|
 A Grécia vive, hoje, uma espécie de Renascença Enológica, que lembra o que aconteceu com a Itália, a Espanha e Portugal nos últimos 20 anos. Cerca de 150 variedades de uvas, na sua maioria autóctones, crescem nas quatro mais importantes zonas produtoras do país: a Macedônia e a Trácia, ao norte; a Zona Central, que produz o excelente branco Karipidis; o Peloponeso, com suas altas montanhas geladas e seus vales quentes, de onde as vinhas de Mantinia, Nemea e Patras alcançam fama merecida no ambiente vinícola internacional e As Ilhas - basicamente Santorini e Creta, na bota da Grécia, que produzem vinhos (em geral brancos) vulcânicos, isto é, secos, minerais e frutados.
É lá, por exemplo, que brilha a casta Assyertiko, comparada pela crítica inglesa Jancis Robinson com a Chenin Blanc, a uva cartão-postal do Vale do Loire, na França, cuja característíca é produzir vinhos com sabores que lembram maçã verde, pêra e ervas frescas.
Em relação aos brancos, sobressaem-se o Domaine Gerovassilíou Malagousia, Domaine Sigalas - no caminho do vilarejo de Oia (pronuncía-se Ia), onde cavalo desce escada, contrariando o Ibrahim Sued! - Monastri Zitsa, Amethystos e os vinhos da Boutari Winery, no caminho da praia de Perissa - uma das mais bonitas de Santorini, junto com a Praia Vermelha e a de Perívolos, ambas de areia cor de caviar preto. Há ainda, um bom branco da região chamado Thalassatis. É lá, também, que se produz o Vin Santo, com uvas que secam ao sol: doce e sensual.
Na área dos tintos, um dos maiores destaques é a Aghiorghitiko - um produto da Neméia - a primeira a tirar os vinhos gregos do anonimato. Tem a riqueza e o buquê da Merlot. E a Xinomavro, cuja personalidade austera lembra a Baga e a Nebbiolo. São bons vinhos tintos, ainda, os Alpha Estate Xinomavro, Boutari Grande Reserva e Creta Olympias Mediterra.
Mas para quem ainda não teve a chance de conhecer esse país branco-e-azul, quase mais velho do que a História, aí vão as possibilidades de se adquirir vinho grego no Brasil, através da Importadora Mistral, que comercializa os produtos das vinícolas Gerovassilíou, Gaía Estate e Antonopoulos. As duas primeiras são consideradas os melhores produtores da Grécia pela revista Decanter. Também merecerem as três estrelas do crítico Hugh Johnson. A Gerovassilíou também foi eleita uma das 100 Melhores Vinícolas do Mundo, em 2006, pela Wine & Spirits, enquanto o Gaía Estate foi considerado o melhor vinho grego pela revista Decanter.
Bom, mas o importante é que a Grécia é hoje um instigante país do "segundo mundo" com um turismo altamente preparado para receber os milhares de visitantes anuais. País simpático, alegre, limpo - azul e branco - com destinos de cultura como Atenas e de lazer como Mikonos e Santorini - a estonteante pérola do Egeu que em 1500 AC sofreu a violência de uma erupção vulcânica que em dois minutos fez fender a terra que a separava de Creta e cavou uma falésia até o mar. Lá se come, se dança, se fala (alto), se casa (como meu filho Rodrigo e a Elina) e se bebe como mandam os... Zeus!
Parapalô! |
|
|