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Comentários |
Augusto Lefèvre Rio de Janeiro RJ |
18/07/2009 |
Concordo com o Michel Rolland. O ufanismo de alguns distorce a percepção geral. Os vinhos brasileiros ainda precisam melhorar muito.
Parabéns à EnoEventos pelo furo! |
Fernando Miranda Ex-presidente ABS-Rio Rio de Janeiro RJ |
18/07/2009 |
As opiniões de Roland são muito bem embasadas, principalmente por ele viajar tanto à trabalho com vinhos (e provando!) ao redor do mundo.
Certamente os gaúchos não ficarão muito à vontade com as opiniões dele. Penso que é fustigando, discordando e apontando o que está errado é que os produtores se movem para melhorar a qualidade. O fusquinha só deixou de ser produzido quando a concorrência apresentou carro melhor com preço equivalente. |
Errico Ernesto Rosa Comprador independente Rio de Janeiro RJ |
18/07/2009 |
Pode-se não gostar do tipo de vinho que Michel Rolland faz. Mas que é um grande profissional e de extrema competência, nem o Nossiter será capaz de negar. |
José Paulo Schiffini Enófilo da velha guarda Rio de Janeiro RJ |
19/07/2009 |
Caros amigos,
Respeito a opinião do Fernando Miranda quanto ao comentário do Sr. Michel Rolland sobre a qualidade dos vinhos gauchos em geral, que de fato nós precisamos melhorar a qualidade e nesse ponto a consultoria que a Miolo contratou ajudou e a maioria dos top 10 produtores nacionais já evoluiram; mas eu pessoalmente tenho conversado com muitos enólogos de vinícolas que contrataram os serviços do Sr. Rolando Lero, como ele é conhecido nas rodas de Brasília e de celebridades do vinho na própria França, e na Europa em geral e hoje tenho minha opinião formada sobre ele:
1) Ele é apenas um bom misturador (bom farejador e fazedor de assemblagens). De longe, pior que meus favoritos: Paulo Laureano, Luiz Pato, Anselmo Mendes, etc. para citar apenas tres, apenas de Portugal.
2) Limitado na sua própria França, pois nunca assessorou ninguém na Borgonha e acho que em muitas outras regiões francesas: Provence, acho que tambèm no Languedoc - Roussillion.
3) Aproveitou os estudos de Emile Peynaud dos anos 1980 e saiu por aí, ensinando e apreendendo "on the job" pagavam consultoria e ele ia aprendendo o que não sabia; enfim ensinando quem tinha apenas um olho...
4) Demorou 15 anos para entender um pouco dos solos e do clima do RGS, nem mencionaou os demais solos onde elaboramos bons vinhos...
5) Desinformado, pois se assustou que ao saber que produziremos ICE Wine... notícia que deu até na revista Decanter e ele continua a nos "enxergar" como um país tropical apenas....
Mas você leitor dos foruns no Brasil, há dez anos, leitor dos enoeventos, dos enoblogs, há muito tempo tem muito mais que um olho, você já é rei, e num país como o nosso democratico, cheio de contradições e oportunidades, com um mercado enorme a ser desenvolvido, com certeza ninguem contratará novamente o Sr. Rolando Lero.
Au revoir! Au revoir! Schiffini |
Fátima Mendonça Advogada / Winemaker Salvador BA |
19/07/2009 |
Além da inegável competência e talento do entrevistado, há que se registrar a sua paciência e simpatia admiráveis.
E nós Winemaker´s tivemos a grande honra de tê-lo no comando do corte do nosso vinho!!!! |
Roseny Fernandes Júlio Empresária Bento Gonçalves RS |
19/07/2009 |
Sr. Paulo Schiffini, nunca ninguém retratou tão bem o meu pensamento, a respeito de um determinado assunto, como o sr. fez nesse fórum.
Grande abraço. |
Fátima Mendonça Advogada / Winemaker Salvador BA |
19/07/2009 |
Vejam a entrevista, na íntegra, feita com o enólogo Michel Rolland, na mesma ocasião (almoço na Osteria Mamma Miolo) pelo enoblologueiro e repórter Maurício Roloff clicando aqui. |
Roberto Cheferrino Rio de Janeiro RJ |
19/07/2009 |
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Bruno Batista Enófilo consciente Rio de Janeiro RJ |
19/07/2009 |
Schiffini,
Me perdoe mas acho que você perdeu o bonde da história e da modernidade. Não só Michel Rolland continuará contratado (pode não arrumar outro cliente no Brasil pela exclusividade dos Miolos) como ficará na história como o homem que alterou o futuro do vinho brasileiro de simplesmente "vinho brasileiro" para "vinho brasileiro de excelente qualidade".
P.S. Não gosto dos vinhos de Michel Rolland, mas sei reconhecer uma tendência "mainstream" vencedora. Para mim é até benefício: vou pagar mais barato pelos vinhos que gosto.
Não me leve a mal mas vinho é coisa muito pessoal. O sucesso comercial não somos nós, apreciadores/conhecedores, que fazemos, mas a massa dos bebedores de vinho. E Michel Rolland sem dúvida agrada a eles como ninguém.
Bienvenue! Bienvenue!
Bruno Batista Enófilo da ultra-velha guarda (Do vinho como complemento de refeição) |
Rafael Mauaccad Enófilo São Paulo SP |
19/07/2009 |
Cara Bete,
Faço uma análise desta entrevista de Michel Rolland sob o ponto de vista concorrencial entre dois grandes grupos empresariais: o Miolo e o Clos de los Siete.
