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    Há mais de um ano, emprestei para Beth Ottoni, da Porto Leblon, meu conjunto de aromas de vinho feito em casa. Como já havia passado por mãos descuidadas, quando ela foi utilizá-lo, ele estava imprestável, com todos os tubos cheirando a mesma coisa. Um verdadeiro desastre! Ainda assim, a gentil Beth me agradeceu com uma garrafa de Marson Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2002. Deixei a garrafa descansando, esse tempo todo, em minha geladega e, há alguns dias, decidi experimentá-lo.

    Em sua safra de 2004, esse vinho conquistou, na Expovinis do ano passado, o top ten na categoria Melhor Tinto Nacional, juntamente com o nordestino Rio Sol 2006, o que na época resultou em acaloradas discussões nos foruns de vinho. Quase ninguém aceitava que um vinho do Vale do São Francisco pudesse receber essa honraria. Tanta polêmica com o Rio Sol, meio que ofuscou a conquista da Marson.

    A Cave Marson é uma vinícola localizada no município de Cotiporã, na Serra Gaúcha, fundada por imigrantes italianos oriundos do Vêneto, que chegaram ao Rio Grande do Sul em 1887. Como tantas outras vinícolas familiares italianas daquela região, que elaboravam vinhos para seu próprio consumo, a Marson se modernizou e hoje oferece diversos vinhos de qualidade ao mercado. Além desse Gran Reserva, existem a linha Famiglia (com um corte de Cabernet e Merlot e um varietal Chardonnay), a linha Reserva (com os varietais Ancelotta, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot e Riesling) e os espumantes Brut e Moscatel.

    Bem, esse Gran Reserva 2002 que degustei, é um 100% Cabernet Sauvignon, que estagia por 12 meses em carvalho americano do Missouri, do qual foram produzidas somente 20 mil garrafas. O teor alcoólico é de apenas 12%, raridade nos dias atuais. Eu deixei decantando por 1 hora.

    Visualmente, é de uma cor vermelha de marcada evolução, com reflexos alaranjados. Os aromas, também evoluídos, são encantadores, e oferecem notas de couro e café, envoltas em discreta baunilha e muita ameixa preta. Supimpa!

    Na boca, o vinho apresenta muita maciez, com taninos finíssimos, bom corpo, perfeito equilíbrio e elegância italiana. Seu longo final deixa sabores de chocolate, especiarias e, de novo, muita fruta no paladar.

    A safra de 2002 não está mais a venda, mas a Porto Leblon, representante da vinícola no Rio de Janeiro, está vendendo o 2004 por 53 reais.

    Serviço
    Porto Leblon
    Av. N.S.Copacabana, 330 - sala 402
    Copacabana
    (21)2549-9017
    (21)2549-8828
     
    Comentários
    Cesar Galvão
    Rio de Janeiro
    RJ
    14/07/2009 Oscar,

    Este vinho é realmente muito bom e, penso eu, subvalorizado pelos consumidores. Agora, se este 2002 é muito bom, sortudos os que provaram o 1999 e mais sortudos ainda os que tiverem uma garrafa daquela safra em casa, há muito esgotada no mercado.

    Foi um dos primeiros vinhos finos nacionais que provei e, com ele, comecei a aprender que no Brasil também podemos ter orgulho do que produzimos.

    Forte abraço,
    Cesar
    Carlos Machado
    Winemaker
    Teófilo Otoni
    MG
    15/07/2009 Oscar, Saudações !

    É certo que em outros momentos passados, algo já tenha visto sobre uma "geladega". Mas aproveitando a sua menção, pergunto-lhe sobre a mesma. O que temos atualmente no contexto de uma "geladega"? Confesso-lhe que estou precisando fazer um upgrade na minha adega climatizada, mas fico triste com os altos valores cobrados pelas adegas!

    Se for o caso, sugiro uma matéria sobre a questão. E claro que estou aceitando e desejando receber dicas e/ou orientações (quem podem ser enviadas também pelo meu e-mail [email protected]).

    Abraço,
    Carlão.

    Em abril de 2007, postei no forum da ABS a seguinte mensagem, dando os custos (daquela época) para a construção da minha geladega. Nesses mais de 2 anos, ela funciona perfeitamente e nunca me deu problemas. Se eu que não sou muito versado em elétrica e eletrônica consegui montar, qualquer um consegue... Aí vai o que eu escrevi:

    Ontem chegou minha geladeira e imediatamente a transformei em uma geladega.

    Como, em uma discussão anterior, houve muitos interessados nessa solução, apresento aqui o quanto gastei para montar a mesma, já que as estimativas de custo anteriores estavam bem defasadas.

  • Refrigerador 1 porta 371 litros Bosch KSR39 All Refrigerator branca, comprada nas americanas.com.br, por R$ 1.412,10 (pagamento em boleto, no cartão é mais caro)
  • termostato Full Gauge MT-511Ri, comprado no Armazem do Frio, rua Mem de Sá, 210, Rio de Janeiro, por R$ 204,00
  • 3 prateleiras (dispenser para garrafas), encomendadas na Assistência Técnica da Bosch BRM (021-2173-0300) por R$ 96,00 (as 3 prateleiras)

    No total, gastei R$ 1.712,10 e fiquei com uma adega com capacidade aproximada para 130 garrafas.

    Acho que foi um negocião! Como comparação:

  • nas americanas.com.br, uma adega para 90 garrafas está custando R$ 4.300,00
  • no meuvinho.com.br, uma adega para 140 garrafas está custando R$ 8.900,00
  • Cláudio Tornaghi
    Professor
    Petrópolis
    RJ
    28/07/2009 Oscar,

    Também fiz a mesma coisa. Está há um ano funcionando perfeitamente. Porém tenho um problema: excesso de umidade e mofo nos rótulos. Acontece o mesmo com a sua?

    Me recomendaram espargir spray para cabelo nos rótulos (o famigerado laquê) mas tenho medo de atrair baratas. Com a temperatura a 13°C, as baratas ainda se dão bem.

    Mas no demais, é excelente, sem ruído ou vibração. Não é nem possivel distinguir quando o compressor entra.

    Um abraço
    Cláudio

    Nunca tive nenhum problema de mofo ou umidade. A sua geladega é daqueles modelos sem congelador?

    Abraços,
    Oscar
    Cláudio Tornaghi
    Professor
    Petrópolis
    RJ
    29/07/2009 Sim, o modelo é Ecoplus-370 e segui os procedimentos do artigo da Academia do Vinho.

    Talvez seja porque aqui em Petrópolis, pela proximidade da mata a umidade do ar anda sempre lá pelos 90%. Será?

    Um abraço

    Cláudio, o modelo da minha geladega é Bosch Intelligent All Refrigerator 39. Quando a montei me recomendaram colocar um paninho na entrada do cabo do termostato para absorver a umidade. O paninho está até hoje lá e nunca ficou nem levemente úmido. Outra coisa que eu fiz foi calafetar essa mesma entrada com fita adesiva. Tudo funciona maravilha.

    Por outro lado, aqui em casa eu tenho esse problema com minha adega Art de Caves, sempre com umidade e mofando os rótulos. E veja que eu abro a geladega com muito maior frequência do que a adega.

    Oscar
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]