra matéria. E fora isso o que vocês acharam da matéria?

    Abraços,
    Marcelo Copello
    Maria Tomasia Middendorf
    Enófila
    Rio de Janeiro
    RJ
    08/03/2011 Caros Oscar e Professor Marcelo,

    Adorei a matéria! Costumo adquirir vinhos em supermercado e gostei de saber que o Pão de Açúcar está com maior número de rótulos ao invés do Zona Sul que, há algum tempo, tinha preços muito atraentes e agora está em 17º no ranking. Também pudera, com os preços praticados, não dá pra comprar.

    Eu quase não bebo vinho nacional, sempre preferindo o Argentino, principalmente a uva Malbec, a que mais gosto, enquanto os nacionais custam, muitas vezes, bem mais. Por que isso? Temos excelentes vinhos, mas, entre adquirir um nacional a um importado, minha preferência sempre recai no importado, pelos preços quase sempre menores, embora a qualidade por vezes, seja a mesma.

    Oscar, gostaria muito que você continuasse com aquelas pesquisas de preços nos supermercados do Rio de Janeiro porque sempre me guiei por elas.

    Beijos nos dois e um em cada lado do rosto do meu professor Marcelo, a quem agradeço tudo que sei sobre vinhos, num simples curso básico, feito na Escola Mar de Vinhos.

    Maria Tomasia Middendorf
    Alexandre Frias
    Enoblogs
    São Paulo
    SP
    08/03/2011 Oi Marcelo...

    Quem bom que você já deixou o assunto pronto para uma pauta futura. Acho que toda iniciativa de considerar os blogs como meio importante de comunicação sobre o vinho é válida.

    De repente, numa próxima oportunidade, talvez seja interessante apenas citar os blogs como midia, assim como os demais meios. Simples assim.

    Muito obrigado pelo retorno e seu apoio aos blogs e sites sobre vinho e mais uma vez, parabéns pela matéria.

    um abs!
    Alexandre
    Marco Lucarelli
    Engenheiro
    Campinas
    SP
    08/03/2011 IMPORTAÇÃO: As empresas estão importando muito mais, o Real fica mais forte, a rotatividade de estoque é bem maior, porém os preços dos vinhos aumentam.

    Algumas importadoras estão vendendo vinhos a R$ 60,00 e estes custam na França 8,00 Euros (e de péssima qualidade). E por favor não culpem os impostos.
    Juan Jose Verdesio
    ABS Brasília
    Brasilia
    DF
    08/03/2011 Tem um erro na tabela de importações de vinhos finos. França está com 3 zeros a mais na quantidade de litros importados. É erro de digitação.

    Estranhei muito que Rio de Janeiro seja o maior consumo per capita. Que eu saiba nunca foi. O maior sempre foi o do Rio Grande do Sul seguido de São Paulo. Como mudou tanto ao nivel de se assemelhar ao do Rio Grande do Sul e São Paulo? Todos os números que eu tenho visto mostram um consumo per capita no Rio da ordem 2 a 3 litros per capita por ano, sendo a metade do valor per capita de São Paulo. Há algum problema com os dados. Ou são dados de consumo de vinho fino na Zona Sul?

    Outro problema com os dados que se manejam de consumo é que, no Brasil, temos uma desigualdade tão brutal de renda, embora ela esteja diminuindo, o que torna muito difícil trabalhar com números globais ao nível estadual ou mesmo municipal. Por exemplo, o município do Rio de Janeiro deve ter uns 6 milhões sendo a população da Zona Sul, no máximo, de 2 milhões. Copacabana tem menos de 200.000 habitantes. Nesses dois milhões, o consumo de tudo, incluindo vinho, é dos mais altos do país, sem dúvida. Por exemplo, se pegamos Brasília que é praticamente um município e um Estado e que ostenta a maior renda per capita do país deve ter um consumo altíssimo, digamos 20 litros por habitante/ano. Isso se contamos as zonas nobres que devem representar um terço da população.

    Marcelo, pelo jeito tu tens informações diretas com os grandes varejistas. O que eles acham da venda e consumo per capita por bairro? Eles tem esses dados, certamente.

    Outra situação que não se mostrou no artigo, embora não seja este o propósito da publicação, é que a produção de vinhos finos tintos brancos e rosados, no Brasil, está diminuindo drásticamente. O que falta está sendo ocupado pelos importados.

    Ver os dados recentes da pesquisadora Loiva Maria Ribeiro de Mello, da EMBRAPA CNPUV (http://www.uvibra.com.br/pdf/Panorama%202010%20-%20Vitivinicultura%20Brasileira.pdf)

    Ali se mostra que Rio Grande do Sul, responsável por 90% da produção nacional, produzia 43 milhões de litros de vinhos tranquilos em 2007 e hoje baixou para quase 25 milhões. Quase a metade. O notável é que a produção de espumantes anda pela casa dos 12 milhões de litros. Vocação natural da Serra Gaúcha que está se manifestando em números impressionantes. Há uma evidente virada na produção dentro dos vinhos finos, se incluímos os espumantes.