Michel Rolland está buscando uma situacão aceitável para sua saída honrosa da consultoria ao grupo Miolo. Ele ajudou a moldar um grande concorrente seu no mercado internacional, acredito que subestimou o potencial empresarial do grupo Miolo.
Quando cita que a região promissora vitivinícola agora situa-se ao redor do Mar Negro-Bulgária, Romênia e Rússia, é só para desviar a atencão do Brasil. Como dizia o economista
Roberto Campos: "Não adianta ter o potencial, sem ter os recursos para poder explorá-lo e desenvolvê-lo". O Brasil está anos-luz a frente dos países do Leste-Europeu em capacitacão de mão de obra, finanças e tecnologia.
Quando questionado: "qual o melhor vinho do mundo?" responde: "mas o mais exitoso é o malbec argentino", veja: Clos de los Siete é o projeto liderado por Michel Rolland em conjunto com sete empresários vitivinicultores bordaleses para desenvolver um empreendimento conjunto nos vinhedos de Mendoza. Rolland e os demais compraram a propriedade de 850ha em Tunuyan, a 90km ao sul de Mendoza em 1998,e estão investindo US$50 milhões nos vinhedos. Serão 7 vinícolas, a primeira: Bodega Monteviejo foi inaugurada recentemente, e
produz o vinho Clos de los Siete.
Michel Rolland está envolvido até a alma neste emprendimento, tem por obrigacão junto a seus sócios de concluí-lo, de privilegiar o vinho argentino, de produzir, de criar imagem internacional, de vender e de gerar resultados.
A sua contribuicão ao grupo Miolo está esgotada. Cada qual deverá seguir seu caminho. O Sol nasce para todos!!
Abraco, Rafael |
Eduardo Amaral Enófilo Rio de Janeiro RJ |
21/07/2009 |
Caro Schiffini,
Essa não tem como deixar passar. Negar o que esse senhor conseguiu no mundo inteiro é tão inócuo como dizer que nosso icewine virá a ser algo relevante. Sem me alongar muito, vamos a algumas das suas observações:
"Limitado na sua própria França, pois nunca assessorou ninguém na Borgonha...." Pode ser desconhecimento meu, mas não lembro de nomes relevantes oriundos de Bordeaux que tenham feito sucesso na Borgonha. Aliás, vc bem conhece a França, o povo francês e seu regionalismo. Cada região leva suas AOCs na pele. Contratar um bordalês para ensinar algo sobre Pinot Noir ou Chardonnay naquela curta rota mágica de grand crus é impensável. Acho que até em regiões menos famosas enologicamente, a existência de um enólogo visitante é bastante incomum.
"Aproveitou os estudos de Emile Peynaud dos anos 1980 e saiu por aí, ensinando e apreendendo "on the job" pagavam consultoria e ele ia aprendendo o que não sabia" Puxa. O mundo é dos bobos. Todos eles ludibriados pelo diabólico Rolland. Por favor, menos. Catena, Lapostole, Antinori, Harlan Estate, Staglin e muitos outros colocaram os pés pelas mãos?! Ou foi puro marketing? Cada um com a sua verdade.
"Demorou 15 anos para entender um pouco dos solos e do clima do RGS..." Se me permitir usar uma analogia: certa vez tive o prazer de participar das aulas de um PhD brasileiro que foi orientado e trabalhou posteriormente com Michael Porter. Ele nos descreveu inúmeros projetos interessantíssimos em que a consultoria de Porter era contratada para dar solução. Grandes sucessos, alguns com soluções mais simples do que imaginaria. Ao perguntar o papel do Porter no dia a dia, a resposta foi definitiva. Ele ouvia um resumo de 3 a 5 min sobre cada projeto, formulava umas 5 perguntas e completava com 3 sugestões. Esse direcionamento era usualmente todo o necessário e suficiente para dar andamento bem sucedido ao projeto.
"Desinformado, pois se assustou que ao saber que produziremos ICE Wine..." Até que se prove o contrário, conhecimento irrelevante. Serão grandes vinhos, como alguns canadenses, alemães e austríacos? Daqui a uma década saberemos.
Os vinhos com a mão do Rolland falam por si. Prove um Le Bon Pasteur de boa safra. Ou um Fontenil, de uma denominação pouco cultuada. Ou o Cuvee 1, safra 2005, do projeto Winemakers' Collection.
Eu estou seguro que se ao menos uma única coisa boa Michel Rolland fez para o vinho brasileiro foi mexer com os brios de alguns que andavam murchos e congelados pelo marasmo. A saber se a Miolo por si só talvez não viesse a conseguir isso, mas a parceria com Rolland aflorou mais rapidamente esse tendência de reinvenção e eno-melhoramento nacional.
Finalizando, Clos de los Siete e Monteviejo são vinhos excelentes. Espero que cheguemos lá em breve. Parece que chegaremos...
Att, Eduardo Amaral |
Fabio Lins Administrador Niterói RJ |
21/07/2009 |
... e quando o Sr. Michel diz que nossos vinhos não tem potencial mercadológico no exterior, me parece que ele se esqueceu dos grandes avanços na produção de espumantes.
E se ele fosse tão bom assim, melhoraria a competitividade dos espumantes da Miolo no mercado (que há bastante tempo vêm apanhando da Salton).
Abraços Fabio Lins |
Antonio Carlos Ferreira Rio de Janeiro RJ |
22/07/2009 |
Sem dúvida uma entrevista bem conduzida.
O melhor entretanto é se deliciar dos comentários colocados pelos participantes, fato merecedor de aplausos pela maneira altamente elegante com que as discordâncias são colocadas.
Por essas e outras o EnoEventos "bomba". |
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