 |
Retorna à página inicial |
 |
Novos vinhos neo-zelandeses da Importadora KMM Evento realizado em 28/02/2008 no Restaurante Terzetto |
 | Eu já aprendi a lição! Quando um evento é com vinhos australianos, eu faço que nem a Angélica: vou de táxi! E foi o que eu fiz na quinta à noite, para ir ao jantar promovido pela Importadora KMM, no Restaurante Terzetto. E por que táxi? Bem, usualmente, o teor alcoólico dos vinhos da terra dos cangurus é bem elevado! E, muito mais do que isso, como quanto mais eu bebo os australianos, mais eu gosto, eu acabo bebendo bem mais do que deveria! Atirem a primeira pedra...
Mas, péra aí, dessa vez a maioria dos vinhos nem era australiana, mas sim neo-zelandesa. É tudo down under, alguns poderiam dizer. Quanto ao álcool, até que dá no mesmo. Quanto às tampas de rosca, também... Mas as coincidências param por aí! Enquanto a Austrália me encanta com seus suculentos Shiraz, a Nova Zelândia me deslumbra com seus vibrantes e aromáticos Sauvignon Blanc e seus sedutores e terrosos Pinot Noir!
A KMM estava lançando os vinhos de uma nova vinícola, a Wither Hills, localizada na região de Marlborough, na Ilha do Sul da Nova Zelândia. Os vinhos dessa vinícola ostentam o dístico Created in the Vineyard, o que muito revela da filosofia de trabalho de seu enólogo, Ben Glover, e de seu viticultor, Geoff Matthews: uma busca permanente da máxima qualidade de suas uvas, de forma a refletir o terroir e resultar sempre nos melhores vinhos.
O primeiro vinho da Wither Hills foi um explosivo Sauvignon Blanc 2007, com 13% de álcool e intensos aromas cítricos, de maracujá e goiaba. Pronto, a noite já estava ganha. Se o jantar terminasse por aí, eu já iria dormir feliz! | O segundo vinho da vinícola foi um Chardonnay 2005. Eu coloco às vezes na cabeça algumas idéias pré-concebidas e uma delas é: não gosto de Chardonnay barricado! Forte essa, não? Pois bem, como todos os preconceitos, teve vida curta e foi enterrado ali mesmo, diante do delicioso exemplar servido, com 10 meses de carvalho e 14,5% de álcool! Elegante, frutado, complexo e carnudo. Um maná! O meu mal, pelo jeito, era só ter bebido vinhos Chardonnay com madeira mal escolhidos até então!
O terceiro vinho da Wither Hills foi o Pinot Noir 2006! Maravilhoso! Com 14 meses de barrica e 14,5% de álcool, era uma obra-prima, com aromas inebriantes e uma boca aveludada e elegante!
Revezando as taças com os neo-zelandeses, foram servidos dois australianos: o primeiro, um Brokenwood Semillon 2006, que coitado, espremido entre os exuberantes brancos da Wither Hills, tomou Doril e sumiu! Os 11% de álcool ajudavam a sepultá-lo! Marcelo Copello, a meu lado, pacientemente me explicava que os Semillon deveriam ser guardados por um bom tempo de forma a desenvolverem seus aromas muito peculiares. Roma locuta, causa finita... Mas não fez muito a minha cabeça, de qualquer forma.
O mais estranho é que, no jantar anterior da KMM (relembre aqui), ele havia me agradado! Eu acho que sou como o Lula: uma metamorfose ambulando! (Acreditem, ele disse isso! A grande imprensa o poupou, no dia seguinte, mas nosso presidente falou, em rede nacional, em alto e bom tom: Metamorfose ambulando! É dose!)
No entanto, os australianos não poderiam deixar assim tão barato e veio o ponto alto da noite: o Jim Barry First Eleven 2005, uma homenagem à seleção australiana de cricket. Elaborado apenas em safras excepcionas, a edição anterior a essa havia sido a do ano 2000! 100% Cabernet Sauvignon, da pornográfica região de Coonawarra, envelhece 12 meses em barris novos de carvalho americano (70%) e francês (30%). Com o teor alcoólico de um Amarone (15%), é considerado pela vetusta legislação brasileira como um vinho licoroso! O que será que eles bebem em Brasília??? Muito encorpado, aveludado, persistente, rico, complexo, com aromas de cassis e ameixas pretas, recolocou a ordem natural das coisas no devido lugar! Primeiro o continente, depois a ilha...
E ocorreu outra mudança nos meus conceitos. Aquela frase que escrevi acima: a Austrália me encanta com seus suculentos Shiraz... será atualizada, a partir de agora, para a Austrália me encanta com seus suculentos Cabernet Sauvignon.... É a metamorfose ambulando, de novo!
Oscar Daudt |
Os vinhos |
 |
 |
 |
Wither Hills Sauvignon Blanc Safra: 2007 Região: Marlborough - Nova Zelândia Álcool: 13% |
Brokenwood Semillon Safra: 2006 Região: Hunter Valley - Austrália Álcool: 11% |
Wither Hills Chardonnay Safra: 2005 Região: Marlborough - Nova Zelândia Álcool: 14,5% 10 meses em barrica |
 |
 |
 |
Wither Hills Pinot Noir Safra: 2006 Região: Marlborough - Nova Zelândia Álcool: 14,5% 14 meses em barrica |
Jim Barry First Eleven Safra: 2005 Região: Coonawarra - Austrália Álcool: 15% 12 meses em carvalho novo americano (70%) e francês (30%) |
Todos os vinhos |
Os muitos pratos para harmonizar |
 |
 |
 |
Ostras fresquinhas |
Vol-au-vent de lagostins |
Aspargos frescos com ovos de codorna |
 |
 |
 |
Ravioli tricolor |
Ravioli recheado com figos |
Ravioli caprese |
 |
 |
 |
Lagostins com risotto de champagne |
Bacalhau |
Pernil de cordeiro |
Os participantes |
 |
 |
 |
Euclides Penedo Borges, presidente da ABS, e Ken Marshall, sócio da KMM |
O colunista Marcelo Copello e Antônio Dantas, diretor da ABS |
Robert Phillips, representante da KMM no Rio de Janeiro, e eu |
|
|
|
 |
|
|
|