    Mesmo os vinhos comuns têm diminuído a sua produção. De 275 milhões de litros no RS em 2007 virou para 196 milhões de litros em 2010. Como não há concorrentes importados desses vinhos isso quer dizer que muitos estão abandonando os vinhos comuns e passam a beber o vinho fino seja nacional ou importado.

    Sei, também, por fontes de comunicação pessoal, que o estoque de vinho nacional encalhado anda pelos 70 a 80 milhões de litros. E não se sabe o que fazer com ele. Pode ser que vire álcool combustível como na França?

    Ou seja, embora alguns produtores mais prestigiados do setor estejam crescendo mais, a indústria como um todo pareceria que está no meio de uma crise bem feia. Gostaria que me questionassem. Preferiria que a indústria nacional estivesse crescendo, e muito mais, acompanhando o aumento do consumo.

    Alguém tem números números confiáveis e/ou mais discriminados pelo menos ao nível de municípios?
    Marcelo Copello
    Colunista
    Rio de Janeiro
    RJ
    09/03/2011 Caros, Schiffini, Rodrigo, Maria Tomasia, Marco, Juan e Alexandre, muito obrigado!

    Alexandre, quanto a eu ter blog ou não, realmente não pode influenciar, pois não seria ético "legislar em causa própria". By the way, até onde sei fui o 1° jornalista de vinhos no Brasil a lançar um site, o "Mar de Vinho", no ano 2000. Quanto ao pessoal da Meiningers, eles realmente preferiram cortar estes temas por enquanto.

    Se depender de mim, os blogs de vinhos aumentariam em número e importância, pois isso significaria que o mercado está crescendo e eu com ele.

    Abraços e sucesso pra todos!
    Marcelo Copello.
    Osmir Avila Abrantes
    Engenheiro
    Cascavel
    PR
    11/03/2011 Parabéns Marcelo,

    Pelo texto, quero enfatizar a necessidade de também se interiorizar o vinho, pois há um grande número de adeptos dessa preciosa bebida espalhados no interior do país que não tem os recursos, mas sim a grande vontade de participar das degustações, cursos, palestras, enfim todo meio necessário para estarmos sempre nos atualizando.

    Abraços
    Osmir
    Rafael Mauaccad
    Enófilo
    São Paulo
    SP
    11/03/2011 Marcelo,

    Caso voce nao tenha assistido ao documentario vencedor do Oscar deste ano, Trabalho Interno (Inside Job), do diretor Charles Ferguson, sugiro que va ve-lo,que ainda esta em circuito. E imperdivel.

    O documentario revela as relacoes incestuosas e delituosas de parcela de agentes do governo, dos bancos, das universidades, de consultorias economicas, de agencias de rating, de auditorias contabeis, e de distribuidoras de valores do mercado financeiro norte americano, onde a desregulamentacao, corrupcao e ganancia, motivaram a crise economica mundial de 2008.

    Ao ler esta sua materia, onde desnuda o mercado de vinhos brasileiro, para apreciacao e atracao de investidores estrangeiros, avidos de um mercado crescente, e das atraentes taxas de retorno, so possiveis neste nosso Eldorado, nao pude deixar de tracar paralelismos.

    Os numeros agora apresentados, ainda que nao significativos, comparados aos de outros mercados, sao atraentes o suficiente para desencadear acoes semelhantes, caso nao estejam ja acontecendo.

    E bom lembrar, de qualquer modo, que estas situacoes nao acontecem por obra e graca das forcas do alem. Somos nos, e cada um de nos responsaveis pelo nosso destino. Temos, portanto, muito a aprender.

    Bom filme,
    Rafael
    Milton de Araújo Sousa
    Maitre Executivo & Professor de Hotelaria
    Atibaia
    SP
    11/03/2011 Este "Mar de Vinhos" trouxe fantásticas informações necessárias aos apreciadores e consumidores de Vinhos.

    Adorei o belo resumo e também faço parte do grupo que acredita no grande crescimento do nosso mercado vinícola, graças ao nosso Feeling, aliados á tecnologia e as boas condições de Terroir.
    Israel Souza
    Enófilo
    Araruama
    RJ
    11/03/2011 Bela matéria sobre o mercado brasileiro de vinhos.

    É pena que alguns do governo federal estão tentando acabar com esse crescimento, em prol de uma minoria que nunca fez nada para melhorar o consumo de vinhos bons no Brasil, colocando o selo da receita federal nas garrafas e fazendo que se eleve o preço dos vinhos importados, pois todas as importadoras terão que faze-lo até o final do ano.

    Mas isso é Brasil.

    Abraços a todos.
    Marcelo Copello
    Colunista
    Rio de Janeiro
    RJ
    12/03/2011 Caro Osmir, obrigado, costumo sempre dizer que o maior crescimento do vinho no Brasil no futuro próximo será fora das grandes capitais do Sudeste, vejamos daqui a alguns anos se acertei.

    Caro Rafael, obrigado, ainda não vi o filme, assim que retornar ao Brasil (estou fora) procuro por ele.

    Obrigado Milton, estamos crescendo sim, e vamos crescer mais ainda.

    Caro Israel, você acertou em cheio no tema de minha próxima coluna aqui no EnoEventos...

    Abraços,
    Marcelo Copello.
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]