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O Sabre
Primeiro, o sabre. Originalmente usado na luta de esgrima, deixou de ser visto como uma arma para virar um artefato de requinte, sobretudo quando usado para o sabrage (que poderia ser traduzido por degola). E a história do sabrage remonta ao século XIX e foi iniciada por Napoleão que, para comemorar as suas vitórias, cortava "o pescoço" das garrafas de champanhe com um único e certeiro golpe da sua espada.

Mas hoje em dia ninguém precisa se arriscar brandindo armas brancas, porque o chamado "sabre para abrir champanhe" não possui fio de corte. Feito artesanalmente de lâmina de aço temperado e, depois, polido e adamascado, "existe" apenas para transformar o gesto banal de espoucar a rolha numa representação digna de Cyrano de Bergerac.

No Rio, o "sabreur" mais conhecidos é o Valmir Pereira, futuro sócio e sommelier do La Fidúcia (antigo Monte Carlo, na Duvivier).

O Termômetro
Segundo: o termômetro. Há vários tipos: o anel em torno da garrafa, o clássico, e um que o Joãozinho, sócio e sommelier do Terzetto, em Ipanema, manipula como um radiologista aciona o ultrassom. Um termômetro a laser e infra-vermelho que mostra a temperatura da garrafa ou do copo a dez centímetros de distância! Ou seja: ela aponta o termômetro e... o visor declara: tantos graus!

A adega doméstica
Terceiro: a adega doméstica. Um apreciador de vinhos, hoje em dia, não guarda vinho no armário (horror!), nem numa prateleira de madeira na despensa, nem num "xadrezinho" de madeira num canto da sala ou embaixo da televisão. Um enófilo com um mínimo de brio, adquire uma adega climatizada. Pode ser para apenas 6 garrafas ou, num crescendo, para 25, 40, 72 e 90. Mais do que isso, ou é o Maluf ou é restaurante, enoteca, etc.

Se não puder, é melhor comprar de duas em duas (garrafas) e consumí-las rapidinho.

Armário para taças
Quarto: um bom armário para as taças. Elas (as taças) devem ser de, pelo menos, três tipos: a) para o tintos; b) para os brancos; c) flutes para os espumantes e champanhes. Claro que os mais sofisticados terão opções para os tintos tipo Bourgogne, para os Bordeaux e para os Portos. Mas isso já é para connaîsseurs de fino trato. Além disso é bom, também, incluir um decanter, espécie de jarra para despejar o vinho algum tempo antes de ser servido. Além de oxigená-lo por igual (a boca é bem maior do que um gargalo), permite visualizar possíveis resíduos, cristais ou até um pouco de borra, dependendo da idade do vinho.

Audiovisuais
Quinto: os "audiovisuais" do vinho. Papéis de parede, guardanapos, CDs com músicas para se ouvir enquanto se bebe, tudo com motivos enosimbólicos. Ninfas, Bacos, fontes em meio às vinhas e o som de "glug-glug", tilintar de taças, vale até estalar da língua.

Sugestão do Reinaldo: sente-se com uma taça na mão e seja, no máximo, o centro das desatenções. E não se esqueça: cada garrafa de vinho deixada na área de serviço, depois de servida, leva consigo uma história...
 
Comentários
Luciano Neto
Enólogo Grand Cru Importadora
Porto Alegre
RS
25/08/2009 O caro Reinaldo não se lembrou do nome, mas as Cristaleiras são dos mais belos e tradicionais móveis das boas salas de jantares. Os mais antigos são sempre os mais bonitos.
Roberto Cheferrino
Rio de Janeiro
RJ
25/08/2009
Paulo Henrique Villela Pedras
Advogado
Rio de Janeiro
RJ
26/08/2009 Não abordado pelo Reinaldo, existe um tema polêmico que gostaria que ele, como estudioso do assunto vinho, pudesse esclarecer.

Trata-se da proteção metálica das bocas das garrafas e a altura de seu corte, pois, dizem que o contato do vinho com esse metal, se cortado errado, pode interfeir na qualidade. Gostaria de saber a opinião do Reinaldo.
EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]